Paris, França
Depois de sairmos da sala de cinema, Manuel me convidou pra jantar e eu até pensei em recusar, porque achei que nossa relação estava ficando próxima demais e ele poderia se iludir. Só que eu estava me distrando e com fome, então resolvi aceitar o convite.
- Você gostou do filme princesa? - Manuel abriu a porta do carro pra que Anahi entrasse.
- Sim, só que eu chorei a maior parte do tempo...a gravidez me deixou muito mais sensível! Choro até com comercial de margarina - rimos.
- É normal, você é uma princesa, por isso que é tão delicada assim - Manuel tocou minha bochecha a fim de me beijar, mas me esquivei.
- Vamos jantar onde? - tentei mudar de assunto entrando carro.
- Eau French Grill.
- Eu adoro comer lá.
- Que bom que acertei! - comemorou.
Não demorou muito e chegamos ao restaurante. Tudo estava impecável como eu lembrava, Poncho sempre me trazia aqui, ele ama carnes e eu estava sendo consumida pelas lembranças.
- Sente-se aqui. - Manuel puxou a cadeira pra mim.
- Obrigada - sorri.
- Boa noite! O que vão pedir? - garçom.
- Eu quero uma coca-cola com gelo e limão, e um peru ao molho de foie gras e você Annie? - Manuel ajeitou o guardanapo sobre o colo.
- Quero um suco de laranja e um rolê de vitela com cogumelo e acelga, obrigada - entreguei o cardápio às mãos do garçom - Estou com fome!
- Eu também - sorriu - me conta o que você está achando da vida na França?
- Estou adorando, eu conhecia Paris de outra forma, como turista...agora não, agora sou moradora da cidade! Tudo é diferente, é encantador.
- Eu estou pela quarta vez aqui e tudo continua me cativando...ainda mais estando na sua companhia. - Manuel segurou minha mão.
- Como está tudo em Madrid? - sorri amarelo tentando desvencilhar.
- Tudo ótimo! Só falta você pra tudo ficar perfeito mesmo...- não sabia onde enfiar a cara - queria te agradecer porque graças a sua ajuda consegui me manter na empresa e ter a confiança de seus pais.
- Não há de que Manuel, você sempre foi competente. Eu só lhe dei uma mãozinha. - pisquei.
- Mesmo assim, muito obrigada Anahi. Você é uma mulher incrível, não sei como o Alfonso te deixou escapar.
- Obrigada. - disse seca.
- Você se encomoda de falar nele?
- Não acho que seja necessário.
- Mil desculpas por ter te magoado contando sobre a Angelique.
- Pois já que você tocou no assunto, me explica essa história direito - lhe pedi.
- Você tem certeza que não vai fazer mal pra você falar disso Annie?
- Tenho. Pode falar, quero muito saber - disse rápido - Claro por curiosidade - coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.
- Então...agora que o Alfonso está no seu lugar na empresa, estamos trabalhando juntos, ele me ensinou muitas coisas também e - fomos interrompidos pelo garçom que trouxera nossos pedidos.
- Muito obrigada - dissemos em uníssono.
- O cheiro está maravilhoso - me deliciei.
- Está incrível mesmo, vamos ver se podemos dizer o mesmo do gosto - sorriu.
- O Poncho sabe que você está aqui? Em Paris? - perguntei enquanto degustava.
- Sabe, mas eu não lhe dei detalhes. Só disse que viria a Paris por alguns dias...você não contou pra ele que veio pra cá?
- Não! Tenho minhas dúvidas se minha mãe ou a Mai me entregaram - sorri - mas ele não me mandou mensagem nem nada, então acho que ele está seguindo em frente também.
- Talvez seja isso mesmo - bebeu um gole de vinho.
- Você que convive com ele deve saber mais que eu - brinquei tentando arrancar algo de Manuel.
- Ah, o que você quer saber? - arqueou a sobrancelha.
- Você estava falando quando o garçom nos serviu...
- Sim! Quase me esqueci - sorriu - então...ele me ensinou algumas coisas e quando estava na sala dele eu o vi com a Angelique algumas vezes, eles foram almoçar alguns dias, e há uns dois finais de semana fomos pra balada juntos, Poncho, eu, Angelique e a Raquel.
- Sério? - meu coração acelerou de raiva - Que legal.
- Sim, eu e o Poncho nos tornamos grandes amigos.
- Isso é engraçado - ironizei.
- Por que?
- Vocês se fuzilavam, se quer se davam bom dia, e foi só algumas coisas mudarem e já até vão pra balada juntos! - apoiei o cotovelo na mesa.
- O Alfonso entendeu que você não queria nada comigo, infelizmente - disse áspero - depois nós tivemos uma conversa e nos acertamos. Dai com a convivência no trabalho, acabamos nos tornando amigos...
- Fico feliz por vocês.
- Quer sobremesa?
- Sim, um petit gateau.
Manuel fez sinal pra que o garçom viesse até ele. A mesa foi tirada e o pedido de dois petit gateau's foram feitos.
- Me conta mais sobre esse dia de balada - cutuquei.
- Foi uma sexta-feira nós saímos do expediente e as meninas estavam combinando de ir na Kapital, aí eu e Poncho encontramos elas na saída do prédio e acabamos indo até lá. Foi divertido...
- E aí?
- Ah, nós bebemos e dançamos um pouco com elas, eu fiquei com a Raquel então Alfonso e Angelique meio que foram obrigados a ficarem juntos.
- Mas eles ficaram? Mesmo? - arregalei os olhos.
- Não tenho certeza Annie!
- Me conta Manuel...
- Por que você quer saber?
- Eu preciso.
- Parece que sim, mas já disse que não tenho certeza.
- Como não tem certeza Manuel?
- Eu estava com a Raquel, então não pude ter certeza se o Poncho ficou mesmo com ela, mas estavam juntos, dançando e tal - instigou.
- Você viu eles se beijarem?
- Mais ou menos.
- COMO MAIS OU MENOS? - gritei nervosa - ai me desculpa - me recompus - Mas como você viu mais ou menos, ele se pegaram ou não?
- Já disse que não sei, olha aí nossa sobremesa chegou!!! - mudou de assunto.
- Legal - rolei os olhos - Vamos comer e ir embora logo.
- Você não vai ficar chateada comigo né?
- Não, deixa esse assunto pra lá.
- Desencana dele Annie, sei que eu não deveria opinar muito, mas acho que o melhor seria esquecer o Alfonso de vez.
- Eu também acho - uma lágrima rolou dos olhos azuis - eu disse que seguiria em frente aqui e é o que vou fazer!
- Então um brinde a sua nova vida - estendeu a colher com o bolo e o sorvete.
- Um brinde - sorri.
Leitores maravilhosos obrigada views, amo vocês ❤️😍
'Mari!
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Destinados
FanficViolento mesmo é o amor, o resto só tem cara de mal. Você acha que o destino trabalha como? Vendado? Não, o destino sabe o que faz, ele não trabalha sozinho, é ele quem dá as cartas nesse jogo, que chamamos de vida. Já ouviu falar do desejo? Ah, ess...