— Beija, beija muito Cindy Shell! Entendeu?
— Mas eu nem conheço o príncipe Felipe Bourne direito, Lana.
— Você não achou o bofe um gato? Moreno alto, olhos verdes, musculoso, um sonho!
— Não foi bem isso o que disse, minha querida Lana Kepler.
— Então me diga o que foi que você disse, pois já esqueci?
— Eu disse que o príncipe me encantou por ser um estupendo espadachim. Um mestre no manuseio da espada.
— Credo, Cindy! Cai na real! Lembre-se, você também é uma princesa. Não sei como pode gostar dessa coisa de luta, ficar dando espadadas por ai, gostar de vestir armaduras. Uma pessoa do teu nível, muito esquisito! Sem proposito!
— Pelo menos minhas armaduras são mais confortáveis que esse vestido que fica apertando minha cintura. Mal consigo respirar. E esses sapatos de saltos altos, parece que estou caminhando numa corda bamba. Tenho a impressão que, a qualquer momento, vou desequilibrar e cair.
— Um vestido de tule e tafetá azul belíssimo! O mais lindo da festa! Você está belíssima e, para melhorar a noite, um príncipe gato não tira os olhos de você. O que mais deseja na vida?
Cindy Shell mirou o príncipe enamorada.
— Além de saber inclinar o escudo quando dá uma estocada em arco, realmente, vendo-o de pertinho, o príncipe Felipe Bourne é realmente muito bonito.
— Você viu o Felipe Bourne de pertinho? Onde? Como?
— O vi hoje pela manhã. Ele apareceu no campo de treinamento. Ficamos a frente frente.
— Não creio — lamentou Lana Kepler. Desanimada, indagou: — Ele a viu vestidinha que nem garoto, com aquela roupinha de couro surrada, ridícula, que costuma usar quando, insanamente, vai treinar esgrima?
— Sim!
— Meu deus! Uma tragédia!
— Mas fica tranquila, Lana. Se ele vier falar comigo agora a noite, não irá me reconhecer. Até porque, quando nos vimos de manhã, tinha acabado de tomar um tombo quando tentei desviar de um ataque flanqueado perpetrado pelo meu mestre guerreiro. Cai de cara numa poça. Fiquei toda lambuzada de barro. Estava irreconhecível!
— Tem gosto para tudo minha cara. Dos males o menor. Só ouça meu conselho: Se o príncipe tentar beija-la, deixa! É hoje que você perde sua virgindade labial.
— Credo, Lana! Precisa falar desse jeito? Parece até que o fato de nunca ter beijado um garoto na vida, é a pior coisa do mundo. Não sou beijoqueira como você.
— Não ter beijado ninguém é um terror, sim! Uma coisa horripilante! Cindyzinha, meu amor, beijar é tão bom. Da um friozinho na barriga. As pernas ficam bambas. Da uns troços esquisitos, uns formigamentos lá embaixo...
Cindy Shell arregalou os olhos, indagando:
— Que troços esquisitos sente quando se dá um beijo? E esse tal formigamento que disse, dá lá embaixo, onde?
— Se comentar sobre isso será spoiler. Portanto minha cara, siga meu conselho: Beija, mas beija muito!
— Não sei não.
Lana Kepler segurou Cindy Shell pelos ombros, encarando-a com firmeza.
— Garota, você não acha o príncipe Felipe Bourne um gato?
— Um gato guerreiro, incrível!
— Pois então minha cara, que mal há em dar uns beijinhos no bofe?
— Estou insegura. Detesto ficar insegura. Minha vontade agora, nesse instante, para desestressar, seria entrar numa boa briga. Quem sabe matar uns orcs bem malvados.
— Nada de briga! Nada de matar orcs! Se concentre no príncipe gato, se concentre no beijo.
— Falando em beijo, tem esse troço da língua...
— O que tem a língua, Cindy Shell?
— Quando se beija, parece que temos de ficar mexendo a língua. É verdade? Não sei não. Acho um troço meio nojento.
— Para! Para tudo! Esquece briga! Esquece matança de orcs! E, principalmente, esquece o lance da língua. Quando o príncipe chegar chegando, na hora da pegada...
— Que história é essa de pegada? Pegar o que? Lana, não estou gostando do rumo dessa conversa. Um tanto quanto indecente, não acha?
— Cindyzinha meu amor, escuta a voz da experiência. Relaxa. Deixa as coisas acontecerem. Na hora do vamos ver, tudo acontecera naturalmente, sem estresse. Sacou?
— Não sei bem se saquei. Estou muito nervosa.
— Relaxa minha linda e, está na hora deu dar o fora, pois, o príncipe não tira os olhos de você e, se continuar conversando comigo, o gato não ira aborda-la. Portando, querida, deixa dar uma saidinha estratégica e, boa sorte! — Disse Lana afastando-se.
— Ei, espere...
Lana Kepler saiu rápida deixando Cindy Shell largada, sem eira e nem beira, no meio do jardim. E como bem previra a amiga, tão logo o príncipe Felipe Bourne viu a princesa sozinha, estampou seu melhor sorriso, não perdendo a oportunidade. Aproximou-se vagarosamente feito um leão de sua presa indefesa, empreendendo um caminhar seguro, elegante.
O príncipe Felipe Bourne aproximou-se de Cindy Shell. Parou diante da garota. Com um olhar penetrante feito uma flecha, disse sedutoramente:
— Oi!
***
Esse "Oi!", promete.
Como será o encontro da princesa Cindy Shell com o príncipe Felipe Bourne? Essa resposta só poderá ser obtida nos próximos capítulos, por hora gostaria de lhe fazer um pedido: Você ajudaria a povoar minha constelação de leitores dando um voto para esse capítulo? Não voto ou, uma estrelinha apagada, é tão melancólico, não acha? Aproveite e faça com que seus amigos saibam que pode vir a rolar um desvirginamento labial glorioso, compartilhando esse capitulo no teu facebook. O que acha? Será que eles vão curtir?
SAIU! Se adora o livro da Cindy Shell, compre e divirta-se. Caso seja menor de idade, peça para teu pai, afinal de contas, para que serve um lindo papai querido se não deixar sua filhinha feliz da vida, eim? Link do site CLUBE DE AUTORES, da página do livro, no perfil. E prepare a boquinha para rir bastante. Beijos e, fique na paz!
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Cindy Shell - Uma Jed-Princess Apaixonada #Wattys2016
FantasiTadinha da Cindy Shell. Conheceu um príncipe apaixonante e, ao beija-lo, uma terrível maldição foi consumada. Capitulo novo toda quinta feira para seu deleite. Divirta-se! Mil beijos!