Catarina

18 3 1
                                    

Depois de mais uma jornada com a enorme moto, me estabilizo mais fácil no chão, tudo bem que Thaigo me segurou para não despencar de uma vez.

- Onde é? _ Pergunto pois a rua está totalmente vazia, iluminada. Há várias casinhas de madeira que me lembram casa de filmes.

- Todo mundo tem seu lugar no mundo, e esse é o meu. E eu acho que vai gostar desse._ Ele segura minha mão e entra em uma das casas.
Gosto de sentir sua mão em minhas costas, estão sempre quentes e é como se passasse uma confiança. Ele me guia passando pelos cômodos da casa e me levando aos fundos.
Havia uma uma espécie de mini studio, uma enorme sala de madeira, com barras e espelhos e até mesmo alguns colchões espalhados mas o que me impressionou foram as luzes, eram como pisca-pisca mas não se apagavam e tinha tonalidade dourada e azul.

- É lindo. _ Digo me soltando de sua mão e olhando o lugar.

- Quando falei que ia te levar para dançar, não era a boate que eu me referia._ Ele sorri daquela maneira fofa.

- Eu queria ter um desses na minha casa.

- Aqui não é minha casa, só um lugar que gosto e serve só para bons bailarinos talvez por isso você não tenha.

- Ridículo. _ Digo e dou um tapa de leve em seu ombro.

- Vou te mostrar que sou uma ótima bailarina. _ vou até o som e conecto com o meu celular e procuro alguma música.
 
Water - Jack Garrett

Analiso o espaço que tenho e os itens que poderia usar, puxo uma cadeira e levo até Thaigo no meio da sala e ele se senta.

A batida dessa música era maravilhosa, dancei como nunca havia dançado, era como estar livre, apoio em seus joelhos e lanço a perna fazendo um helicópitero, um passo de jazz.

Quando vou levantar ele me segura me deixando de frente.

- Catarina... _ Ele diz em uma voz rouca encostando sua testa na minha.
Meu peito pula quando ele desliza sua mão do meu pescoço até o cóccix.

Parece que minha playlist estava querendo ajudar o Thaigo pois começou a tocar crazy in love me trazendo pensamentos mais maldosos do que eu jamais teria pensado sozinha.

Ele prende uma de suas mãos em minha nuca e a outra está no topo da minha bunda.
Posso sentir sua respiração em cima de mim, olho fixo para sua boca esperando que junte-se a minha e como se ele conseguisse ler minha mente se aproxima selando seus lábios aos meus.

Tinha mais desejo oculto do que imaginava, seu beijo era tão quente e preciso quanto sua mão pressioando minhas costas.
O seu sabor era uma mistura da bebida da boate, que marcava bem seu gosto e uma essência de Thaigo, que naquele momento era exclusiva pra mim.
Ele se afastou e me levantou gentilmente, ainda me olhando fixo.

- Eu não te trouxe aqui pra isso, não me deixe ser um idiota.

- Não seja idiota então. _ ele anda até mim e me encosta na barra e volta a prensar minha cintura.

- Não sabe o que diz.

- Ei, você é a minha chave. Por favor, não me deixe trancada. _ Assim que termino minha fala ele me levanta me sentando na barra, não que seja uma coisa confortável mas nem se quer me incomodou naquele momento.
Seu beijo estava ainda mais quente do que o de antes, e suas mãos percorriam meu corpo com suavidade.
Em meu estado normal eu nunca permitiria isso, mas eu prefiro o meu estado agora.

Ele me carrega com minhas pernas presas em volta de sua cintura e me leva para os colchões de fazer aula, não eram grandes mas confortavéis.
Ele tira minha jaqueta e minha blusa, revelando o sutiã branco liso, me amaldiçoou por não estar usando um vermelho. Em seguida faz o mesmo com si, mas revelando um abdomên definido, aquele bonito que da vontade de ficar olhando pra sempre, não aquele exagerado.

- Eu iria ser gentil mas vendo você em baixo de mim assim é impossível. _ Ele diz beijando minha orelha.

- Você é incrivelmente gostosa._ Ele sussurra presionando seu corpo contra o meu.
Eu não tinha voz naquele momento, só o queria e sentia apenas desejo.
Não poderia explicar bem como ele já tinha conseguido se livrar da saia, mas aproveitei e tirei a bota.

- Não tira, é bonito assim. _ ele diz tirando a minha mão e colocando a sua na barra da meia.
Eu nunca parei pra pensar em como seria minha primeira vez, mas sabia que seria hoje.
Ele me beijava e descia, acariciando meu queixo, pescoço, seios e barriga até chegar ao seu lugar desejado.
Ele foi deslizando minha calcinha até estar no chão, ele se afastou e me olhou de uma forma que ninguém nunca olhou, além de desejo, vontade e tesão que explodiam em seus olhos havia também ternura.
Ele tirou o resto de sua roupa e... caramba, tá bom, agora preocupei. Como isso entra nisso? Analisava bem as circunstâncias e cheguei a conclusão que é impossível. Ele se deitou sobre mim, e pude senti-lo, ele estava tão quente, cada parte de seu corpo pegava fogo.

- Eu preciso que você tenha certeza. _ ele diz passando a língua em movimentos circulares na minha coxa.

- Eu preciso de você agora. _ digo quando sinto uma onda calorosa percorrer meu corpo e acho que ele entendeu o que, pois sem perguntar mais um vez, entrou dentro de mim com toda sua vontade, uma dor me invadiu, era como tomar vacina pra entrar dóia mas depois de estar lá dentro só havia uma sensação de dormência, até agora...

Eu rebolava para que a dor passasse e ficasse mais fácil, Thaigo olhava para cima como se fosse a melhor coisa do mundo. Depois de um tempo a dor tinha passado completamente e só sentia prazer,  trocamos de posições mais vezes do que eu achei que conseguiria. Estava sentada de costas pra ele, suas mãos me incentivavam a não parar, ele apertava com força minhas coxas e as vezes beijava meu pescoço.

Quando sinto que estou chegando lá, ele me deita sobre seu corpo e afunda sua cabeça entre meus cabelos e gritou meu nome ao exato momento que cheguei ao meu ápice.

DestinadaOnde histórias criam vida. Descubra agora