A Novata ♕

Capítulo 17

Amanhece tão rápido que me pergunto quantas horas dormi. Era só impressão minha; dormi muito e acordei faltando pouco tempo pra viagem! Levanto da cama vagarosamente e vou em direção ao banheiro.

Antes de chegar ao banheiro paro com frente à grande janela do meu quarto e vejo uma linda e fofa cena. O Edu tinha dormido com a janela aberta e dava pra ver ele lá, dormindo feito um anjinho.

Ele estava deitado de lado, com uma cueca preta (ele não estava coberto), abraçando o cobertor. Que lindo. Ele é tão r...

-RILLARY!! -minha mãe interrompe meus pensamentos gritando.

-Quê mãe? -falo desviando o olhar disfarçadamente para ela que estava encostada na porta.

-Vamos viajar exatamente agora.

-Okay mãe. Vou só me arrumar, e.. -ela me interrompe novamente.

-Não filha. Eu disse e.xa.ta.men.te agora. -ela fala pausadamente.

-Mas, eu vou assim? De pijama? -pergunto olhando pro meu pijama.

-Vai assim mesmo. Vem! -ela pega as bolsas que tinha deixado separadas para a viagem e puxa meu braço.
-Vamos logo que teu pai tá esperando lá no carro.

Ela me puxou junto com as bolsas escada à baixo. Descemos praticamente correndo. Meu pai é assim, ele gosta de tudo pontual, então não seria nada bom se demorássemos!

-Pra onde vamos pai? -perguntei fechando a porta do carro.

-Lowresse. -ele respondeu ligando o GPS.

-Que nome! -faço careta e minha mãe rir.

-O lugar é muito bonito filha. -ela fala.

-E você já foi e nunca me disse mãe? -pergunto fingindo incredulidade.

-Ah filha... -a interrompo.

-O que vocês foram fazer lá? -pergunto cruzando os braços.

-Você realmente quer saber? -minha mãe pergunta olhando pra mim.

Saquei tudo!

-Ecaaaaa mãe! Meu Deus. -falo desviando o olhar dela e fazendo careta. Meus pais riem.

Depois de um tempo, não muito grande, chegamos ao tal Lowresse. E meu pai ficou encarregado de pegar as bolsas e levar pra uma pousada não muito longe, e a mamãe e eu, ficamos encarregadas de observar a paisagem, ou seja, melhor parte!

É muito lindo o lugar! Tinha várias ruas, árvores, praças, um lago não muito longe, crianças brincando de um lado pro outro... Parecia um paraíso! Todo mundo alí estava feliz, inclusive eu!

Não perdi tempo, tirei de dentro da minha bolsa que estava carregando uma máquina fotográfica e comecei a tirar foto de tudo. E quando digo de tudo é tudo mesmo! Das crianças brincando, dos velhinhos de mãos dadas, das casas coloridas.

Avistei meu pai de longe e acenei para o mesmo que acenou de volta. Ele vinha com um papel na mão. Fiquei curiosa!

-O que é isso pai? -falo e o mesmo rir.

-Isso é as normas, regulamentos constituído na escola.

-Hum, ata. -falo sem interesse.

-Filha, esse colégio não é igual aos outros. Você precisa pelo menos dar uma lida nisso aqui. -ele fala balançando a folha.

-Tá pai entendi! -reviro os olhos.

Continuamos andando e paramos em uma barraca de guloseimas. Comprei um algodão-doce e um Trident. Meus pais compraram alguns doces da Fini. Futuquei um doce dele, um tal de bananinha e nossa... É uma delícia!

Logo, logo chegou à tarde. Fomos ao lago ver o pôr do sol, que por sinal, meus pais trocaram alguns beijos e eu fiquei lá, feito uma idiota segurando vela. Fiquei observando um tempo eles dois... Quem dera né? Um casal que mal se vê por motivo de trabalho, quando se encontram é como se fosse o primeiro encontro, o primeiro beijo..!

Mas tarde fomos pegar nossas malas. Decidimos não dormir lá, já que amanhã seria meu primeiro dia de aula. Vou sentir saudades deles! Mesmo que eles trabalhem muito e quase não os veja; mesmo assim, sentirei saudades!

Bem, não vou sofrer por antecipação; então, que ocorra tudo bem. Se for pra ser será, e se não for: "foi Deus que viu que no futuro ia quebrar a cara e me livrou".