Mal dormi a noite e quando percebi o dia começou a clarear, despertei ainda preocupada e curiosa pra saber o que tinha acontecido pra Poncho ter mudado de humor simultaneamente. Ele foi dormir aos prantos, após um longo desabafo dizendo que não poderia viver sem mim e o Pedro e se perguntando por quê as pessoas não deixavam ele ser feliz. Eu sem entender me esforcei ao máximo pra não decepciona-lo ou magoa-lo ainda mais, apenas ouvia, tentando compreender, mas sem muito sucesso. Horas depois adormecemos abraçados, mas mesmo com a minha insistência ele não me disse o que estava machucando ele.
- Bom dia, você está melhor? - me virei de frente pra ele e me deitei de bruço. Ele me encarou, com os olhos entreabertos e sorriu.
- Você é tão linda. - disse com a voz rouca e os olhos avermelhados.
- Isso é um sim? - sorri sem graça, por mais que estivéssemos juntos desde a adolescência, Poncho ainda conseguia me deixar envergonhada.
- Não poderia estar melhor, acordar com você - levantou o edredom - nua ainda por cima. - sorriu malicioso e lindo como sempre.
- Bobo! - sorri e rolei pra cima dele.
- Quando olho você assim, com os olhos brilhando desse azul sem igual e esse sorriso...- passou as mãos nos meus cabelos - Como sou sortudo!
O beijei apaixonada, era como se o objetivo dele fosse me fazer a mulher mais realizada do mundo. Selei nossos lábios e de imediato ele abriu a boca dando passagem pra minha língua, envolvi meus braços ao redor de seu pescoço e ele agarrou minha cintura com uma mão, apalpando minha bunda com a outra. Ora massageando, ora deslizando. Eu sentia que ele precisava de mim, tanto quanto eu necessitava dele. Momentos como esse me faziam ver como é simples e obstinado o destino. Nós passamos por tantas coisas, nosso relacionamento era sólido, intacto; mas bastava um dedo alheio, uma palavra mal dita e estávamos prestes a acabar com tudo. Mas no final éramos sempre destinados a estar juntos. Graças a Deus.
- Eu amo você! - declarei entre o beijo.
- Você é incrível. - disse com a voz embargada parando o beijo.
- Você não vai me contar mesmo o que te deixou assim? - arqueei a sobrancelha resgatando o assunto.
- Você não vai descansar até eu te contar não é?
- O que você acha? - sorri sedutora.
- Acho que deveríamos ficar aqui na cama o resto do dia - me olhou nos olhos - A gente pode ter outro bebê...
- A gente vai ter outro bebê. Mas não agora! - ri - Agora você vai parar de me enrolar e contar o que aconteceu.
- Foi o Manuel! - bufou e rolou os olhos.
- Sério? - respondi surpresa - O que ele fez?
- Você ficou com ele? - perguntou acanhado.
- Eu o beijei, umas duas vezes não sei, já te disse isso...por que?
- Ele disse que o Pedro era filho dele, que poderia ser na verdade, porque vocês transaram e que não agüentava mais guardar isso. - disse triste e um tanto bravo. Eu estava vermelha de raiva e indignação.
- Poncho - passei a mão na cabeça, me sentando - Eu não acredito que ele teve coragem de dizer isso e fico tão fula da vida com essa insistência dele. Antes ele não fazia isso, mas parece que depois da nossa briga por causa dele. Ele se realiza em me querer e te machucar!!!! É um falso moralista. Um babaca idiota! Por isso ele me mandou aquela mensagem de "sem ressentimentos", ele é louco, planeja tudo que faz. - bufei indignada.
- Calma! - segurou minhas mãos - Eu fiquei puto quando ele disse e quase acreditei cegamente nele. Por isso te "ataquei", mas depois percebi que era isso que ele queria e não fazia muito sentido...ao mesmo tempo que eu estava lá com nossos pais, fiquei pensativo, imaginando como poderia se encaixar essa história...
- Eu fiquei perdida...Ainda bem que você me contou agora, porque você até queria ir embora e eu sem entender nada!
- A gente ainda vai embora...
- Por que? - franzi o cenho.
- Vamos conversar com o médico e ver se o Pedro já pode viajar...eu quero ir embora. Não só por essa história, mas nossos pais aqui me fizeram querer voltar e nossa casa é lá, não acha? - fiquei pensativa - Eaí? Vamos voltar?
- Você decide e depois pergunta? - rimos - Mas pensando bem, eu também quero voltar, vamos falar com o médico e resolvemos.
- Vem cá! - me puxou pelo braço - Estou com vontade... - falou ao pé do meu ouvido.
- Do que? - mordi o lábio.
- Disso! - passou a mão no meu clitóris - Vem? Antes que alguém nos atrapalhe! - riu perverso.
- Não quero não, obrigada... - me levantei e abri um pouco mais o roupão, deixando meus seios a mostra - Acho que vou tomar banho!
- Não vai não! - levantou e me jogou na cama.
Poncho abriu meu roupão e foi depositando beijos na minha barriga, eu ria a cada roçar da barba dele na minha pele. Ele alcançou meus seios, após percorrer o caminho com a língua e começou a chupar com vontade, enquanto massageava o outro, eu arfava de tesão, sentia o pau duro dele pressionar minha intimidade e ansiava por mais. Puxei a cabeça dele e nos encaramos, como se eu estivesse fazendo um pedido. Ele riu ao ver meu desespero, o puxei pra perto e nos beijamos fervorosamente. Aos poucos ele foi parando o beijo e mordendo meu queixo, meu seio, minha barriga até chegar na virilha. Poncho me arrepiava a cada toque, ele começou a dar leves lambidas até alcançar meu clitóris, minha respiração já estava descompassada. Ele lambia e chupava minha intimidade com desejo e eu enlouquecia, ao ver que eu ia gozar Poncho me penetrou dois dedos de uma vez. Eu revirei os olhos e o puxei pela camiseta tombando o corpo dele contra o meu. Ele ria convencido ao ver o êxtase em que eu me encontrava. Poncho mordeu minha orelha e me penetrou com força, me fazendo gemer alto e fechar os olhos. Ele segurou meu rosto me fazendo olhar pra ele.
- Olha pra mim Anahi! - disse rápido e ofegante.
Eu obedeci contorcendo o corpo enquanto ele investia em estocadas rápidas e fortes. Poncho ergueu minha perna esquerda e diminuiu os movimentos, eu ainda gemia alto, o movimento era delicioso e torturante ao mesmo tempo. Eu sentia cada centímetro dele dentro de mim, não demorou muito para que nós dois chegássemos ao clímax.
Depois de alguns minutos deitados em silêncio, me levantei pra ir tomar banho. E em seguida ouvi a porta do banheiro se abrir.
- Amor, não quero te ofender nem estragar nada....mas você transou com ele?
- Alfonso - o encarei com a sobrancelha arqueada, respirando fundo - Nunca transei com o Manuel. Não pensei que precisava te falar isso.
- Eu sabia, só queria ouvir.
- Pelo seu ego de macho não é? Licença. - Fechei a porta do banheiro, o expulsando.
- Annie - entrou novamente - Eu não quis te machucar!
- Tudo bem. - disse fria.
- É que vocês se beijaram e antes ou durante sua viajem de Madrid - soltou o ar - poderia ter rolado, não sei - cuspiu as palavras.
- SÉRIO que você não sabe? - o fuzilei com os olhos - primeiro, você está dizendo que não quer me machucar e o caralho a quatro, mas parece que quer sim, por essas porcarias ditas aí. E outra, não que você mereça ouvir isso, mas você tirou minha virgindade e eu só transei com você nessa vida. - vi um sorriso vitorioso quase escapar dos lábios dele - Mas, se você continuar assim, talvez perca essa exclusividade! - enfatizei e bati a porta do Box.
- Vou ver o Pedro. - disse seco e saiu, se não estivesse tão furiosa, teria rido dele.
Obrigada pelos views, beijos de luz! 😍😘
' Mari! ❤️
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Destinados
FanfictionViolento mesmo é o amor, o resto só tem cara de mal. Você acha que o destino trabalha como? Vendado? Não, o destino sabe o que faz, ele não trabalha sozinho, é ele quem dá as cartas nesse jogo, que chamamos de vida. Já ouviu falar do desejo? Ah, ess...