29 - Conversa Descontraidamente Amorosa De Uma Princesa Com Um Sapo

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— Porque você está com essa cara, meu amor? — Perguntou o príncipe Felipe Bourne.

— Já não posso andar desapercebida pelo reino, como fiz por toda minha vida — respondeu a princesa Cindy Shell, entrando em seu aposento.

— Mesmo estando vestida da maneira como está, com essa roupa de couro parecendo camponês, como touca na cabeça cobrindo os cabelos, fazendo-a parecer um garoto? O que aconteceu?

A jovem sentou-se ao lado do sapo na cama, assim respondendo:

— Estou sentindo na pele os efeitos de ter a Força duplicada em mim.

— Como assim, não estou entendendo.

— Lembra-se da explicação dada pela doutora Gilda Moliarte de que, ao absorver tua Força, fui dotada de duas Forças, uma feminina que já tinha anteriormente e, outra masculina, aquela que absorvi de você? A junção dessas duas Forças fez com que, meus feromônios, fossem alterados e, ao serem exalados, provocaria reações fisiológicas e comportamentais tanto em pessoas do sexo masculino, como do feminino.

— E isso, na prática, quer dizer o que?

— Isso, na prática, quer dizer que... estava euzinha, sua amada princesa Cindy Shell, caminhando de boa pelas ruas do reino, vestidinha como se fosse um camponês, cabelos presos, parecendo um menininho, um mero cadete, aluno de escola militar, e, por onde quer que fosse, todos, indistintamente, homens e mulheres de todas as idades, de todas as classes sociais, olhavam para mim cobiçosos, me saboreando com os olhos.

— É mesmo, meu amor?

— Sim! Você não imagina o tanto de gracinhas que ouvi. Fui paquerada das maneiras mais gentis e grosseiras, tendo de me controlar por vezes. Vontade tive, certas horas de, tirar a espada da bainha, para defender minha honra, ao ouvir gracejos mais abusados.

— Você agiu muito bem mantendo a calma.

— Também acho, meu amor, mas foi por pouco. Cheguei a ficar furiosa, a ponto de explodir.

— Teve a reação que teve, por ser a primeira vez que enfrenta esse tipo de situação. Daqui para frente, se habituara ao fato de ser uma pessoa deliciosa, cobiçada sexualmente por tudo e todos.

Cindy Shell deitou-se de bruços, ficando face a face com seu amado sapo.

— Você também me acha uma garota deliciosa? Também me cobiça?

Os olhos do príncipe tornaram-se maliciosos.

— Já achava cobiçantemente deliciosa quando tinha apenas tua Força, sem a minha, o que dirá agora, exalando de todos os poros, o odor de uma sensualidade narcotizante.

O jovem casal se beijou amorosamente.

— Vou despedir-me do meu pai, comprar uns mantimentos e, logo estaremos na estrada.

— Está mesmo decidida a viajar para o reino de Jusgrim, indo no castelo vivo Caslorne, para enfrentar o monstro Sarton?

— Iremos enfrentar essa missão juntos, meu amor.

— Não irei enfrentar nada. Serei um peso morto condicionado no interior do medalhão de Raspulgrim.

— Não diga isso, Fê — suplicou Cindy, acariciando a face do sapo.

— Me preocupa o fato de partirmos para uma missão extremamente perigosa. Iremos rumo ao desconhecido, Cy. Não desejo que nada de mal, ocorra com você.

— Enfrentarei sem temor os maiores perigos do mundo, se isso fazer com que, venha a ter, novamente, um corpo e, creia querido, não faço isso por você. Não pense que sou generosa a esse ponto. Farei o que ambiciono fazer, motivada por desejos egoístas.

Cindy Shell - Uma Jed-Princess Apaixonada #Wattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora