Lana Kepler fulminou a serpente Jezebel de Goya com os olhos. Possessa, indagou num tom de voz cadavérico:
— Desde quando um Sabre de Luz é um vibrador?
A cobra, encabulada, assim respondeu vacilantemente gaguejante:
— A-a-qui-qui de-de longe me pareceu...
— A-a-qui de-de longe um Sabre de Luz pareceu-lhe um vibrador? — Questionou, escarrando ironia.
— Sabe o que é Laninha...
— E desde quando dei liberdade para uma criatura peçonhenta como você, me chamar de "Laninha", dona Jezebelzinha de Goyazinha?
A serpente encarou a jovem magoada.
— Que culpa tenho se tenho problema de visão?
— Você tem problemas de visão, querida? — Indagou mudando o tom de voz de raivoso para meigo açucarado, quase diabético.
— De longe, Laninha Keplerzinha, vejo tudo embaçado. Tenho astigmatismo, miopia e mais uns tantos problemas de visão.
— Ué! Se tem tantos problemas de visão como diz, porque criatura, você não usa óculos?
— Eu não posso usar óculos?
— UÉ! Porque uma quase cegueta como você não pode usar óculos?
A serpente Jezebel de Goya aproximou sua cara alongada do rosto de Lana Kepler, revelando-lhe o obvio:
— Pois fique sabendo senhorita, que não posso usar óculos, simplesmente pelo fato de ser uma bela e graciosa cobra, entendeu?
— Não, querida, não entendi. Porque uma cobra bela e graciosa como você, se auto intitula, não pode usar óculos?
— Eu não posso usar óculos, Laninha meu amor, pelo simples fato de eu, sendo uma cobrinha tão charmosa, se reparar, verá que não tenho orelhas. Não tendo euzinha orelhas, como poderão os óculos ficar posicionados na minha cara, sem escorregarem?
Lana Kepler mirou a serpente Jezebel de Goya cheio de candura, penalizada.
— É verdade, cobras não tem orelhas, não as tendo, não tem onde as hastes dos óculos se segurarem. Tadinha — disse fazendo um carinho na face... — CREDO! — Reclamou recolhendo as mãos. — VOCÊ É GELADA! ECA!
— Acabou o afeto!
— Desculpa, lindinha, o mau jeito. As vezes sou um pouco insensível, mas voltando ao assunto... Ué! E porque você não usa lentes de contato?
— Como não tenho pálpebras, muito menos fecho os olhos...
— Agora que falou, percebo que não pisca.
— Pois é querida, como não tenho pálpebras e não pisco, as lentes de contato não se fixam na minha retina, entendeu?
— Há, tá! Coisa chata, né!
— É muito chato sim, além do mais... — A serpente emudeceu voltando a encarar Lana Kepler com severidade. — Se a senhorita tem visão tão boa assim, como pode confundir Sabre de Luz com um vibrador?
— Cai nessa esparrela de boa-fé.
— Que história é essa de: "Cai nessa esparrela de boa fé"?
— Sou crédula! Inocente e ingênua! Costumo sair por aí acreditando nas pessoas.
A serpente, cismada...
— Você, crédula, inocente e ingênua? Me poupe! Não foi você mesma quem disse ter uma coleção vibradores no teu quarto, de todos os tamanhos, inclusive um raro, long-long?
Os olhos de Lana Kepler se escancararam, quase saltando das orbitas.
— Que história é essa de vibrador long-long não sei o que? Quando foi que lhe disse tamanha esparrela?
— Você agora só fica falando essa palavra. É "esparrela" prá lá, é "esparrela" prá cá! A impressão que tenho é que você aprendeu essa palavra no dicionário, gostou e, toda vez que aparece uma oportunidade, a pronuncia sem dó nem piedade, só para botar banca.
— Não fica esparrelando minhas falas não, mocinha! Quero saber de onde tirou essa história de que eu tenho um raro vibrador long-long?
— Ué? E você não tem um vibrador long-long?
— NÃOOOOO! EU NÃO TENHO UM VIBRADOR LONG-LONG!
— Ué! Pensei ter ouvido você falar...
— EU NÃO FALEI UMA SANDICE DESSAS! — Esbravejou nervosa.
— Calma queridinha, não precisa ter faniquitos.
— Você é muito doida senhorita Jezebel de Goya. É inconfiável!
— Porque sou inconfiável? — Indignou-se.
— É confiável uma criatura que diz ver o que não vê, e fala que os outros falaram coisas que não falaram?
— Mas não faço tais coisas por maldade. Foi sem querer querendo.
— Se foi querendo, foi por que quis! Aliás, me diga, existe mesmo um vibrador long-long? — Indagou a jovem quase num sussurro.
— E não, querida, um verdadeiro monstro!
— É mesmo?
— O capeta vibra, balança, sacode, tem uns estrimiliques, e as luzinhas...
— O vibrador long-long tem luzinhas?
— Ô se tem.
— E o que mais o "capeta" tem?
— Tem uns esguichos...
— O vibrador long-long tem esguichos?
— Vários! Ficam espirrando umas melecas aromatizadas...
— É? Não creio, jura?
— E não, menina. Ligado, o "capeta" faz até chover.
— UAU! Também, com tantos esguichos, só usando guarda-chuva.
HAHAHA! As duas caíram na gargalhada.
— E me dá aqui essa maçã que vou come-la. Esse papo furado meu deu fome. NHOC!
E se pôs a comer Lana Kepler a maçã distraída, sem se dar conta que, um duelo de amor mortal estava prestes a se iniciar.
OBS: E não é que Lana Kepler, posteriormente, pediu o endereço do site onde era vendido o capetudo aparelho classificado de "vibrador", conhecido pela alcunha de: Long-Long. Atitude condenável para alguém da realeza.
***
Coisa feia. Eu nunca compraria um trem desses, esse tal de long-não sei o que. O que desejo sim é uma long-long estrela de brilho tão forte, mas tão forte, possível ser vista com periscópio, do outro lado da galáxia. E como nesse site votos se transformam em estrelas laranjas...
Você me daria um voto, ou seja, uma estrelinha laranja para que pudesse fazer uma laranjada estelar? Se a resposta for sim... OBAAAAA! E aproveitando tua boa vontade, que tal sua boa ação do dia for o compartilhamento desse capitulo no teu Facebook e... SAIU! Se adora o livro da Cindy Shell, compre e divirta-se. Caso seja menor de idade, peça para teu pai, afinal de contas, para que serve um lindo papai querido se não deixar sua filhinha feliz da vida, eim? Link do site CLUBE DE AUTORES, da página do livro, no perfil. E prepare a boquinha para rir bastante. Beijos e, fique na paz!
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Cindy Shell - Uma Jed-Princess Apaixonada #Wattys2016
FantasyTadinha da Cindy Shell. Conheceu um príncipe apaixonante e, ao beija-lo, uma terrível maldição foi consumada. Capitulo novo toda quinta feira para seu deleite. Divirta-se! Mil beijos!