Capítulo 15 - Sacrifício

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As turbinas da grande nave de apoio, já começava a se esquentar para enfim decolar. Os pilotos já realizavam os últimos ajustes de decolagem. A nave ficava em um grande hangar metálico, com uma comporta localizada no teto, pois quando a nave fosse decolar, inclinaria para o alto, e as comportas abririam, para assim partir rumo ao céu. Marcus continuava fora do hangar, observando muito aflito, a batalha que ocorria há alguns quilômetros dali. Grandes estrondos se ouvia, o chão chegava a tremer a cada disparo. Uma grande fumaça negra cobria todo o céu, devido a intensidade da batalha. Marcus odiava estar naquela posição, pois o que mais queria era estar lá, em meio a batalha, mas mesmo assim ainda sabia do seu importante papel no plano de evacuação. Logo o capitão Johnson, se aproxima com mais alguns oficiais:

- Marcus! Está tudo pronto!? Devemos partir o quanto antes, já está ciente não é!? Dizia Johnson.

- sim, já estamos iniciando o processo de decolagem, mas e os outros!? Onde estão!? Riley e John!? Perguntava Marcus aflito.

- Marcus! Você não sabe com quem estamos lidando, esses alienígenas são muito mais poderosos do que eu imaginava, já invadiram as muralhas da colônia, e se não saímos o quanto antes daqui, todos iremos morrer! Retrucou Johnson assustado.

- vejo como você lutou não é Johnson!? Tanto é que seu uniforme bem sujo está, e agora é o primeiro a cair fora! Vou esperar mais cinco minutos! Gritou Marcus.

- se quer ficar fique! Eu sou o capitão e tenho autoridade para fazer está nave decolar agora! Gritou Johnson que virou as costas e se dirigiu a nave. Mas Marcus puxa Johnson pelo ombro, e lhe golpe a com um belo cruzado de direito, fazendo o se chocar ao chão em nocaute:

- odeio covardes! Levem o esquentadinho para a nave, e certifique que ele não acorde até a decolagem. Ordenou Marcus aos oficiais que ali estavam. - vamos lá onde vocês estão! Dizia Marcus a si mesmo muito preocupado. Logo observa vários veículos militares se aproximando, trazendo consigo varias pessoas, todas muito feridas devido a batalha:

- homens! Ajudem os feridos a embarcarem! Gritava Marcus que rapidamente correu prontamente para ajudar a todos a descerem dos veículos. Muito sangue ali havia, pois os ferimentos que cada pessoa eram muito graves, muitas queimaduras, cortes profundos, e até pessoas multilados ali haviam. Com todo o cuidado Marcus e os demais, auxiliaram todos. E Marcus sempre que podia perguntava se alguém tinha visto Riley e John, que até esse momento não haviam retornado. Após embarcar todos os sobreviventes, o engenheiro que havia feito toda a manutenção da nave se aproxima de Marcus, que por sua vez ainda não havia embarcado, na esperança de Riley e John retornar:

- Marcus! Precisamos ir agora! Alertou o engenheiro. Marcus continua observar fixamente para o horizonte na esperança de que algum veículo surgisse. Logo respira fundo:

- está bem, vamos! Disse Marcus deprimido. Logo virou as costas entrou no hangar, mas quando se preparava para embarcar na nave, escuta algo. Era uma sirene, comum em todos os veículos militares. Marcus rapidamente corre para fora do hangar, e observa um pequeno veículo militar se aproximando. Logo o pequeno veículo, que era totalmente blindado para, e várias pessoas começam a sair dele, muitas feridas também. Uma a uma ia saindo do veículo, mas nada de Riley ou John, para o desespero de Marcus. Quando Marcus já havia perdido as esperanças, e já se conformando com a situação, uma última pessoa desce do veículo blindado. Marcus levanta cabeça, e ao olhar instantaneamente seu coração quase salta do peito de alegria, seus olhos brilharam e um enorme sorriso se estampou em seu rosto. Era Riley, muito exausta devido a batalha sangrenta, seus cabelos loiros estavam manchados de sangue, seu rosto se via apenas seu olhos claros, pois o suor e o sangue misturados, escorria por seu rosto macio. Marcus não perdeu tempo e correu em disparada feliz da vida em direção a sua amada. Riley ao ver Marcus correr em sua direção, logo abre um sorriso. Ao se aproximar de Riley, Marcus abraça a fortemente, como se não quisesse soltar mais:

- achei que tinha te perdido! Dizia Marcus em meio ao choro.

- calma eu estou aqui, não se preocupe! Disse Riley. Logo Marcus beija seus labios carnudos, mesmo coberto de sangue.

- onde está John!? Perguntou Marcus em seguida.

- nós nunca estaríamos aqui, se não fosse por ele! Devemos muito a ele! Respondeu Riley emocionada.

- droga John! Sempre querendo salvar todo mundo! Lamentou Marcus orgulhosamente do amigo.

- Marcus olhe para mim! Temos que ir agora! Não podemos deixar que o sacrifício de John seja em vão! Alertou Riley, erguendo a cabeça de Marcus com suas mãos.

- sim você está certa! Nunca vou esquecer de você irmão! Disse Marcus olhando para o horizonte, onde estaria John naquele momento.

Apesar de muitos soldados Zironianos terem morrido, com todas as estratégias de batalha de John, ainda continuaram a avançar. Destruíam os escombros da muralha causada pela bomba que John havia plantado. E novamente começaram a avançar lentamente para adentro da colônia. Logo que os soldados Zironianos caminhavam colônia adentro, repararam que não havia mais nenhum humano vivo ali, apenas corpos, e sangue por toda a parte. Muita fumaça ali havia também, dificultando a visão dos Zironianos. Foi que de repente um flash de luz é disparado em meio aos escombros das placas de aço, em direção as tropas Zironianas, atingindo um soldado na hora. Parecia que não havia escudos eletromagnéticos para suas próprias armas. No momento em que o soldado Zironiano explodiu pelo disparo do flash. Todos os soldados Zironianos ficaram em alerta, procurando de onde tinha vindo o disparo. Após alguns segundos de tensão vários flashs começaram a ser disparados, e um a um os soldados Zironianos eram eliminados. Nesse momento pela primeira vez os soldados inimigos começaram a ficar preocupados pelo que estava havendo, alguém corria pelas sombras, e disparava loucamente. E esse alguém era John, que com duas armas Zironianas em suas mãos se tornou mortal. John corria de um lado para outro, sempre escondido pelas fumaças e escombros que ali havia. Assim dificultando as ações do inimigo, que não conseguiam o localizar. Os Zironianos começaram a disparar para todos os lados, mas John sempre se protegia no momento certo, e quando tinha oportunidade contra atacava, matando vários inimigos de uma só vez. Mas john sabia, que sua estratégia não daria certo para sempre, pois o seu único objetivo era ganhar tempo. E foi que um grande estrondo se ouviu. John que estava agachado protegido por uma placa de aço, viu ao horizonte. A nave de apoio havia decolado, e em uma velocidade incrível rapidamente sumiu entre o céu e as nuvens. Nesse momento John, sentiu se com o dever cumprido. Pois até agora seu plano estava dando certo. Nesse momento John não tinha mais porque continuar a lutar, respirou fundo, e jogou as armas para longe. Ao perceber a rendição de John, rapidamente os soldados Zironianos se aproximam, e localizam o entre a placa de aço, olhando orgulhosamente para o céu com um sorriso em seu rosto. Os soldados cercam John e apontam todas as suas armas. John apenas fecha seus olhos, pensa em sua família, e sela seu destino.

Livro 2 - Alien Wars :  O ConfrontoOnde histórias criam vida. Descubra agora