Capítulo 12

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Não conseguia dormir. Só conseguia pensar nele. Fechava o olho e via o Edu sorrindo pra mim com aquelas magníficas covinhas. Abria e me entristecia por ele não está aqui comigo. Dizem que quando estamos pensando em pessoas que realmente gostamos, ela também está pensando em nós.

O que mais queria é ele aqui comigo me abraçando, sentindo teu perfume viciante, acariciando meus cabelos me fazendo dormir.

Aí lembro do filme de terror. Queria lembrar dele me abraçando mais só me vem agora à mente aquele mostro horrendo!

Congelo meus pensamentos e tudo ao ouvir alguma coisa batendo a janela. Dou um pulo da cama e abro a porta desesperadamente. Saio correndo pelo corredor e vou abrindo porta por porta até encontrar a de Edu. Por sorte não era longe.

Entrei sem ao menos pedir licença ou bater na porta. Fecho a porta e me encosto nela ficando de costas pra onde o Edu está.

Respiro fundo e me viro. Mas o Edu não estava na cama, nem no banheiro. Onde ele está?? Preciso dele imediatamente! Vou dar um infarte se ficar sozinha. Nunca mais assisto um filme de terror na minha vida!

Me olho no espelho e vejo uma sombra se aproximar de mim. Meu coração super acelera quando essa coisa topa no meu ombro. Dou um grito que até os vizinhos ouviram.

-Calma, calma. Sou eu. -Edu fala me virando pra ele.

-Seu idiota! Quer me matar é? -pergunto quase chorando.

-Desculpa, estou aqui. -ele me abraça e eu o abraço mais forte ainda. -Agora me conta, por que ainda está acordada?

-Não estou conseguindo dormir. E você? -pergunto ainda o abraçando.

-Também não estou conseguindo dormir.

-Estou com muito medo. Posso dormir aqui?

-Claro. -ele sorrir malicioso.

-Mas eu durmo na cama e você no sofá-cama. -falo entendendo o que aquele sorriso queria dizer.

-Relaxa. Não vou fazer nada. Claro, se você não quiser. -ele sorri.

Reviro os olhos e me deito na cama e ele se deita logo atrás de mim. Depois de um tempo, ele devagarinho vai colocando sua mão em torno da minha cintura.

Ficamos em posição de conchinha e senti seu amiguinho crescer. Fingi que estava dormindo e me afastei devagarinho, ele ainda continuava me segurando pela cintura.

Depois de um tempo me afastei um pouco mais, dessa vez um espaço maior que o anterior. Ele me puxa pela cintura pra perto dele. Tentei me afastar de novo, mais dessa vez ele me segurava mais forte.

Dormir sentindo seu amiguinho quase explodindo pra fora da cueca box. Sim, ele estava somente de cueca. Adormeci um tempo depois.

Amanhece e sinto uma claridade imensa batendo em meus olhos. Me viro e vejo que Edu ainda estava dormindo. Me olhei e talvez no meio da noite eu tenha me mexido muito e acabei dormindo no peito de Edu e ele estava com a mão sobre meus cabelos.

Fiquei um tempo olhando ele, depois me sentei na cama fazendo o Edu acordar.

-Bom dia. -falo me virando pra ele.

-Bom dia princesa. -ele sorrir.

-Tenho que ir, meus pais devem estar preocupados.

-Mas já? Fica mais um pouco. Toma um banho e desce pra tomar café. -ele fala se sentando também.

-Não trouxe roupa. -falo e ele se levanta e vai até o guarda-roupa e pega um grande moletom e uma cueca.

-Pega essas. -ele me dá as roupas.

-Tá. Agora pode sair. -falo apontando pra porta.

-Me expulsando do meu próprio quarto? -ele fala como se estivesse incrédulo.

-Sai logo. -falei indo em direção ao banheiro.

Tomei o banho e fui em direção as escadas. Parei de frente a ela, estava com preguiça de descer os degraus. Descidi descer três degraus parar e descer de novo.

Vou a cozinha e o Edu está lá, sem camisa com um avental. Me sentei na cadeira e encostei minha cabeça na outra cadeira.

-E eu aqui me iludindo pensando que as mulheres é quem cozinhavam.

-Se iludiu feio ein. -falo em tom de ironia.

-Aqui está. -ele me entrega um prato com um sanduíche natural e um suco de laranja.

Dou uma mordida e nossa, que delícia. Alguns homens tem um dom de cozinhar incrível. Isso me lembra o Erick. Erick! Me bate uma tristeza enorme quando penso nele.

Ele morreu por mim. Ele tentou com todas as forças me proteger. Sou muito grata a ele, queria que ele não tivesse morrido. Sinto meu olho lacrimejar e algumas lágrimas escorregam até minha bochecha.

-O que foi Rillary? -ele pergunta me olhando.

-Nada não. -falo enxugando as lágrimas.

-Pode me contar se quiser. -ele fala segurando minha mão.

-Aconteceu muitas coisas antes de eu me mudar pra aqui. -começo a chorar novamente. -Meu melhor amigo queria abusar de mim, um homem me salvou. Depois de um tempo aquele idiota matou esse homem.

Choro novamente e escondo meu rosto nas minhas mãos. Edu se levanta e vem até mim e senta ao meu lado, me abraça e o abraço de volta.

-Não foi culpa sua. -ele fala.

-Foi sim! Ele morreu por mim.

-Não fica assim. Não gosto de te ver chorando. -ele fala acariciando meus cabelos.

-Desculpa. Já vou, tchau. -me levanto e saio correndo até a porta e saio correndo até a minha. Vejo o Edu vindo atrás de mim.

-Rillary! -ele me chama.

-Por favor não vem Edu. -falo ainda correndo.

O Edu para e coloca as mãos na cabeça. Entro em casa correndo e graças a Deus meus pais não estavam. Subo até meu quarto e me deito na cama e choro. Queria chorar até me desidratar mas antes disso acontecer dormi.

P.V.O Eduardo

Rillary me pede pra não ir atrás dela. Nossa que idiota que sou, pra que fui perguntar! Voltei para minha casa e subi até meu quarto.

Pela janela vi a Rillary lá deitada de bruços chorando muito. Fiquei a observando. Me doía ver ela chorar. Depois de um tempo ela dorme.

Vou até minha cama e me deito também. Vou precisar ficar mais atento com o que falo. E se ela não quiser mais falar comigo? Não, não. Prefiro nem pensar nessa possibilidade.





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