Orgulho e Preconceito

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Catarina Sanches

O dia estava sendo maravilhoso, melhor lugar com a melhor companhia. Eu não gostaria de estar em outro lugar, tudo que Pedro está me oferecendo aqui me faz bem, ele etá sendo companheiro, caridoso, gentil e engraçado a todo tempo, é a minha distração perfeita, mas ele também é muito mais do que só uma distração. Esperamos para ver o pôr do sol e só depois ir embora pois sem dúvidas meu pai já esta preocupado comigo, principalmente por eu estar sem celular, ou seja, sem comunicação, se o conheço bem se eu demorar mais 1h ele chama a polícia.

_ Obrigada por me trazer aqui, foi incrível. _ Digo enquanto Pedro me puxa entre as rochas.

_ Você não tem que agradecer, somos amigos, não somos?_ Ele sorri de uma maneira carinhosa.

Subir é mais fácil do que descer, mas como eu sou o desastre em pessoa não consigo tirar de fichinha a subida. Pedro faz algumas piadas ruins que me desconcentram, eu não posso sorrir e controlar minhas pernas, é algo muito difícil, então posso cair a qualquer momento. Durante as aulas de ballet, as meninas da minha turma comentam o quão lerda eu sou por isso, não é culpa minha se eu perco o tempo da música só por estar rindo de uma piada que lembrei sozinha, e também não é minha culpa se as vezes confundo o lado esquerdo e direito, é quase um charme meu. Realmente posso ver como um charme, já que encanta as pessoas, Pedro sorri ao notar que preciso da sua ajuda para que eu não tropece e caia.
Subimos e começamos a caminhada até o carro, e a caminhada parece mais rápida do que quando estávamos vindo. 

_ Estamos encharcados, como vamos entrar no carro? _ Meu vestido está até pingando água pois o coloquei sobre minha lingerie para esconder o meu corpo semi nu, só que ele acabou ficando molhado demais. Sem falar que já está anoitecendo e o frio já é perceptível, me encolho passando as mãos pelos meus braços para esquenta-los.

_ Eu acho que devo ter alguma coisa seca no carro._ Avistamos o carro, e Pedro faz um mini corrida até o porta malas e começa a mexer em algumas coisas.

_ Achei, tem esse macacão da minha mãe. Está um pouco sujo de tinta, mas é melhor do que um vestido molhado._ Será que realmente é da mãe dele, e se for da Carol? Eu posso estar toda felizinha agora, admirando a vista e apreciando o primeiro momento que eu e Pedro não brigamos de faltar sair no tapa, mas o problema é que isso pode ser só um momento e pode acabar quando a Carolina dar as suas cartas.
Ele joga a roupa e a pego no ar, sem perceber já começo a analisar o macacão jeans, não é o tipo de roupa que a Carol usa então está tudo bem.

_ Algum problema, Cat?_ Pergunta

_ Nada. É... poderia se virar, por favor?_ Dou um sorriso fraco.

_ Fala sério, Cat. _ Ele revira os olhos. _ Você acabou de nadar comigo sem o vestido.

_ É diferente, sabe? Se vira e nada de espiar._ Digo autoritária.

_ Não vou espiar, até porque não vou virar de costas._ Pedro debocha. Acho que vamos rasgar a bandeira de paz e começar as brigas de novo.

_ Você é tão irritante quando quer._ Reclamo e ele da os ombros.
Caminho para perto de algumas árvores e me troco rapidamente, estou acostumadas com essas trocas rápidas de roupa, já que sou bailarina e faço muitas apresentações, sou acostumada a trocar de roupa em segundos e na frente de muita gente. Na verdade, eu até me trocaria com o Pedro por perto, mas não quero que pareça outras coisas, eu estou machucada fisicamente por me expor demais, e já que o mundo não muda, é necessário que eu me molde ao padrão, e o padrão grita para que eu fuja dos olhares então me trocar escondida foi a melhor opção.

_ Fresca. _ Ele gargalha e entra no carro. Dou uma risadinha irônica e entro no carro ao seu lado, Pedro liga o som e coloca quase no mudo, só consigo ouvir as batidas leves da música que não consigo indentificar.

DestinadaOnde histórias criam vida. Descubra agora