Destinados

Capítulo 27

Passamos a sexta feira descansado, organizando a casa e desfazendo malas, fui dormir um pouco mais tarde, por estar no facetime com Maite, mostrando toda a casa e tentando convencê-la de vir pra festa do Poncho.

- Bom dia, deusa! - Poncho escancarou a cortina e a luz entrou pela varanda.

- Que horas são, amor? E o Pedro? - perguntei com a voz rouca de sono.

- Duda já está lá embaixo com ele, de banho tomado e alimentado...- selou nossos lábios e saiu -Annie, acho que deveríamos comprar um cachorro!

- Vem cá? - pedi manhosa.

Poncho veio cheirando minha nuca, me agarrou pela cintura, respirando no meu pé do ouvido... - Fala, vida! - Fez graça, sabendo que estava mexendo com todos meus sentidos de uma vez só.

- Por quê você acorda me bombardeando de informações? - ri.

- Não, eu só disse que...ahh, o cachorro? É porquê seria ótimo pra todos nós termos um cachorro, pro Pedro principalmente; ou então podemos fazer outro bebezinho - mordeu minha barriga de leve - O que acha?

- Não, tudo bem, teremos um cachorro...vai atrás de um hoje?

- Pode deixar, vamos tomar café da manhã?

- Vou no banheiro, e já desço. Prepara um chá de camomila pra mim? - ele assentiu, dei-lhe um beijo na testa e levantei.

Graças a Deus, Paris e Madrid tinham o mesmo horário, porquê eu mal tinha desfeito uma mala e já teria de fazer outra, organizar uma festa, cuidar da casa, do Pedro...por mais ajuda que eu tivera, prefiro dar conta de tudo o máximo que puder.

- Poncho, você deveria comprar um carro hoje.

- E os que estão na empresa?

- Acho que minha mãe ficou com meu carro quando fui pra Paris, e por mais que o seu esteja disponível. Deveríamos trocar...

- Você vem comigo?

- Não vai dar tempo, tenho muita coisa pra organizar, viajaremos de novo hoje à noite...Quero um carro azul!!!

- Sedã?

- Não precisa ser o carro do ano, não...Bom, queria um sonata ou land rover, azul marinho, tá?!

- Tá bom, posso levar o Pedro comigo?

- E a Duda e meu pai, também? - ri.

- Sim, teu pai com certeza...

- E a Duda também, oras. Ajuda nunca é demais...

- Você mesma disse que tem muita coisa pra fazer, vida. Teu pai e eu damos conta do moleque - deu uma piscadela e eu ri irônica.

- Tudo bem, Herrera. - concordei tomando meu chá - Se você diz...

Levantei da mesa, pedi pra Duda ir arrumar as coisas dela pra viagem, e fui me sentar no tapete da sala com Pedro. Juntamos os brinquedos dele de mil e uma texturas e barulhos. Poncho estava organizando a malinha dele e ligando pro meu pai. Como eu amava estar com meu bebê, os melhores momentos da minha vida vieram depois dele, e por mais que eu ame ter uma vida além dele, a maternidade me completa, me enche de amor e plenitude! A risada de Pedro é minha força diária, minha luz pra cada amanhecer...