Pov. Izzie: Dia de Perdoar

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-Bom dia! Sinto que estão despostos porque já tomaram café da manhã...-Se enganou, aquilo não era comestível.-Hoje nosso dia vai começar cedo e durante a tarde vocês estaram livres para fazerem oque quiserem dentro do acampamento, desde que façam oque for pedido. Devolveremos seus celulares e hoje como foi entitulado o "Dia do perdão" vocês iram ligar para uma pessoa, que vocês nunca perdoaram, que fez algo terrível, e vão conversar com essa pessoa por pelo menos uma hora.-Minha mãe me veio a cabeça sem nem mesmo eu ter tempo de pensar em outra pessoa, dificilmente ela me atenderia e ainda por cima ficaria uma hora no telefone comigo.
Peguei meu celular e olhei para Katherine, ela também estava olhando para mim e eu soube que ela ligaria para ele então nada mais justo do que eu ligar para ela.
Disquei o número da minha mãe e levei o celular ao ouvido.
-Oi?
-Oi, mãe. É a Isabelle, por favor, não desligue o telefone, por favor.-Pedi.-Eu só quero fazer uma pergunta: tem alguma chance de você um dia me odiar menos? Porque eu nunca te odiei e eu preciso tanto de uma mãe agora.-Eu não sabia se ela ainda estava na linha, porque estava em silêncio, mas continuei.
-Eu não sei oque eu fiz de errado, você nunca me contou, mas não faz mal, eu peço desculpas seja lá oque eu tenha feito... eu só queria poder conversar com você, sabe como mãe e filha, nós duas, pelo menos uma vez, só uma...-Sem perceber eu estava chorando, mas mesmo assim não desliguei o telefone.
-Mãe, por favor diz alguma coisa, qualquer coisa.-Disse. Minha visão ja era basicamente lágrimas, eu não via mais nada.
-Eu te amo.-Não acreditei de primeira. Até porque eu estava chorando então podia estar ouvindo coisas não reais ou tendo alucinações.
-O que?
-Eu te amo, Isabelle. Sinto muito nunca ter dito isso.-E assim começou o início de uma nova amizade, uma amizade bem mais forte.
Ficamos conversando sem olhar as horas, falamos sobre tudo que nunca haviamos falado, como se fosse a primeira vez e na verdade era. Eu via as pessoas se levantando e indo embora e eu continuava no celular sem a minima intenção de desliga-lo, a última pessoa a ir embora foi Katy e ela sorria e sorria e sorria sem parar quando foi, olhou para mim e sorriu novamente depois saiu. Minha mãe disse que iriamos fazer compras só nós duas, e me contou coisas que fiz com Katy quando eramos pequenas, se passou uma hora, duas, três, quatro.... só paramos de conversar quando estava quase anoitecendo e quando eu desliguei o telefone estava tão feliz e nada poderia estragar isso. Corri para o quarto da Katy sem importar se brigariam e ela abriu a porta. Não falamos nada, apenas nos olhamos e sabiamos o que havia acontecido, então a abracei e ficamos abraçadas por tanto tempo quanto podíamos.

Elas, Delas.Onde histórias criam vida. Descubra agora