Me trouxeram aquele anjo frágil e doce, tão pequeno sobre as mãos enluvadas da enfermeira. Depositaram Pedro sobre o meu colo, e aí sim, me propus a chorar incessantemente emocionada! Como estava feliz em tê-lo nos meus braços, na minha vida...De imediato ele já procurou meus seios e com a ajuda da madrinha o avental foi retirado, pra que ele se alimentasse. A satisfação em ver que eu era a fonte de energia dele foi imensurável. Maite nos olhava com ternura e sem conter as lágrimas também, acariciei a pele macia daquele ser tão indefeso e gentil. Deus obrigado por me conceder essa dádiva.
- Olá Pedro - sorri com a felicidade explodindo no meu peito - você é maravilhoso...está com fome príncipe?
- Ele parece o Poncho - meus olhos marearam ao imaginar a felicidade que Poncho teria ao ver o fruto do nosso amor - ele precisa vir pra cá!
- Mai, agora não...
- Eles já estão terminado de te costurar - brincou.
- Olha os olhos, como são lindos - sorri.
- O que não é lindo nesse bebê? E esses pezinhos que vontade de colocar numa caixinha Annie.
- Sua madrinha está apaixonada por você - disse sonolenta, olhando Pedro.
- Estou mesmo, quero te arrancar dos braços da sua mãe. - brincou com voz de bebê.
Breves minutos e a cirurgia já havia sido finalizada. A pediatra pegou Pedro e Maite aplicou colírio nos olhos verdes dele. O pesaram e fizeram o teste de apgar, junto a outros exames rápidos. Maite o acompanhou até a uti semi intensiva e eu após sentir um frio incontrolavel, cai no sono ainda tremendo.
Algumas horas de sono e já era de manhã. Estava deitada sobre o leito, no quarto decorado por balões, cestas e presentes.
- Bom dia! - disse a copeira.
- Bom dia... - disse com a voz fraca, me sentando - preciso de ajuda até pra escovar os dentes agora - sorri - quase tinha me esquecido.
- Parto cesárea? - perguntou enquanto servia o café.
- Sim, obrigada. Deixa que eu me viro!
- Tem certeza? - perguntou gentil.
- Sim, só coloque a bandeja mais perto, por favor - ela assentiu e o fez - Obrigada!
Tomei meu café da manhã, me sentindo estranha por não estar mais gravida, por não sentir Pedro dentro de mim e não ter mais aquele barrigão. Estava preocupada, esperando a médica me trazer notícias e ansiosa pra vê-lo de novo. Longos minutos pensando e me ajeitei a fim de descansar mais um pouco, mas duas batidas á porta me interromperam.
- Anahi Giovanna?
Não pude acreditar naquela voz, pensei que estivesse caído no sono e estava sonhando.
- Poncho? - gaguejei.
- Pensei que mudaria de nome também, pra quem mudou de país não seria surpresa...
- Sarcástico! - rolei os olhos - O que você está fazendo aqui? Como soube que - me interrompeu.
- Que agora sou pai? - revelou o motivo das mãos dele estarem atrás das costas, um buquê de rosas brancas.
- Me desculpa Poncho - estendi a mão pra segurar o buquê - eu sei que fui egoísta com você, mas achei que vindo morar longe, poderia recomeçar e te esquecer! - abaixei a cabeça, fitando o buquê.
- Ei - segurou meu queixo, me arrepiei com o toque dele na minha pele - Olha pra mim, a gente pode ter uma discussão agora ou festejar o nosso sonho realizado...o que você escolhe?
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Destinados
FanfictionViolento mesmo é o amor, o resto só tem cara de mal. Você acha que o destino trabalha como? Vendado? Não, o destino sabe o que faz, ele não trabalha sozinho, é ele quem dá as cartas nesse jogo, que chamamos de vida. Já ouviu falar do desejo? Ah, ess...