Cinco

3.8K 379 23
                                    

UM PERFEITO ESTRANHO - Genevieve
CAPITULO NÃO REVISADO


Aponto duas flechas ao mesmo tempo e disparo-as nas pernas do homem, que cai no chão ao lado do garoto.
Vou até o homem e agacho para ficar cara a cara com ele.

ㅡ Não mexa mais com garotas, babacaㅡ sorrio.

ㅡ P-por que não me mata logo? ㅡ ele pronunciou com um pouco de dificuldade.

ㅡ Eu sou muitas coisas senhor, não quero incluir assassina por enquanto ㅡ levanto e olho o corpo do garoto estirado no chão. Não estava morto, mas sua situação estava feia.

Pego mais uma flecha e aponto para o homem no chão, Miro em seu braço e digo:
ㅡ Levante, irá me ajudar a carrega-lo ㅡ falo friamente. Outra tática rebelde que dominei com perfeição: nunca demonstre fraquezas ou baixe a guarda, isso pode te levar a a morte.

Ele tenta se levantar, se apoia nas paredes do beco e mesmo assim continua fraco para levantar.

Reviro os olhos e dou de ombros. Se ele não irá me ajudar, alguém irá.
Entro novamente no bar com a flecha a postos, pronta para disparar a qualquer movimento.

ㅡ Ei! ㅡ chamo a atenção para mim ㅡ preciso de ajuda, um dos cavalheiros que estiver mais sóbrio aceita me ajudar? ㅡ acrescento em um sussurro: ㅡ sob coação...

Sussurros ecoam pelo ambiente, deixando-me impaciente.

ㅡ Agora! ㅡ aponto para a garçonete loira com um batom extremamente vermelho ㅡ ou ela morre ㅡ ninguém precisava saber que era mentira. Minha face demonstrava força e coragem o bastante para mata-la. Ninguém havia percebido o blefe.

Um homem se levanta de uma mesa no fundo. Ele anda até a porta dos fundos, com minha flecha apontada para sua cabeça estranhamente redonda.
Aponto para o garoto desacordado no chão com o queixo e o homem o pega no ombro com facilidade.

ㅡ Siga-me ㅡ ando ao lado dele ainda com a flecha apontada para sua cabeça.

Após meia hora começo a avistar a cabana de emergências rebelde em meio da floresta densa, seguimos em frente pela floresta silenciosamente até chegar a casa.
Abro a porta o deixando sobir as escadas em direção ao quarto do andar de cima, claro que comigo apertando a ponta de aço da flecha em sua cabeça.

ㅡ Ponha-o na cama ㅡ ordeno ao homem, que obedece colocando-o cuidadosamente na cama ㅡ agora vá, e se voltar ou contar sobre isso para alguém sua vida não será poupada.

Ele sai, me deixando a sós com o garoto loiro desmaiado e a luz fraca do lampião iluminando o ambiente.
Olho ele desmaiado na cama com um lençol floral, a cena seria hilariante e fofa se seu olho não estivesse roxo.
Pego um pano e molho com agua morna para por em seu olho. Vou até ele e ponho o pano no local machucado. Pego meu arco e fecho a porta ao sair.

[ ... ]

Acordo na cadeira ao lado da cama, o garoto permanece desacordado, ele dorme como se o mundo a sua volta fosse pacifico e doce. Provavelmente é um riquinho, mas um riquinho muito corajoso.

Isso eu respeito.

Saio do quarto e corro até a floresta cheia de neve.
Ando por alguns minutos, quando me viro um alce de altura mediana me fita assustado. Sorrio para o animal, se não fosse fraca para carrega-lo atiraria uma flecha, mas isso seria um desperdício de tempo e flechas.
Ando mais um pouco prestando atenção em cada ruído, pássaros voam pelo céu nublado e algum animal anda pela floresta a procura de uma presa.

Aponto meu arco para cima e espero algum pássaro desavisado. Dois voam a uns dois quilômetros de distância, pego desta vez duas flechas e atiro nos pássaros que são pegos de surpresa e caem espalhando sangue pela neve gélida.
Corro até eles e os pego pelos pés, para minha surpresa quando viro o garoto me olha atônito como se tivesse acabado de matar o rei.

ㅡ Está com fome? ㅡ grito para ele, que apenas balança a cabeça positivamente.

Corro até o loiro, que me segue até a cabana a espera de qualquer alimento.

[ ... ]

ㅡ Obrigada ㅡ ele fala ao terminar de comer.

ㅡ Você me salvou ㅡ sorrio ㅡ é o mínimo que poderia fazer por você.

ㅡ Qual o seu nome? ㅡ ele me fita com uma espécie de interesse estranho no olhar, que por sinal é lindo.

ㅡ Genevieve ㅡ sorrio, mas ele arregala os olhos quando pronuncio meu nome. Não é um nome tão estranho assim!

ㅡ Prazer, William ㅡ ele se recompõe rapidamente.

William parece que foi treinado para disfarçar quando está desconfortável ou até mesmo na defensiva como em varias vezes que perguntei sobre sua vida/família.
Pedi para que se deitasse e descansasse um pouco, afinal, ele ainda esta com dor no abdômen e um olho roxo.

ㅡ Posso ver ㅡ  aponto para seu abdômen.

ㅡ O QUE? ㅡ ele arqueia a sobrancelha de um jeito fofo.

ㅡ Seu ferimento ㅡ reviro os olhos
ㅡ pervertido. ㅡ murmuro.

Levanto apenas a parte direita de sua blusa, há um ponto meio esverdeado que indica que a cicatrização está começando. Pego o pote em que guardei uma mistura de ervas que minha mãe costumava fazer e passo no local.

ㅡ Onde estão seus pais? ㅡ ele se intromete.

ㅡ Mortos ㅡ falo concentrada.

ㅡ Irmãos?

ㅡ Não, agora deite-se ㅡ aponto para a cama.

Saio do quarto e vou em direção ao lago, esta casa só virou um refúgio rebelde porque os moradores deste lugar estão mortos.

Porque meus pais estão mortos...

Um príncipe e Uma rebelde Onde histórias criam vida. Descubra agora