- Eu não posso perdê-lo Maite, não posso! - chorava como nunca antes - que dor insuportável... - reclamei.
- Você não vai perdê-lo Anahi! Tudo vai dar certo, vem cá - me estendeu a mão, me apoiando em seu ombro - vamos direto pro hospital tabom? As contrações estão começando...
- Eu preciso trocar de roupa, pega pra mim - apontei o baú ao lado da penteadeira.
Maite pegou a muda de roupa que estava dobrada sobre o baú: uma calça de moletom cinza, uma blusa de malha manga longa preta, um par de tênis confortáveis e apanhou as duas malas maternidade que estavam ao lado. Me ajudou a me vestir e caminhamos até a sala.
- Você está linda! - me olhou parando o que fazia, tentei esboçar um sorriso, mas foi inútil, tamanha era a dor que eu sentia. - Fica calma.
- Que calor!!!! - me abanei - Mai, está tudo pronto? Vamos logo pro hospital.
- Koko está vindo nos buscar, tenta ficar calma!
- Não quero nem pensar em perdê-lo! Meu Deus do céu, como dói.. - esbravejei.
- Annie, você não vai perdê-lo, nós não vamos perdê-lo! Olha pra mim - me sentou no sofá - Chegou a hora amiga, olha só - acariciou minha barriga e a beijou - você é forte e vai ter esse anjinho.
- Muito obrigada - minha voz estava tremula de dor e emoção - obrigada por tudo, ai - gemi de dor - me ajuda!!!!
- O que foi?
- As contrações estão aumentando, elas vêm das costas e se espalham pelo quadril, não da!!!! - apertei o braço de Maite - É insuportável e....não para só ameniza. Meu Deus como dói - apertei os olhos enquanto Maite ria - Não tem graça Maite! - ralhei.
- Ok, vamos descer, a doutora Ana Carolina disse que estava a caminho do hospital - olhou o celular - Vem, o Koko já está nos esperando lá embaixo!
Assenti, Mai sabia o que fazia e ela estava me dando forças, acho que por isso preferiu que Koko dirigisse. Me apoiei nos ombros dela, enquanto ela carregava a mim e as malas. Chamamos o elevador; chegou; entramos e em segundos estávamos no térreo. Koko já nos esperava na porta do condomínio e como sempre muito gentil, ajudou Maite a me ajeitar no banco do passageiro e seguimos pro hospital.
- Agora chega o Alfonso Jr? - Koko brincou, como de costume.
- Você não perde a oportunidade não é? - perguntei entre uma dor e outra.
- Koko deixa ela quieta! - Maite acariciava meu ombro, sentada no banco de trás.
- Eu estou brincando Mai - respondeu - Cunhada, já estamos quase chegando, agüenta firme, boa sorte!!! - disse por me ver tentando controlar a dor insuportável que eu sentia.
- Você está correndo Koko - Maite advertiu - o hospital é perto daqui...
- Por isso mesmo..em 5 minutos estamos lá! - acelerou ainda mais.
- Acontece que queremos chegar vivos - Maite ralhou.
- Vocês são engraçados - sorri acariciando minha barriga, suportando as dores indecifráveis.
De pronto estávamos a porta do hospital, Maite saiu e o segurança nos avistou trazendo uma cadeira de rodas. Me senti um pouco melhor porque não suportava o aumento das contrações, e não precisar andar fez com que eu lidasse melhor com a dor, porque eu não teria que me esforçar tanto. Com o segurança nos acompanhando Mai e eu entramos no elevador, paramos no andar do Centro Obstétrico e logo entrei numa sala onde a doutora Ana Carolina já me esperava.
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Destinados
FanfictionViolento mesmo é o amor, o resto só tem cara de mal. Você acha que o destino trabalha como? Vendado? Não, o destino sabe o que faz, ele não trabalha sozinho, é ele quem dá as cartas nesse jogo, que chamamos de vida. Já ouviu falar do desejo? Ah, ess...