P.V.O Eduardo
Olhei pra baixo e vi meu colega excitado. Peguei a cesta de piquenique e rapidamente coloquei na frente. Fui o mais de pressa possível pro carro com a Rillary.
Me sentei no banco do motorista e ela sentou no outro banco ao meu lado. Coloquei a cesta em cima das minhas pernas e liguei o carro.
-Deixa que eu seguro. -ela vai tirando a cesta e pego de volta.
-Não imagina. Não está incomodando.
-Eu não me incomodo de pegar. -ela novamente tira.
Estou sem argumentos! Pego o pano de limpar o vidro do carro e coloco em cima da calça.
-Pra que o pano? Tá com frio?
Não bobinha, ao contrário, tô com muito calor!
-Não, é que... Que é pra limpar o vidro quando embaçar. Sabe como é né? O ar quando tá gelando deixa o vidro embaçado.
-Mas o ar não ta ligado.
-Não? -ligo rapidamente o ar
condicionado. -Agora está. -dou uma piscadinha pra ela.Coloquei um pen drive de músicas que estava pendurado, acho que era do motorista da minha casa, conectei na caixa de som do carro. Ligo e estava tocando uma música de funk que não conheço.
"Dom, dom, dom, dom, dom, dom
Tava aqui no baile, escutando aquele som ..."Até aí tudo bem. Mas depois quase tive um ataque cardíaco pra trocar de música.
"Dom dom dom, dom dom dom
Vi logo uma novinha que faz um boquete bom
Dom dom dom, dom dom dom
Ajoelha se prepara e faz um boquete bom"Perdi um pouco do controle do carro. Acho que se não estivéssemos de cinto de segurança, poderíamos ter batido a cabeça. Cliquei repentinas vezes para trocar de músicas e não ia. Até que Rillary só tocou o dedo e passou a música.
Fico sem palavras pela vergonha.
-Não sabia que você gosta dessa música. -ela fala rindo.
-Esse pen drive não é meu, é do meu motorista.
-Ata. -ela continua rindo.
Olhei pra ela rindo, sem tirar a atenção da pista, claro. Aquele sorriso é tão lindo, tão puro. Sorri só de vê ela sorrir. Gostava de saber que estou a fazendo feliz.
-O que foi? -ela pergunta parando o sorriso.
-O que? -pergunto confuso.
-Você sorrindo. Qual o motivo?
-Você. O seu sorriso me faz sorrir. -vejo as bochechas dela ficarem vermelhinhas.
-Ah. Já estamos perto? -ela pergunta trocando de assunto.
-Ah, sim.
(...)
Chegamos na rua de nossas casas. Parei o carro na frente da casa da Rillary e a acompanhei até a porta da casa dela.
-Me diverti muito hoje. Desde meus 13 anos não venho mas ao parque. -falo.
-Nossa! Deve ser por isso que você é tão grosso.
Pensei besteira nessa palavra, mas resolvi deixar de lado esses pensamentos. Não queria que meu amiguinho despertasse de novo.
-Então você não vai desde de os 3 né? Pra ser tão marrenta assim. -falo sorrindo.
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A Novata ♕
Teen FictionO mundo está virando de cabeça para baixo para Rillary Campos Duarte. Amizade de infância desfeita por motivos impensáveis, amor não compreendido, seus pais na maior parte de sua vida ausentes. Aos 16, seus pais resolvem mudar de cidade e colocar a...