Capítulo 4 - Planos pt3

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Sam tinha saído da caverna com as ideias mais baralhadas do que, quando, na noite anterior tinha entrado. Caston era um sítio perigoso para Sobrenaturais e ela sabia-o bem. No entanto, era um lugar ainda mais perigoso para si própria, mas algo a puxava para lá, provavelmente, nostalgia, por ter nascido e sido criada em Caston, pela sua vida ter sido mudada lá, quando aos dezoito anos fora mordida pelo seu alfa.

Tinha ido acampar com umas colegas da escola, para a orla da floresta e o lobo que a mordera massacrou o acampamento, ela fora a única sobrevivente, fora resgatada por uma equipa de socorristas, acionados pelos pais de todos. A primeira semana, após o salvamento, passou-a no hospital, sem qualquer contato com o Mundo, quando saiu a sua adaptação e a culpa por ter sido a única a sobreviver foram demais para suportar, a sua mãe andava sempre atrás de si, com cuidados e mimos que Sam não queria ou não aguentava, piorou quando os familiares das suas amigas olhavam para ela com culpa e luto no olhar. Na quarta semana, as dores de cabeça que sentia, pareciam insuportáveis, ouvia coisas que não devia de ouvir, a distâncias que deviam de ser impossíveis, sentia cheiros ao longe e conseguia pressentir emoções pelo olfato, coisas que simplesmente, achava impossíveis. Quando a lua cheia se aproximou, desconhecidos começaram a sondá-la. Na noite de lua cheia, quando sentiu o seu corpo a partir-se e a rasgar-se, romperam pelo seu quarto a dentro três homens de armas em riste, apontadas a ela, pediram-lhe desculpas e estavam prontos a disparar, mas pela janela do seu quarto, entrou o seu alfa que desfez os três homens e a levou consigo, para se juntar à alcateia, tendo-lhe explicado quem eram os homens e qual teria sido o seu destino se tivesse ficado. Das sombras, observou o seu funeral e o seu coração doeu, pela sua irmã, que parecia em choque, pelas lágrimas copiosas da sua mãe e pelo ar de profunda tristeza do seu pai, enquanto tentava consolar a sua mãe.

Eliot, o seu alfa, tinha-a avisado que a cidade era infestada de Caçadores e que nunca, mas mesmo nunca, deveria de lá voltar. E ela não queria fazê-lo, mas sabia que era o que tinham que fazer, o mais certo, era ninguém a reconhecer, já se tinham passado trinta anos e ela ainda aparentava ter dezoito, portanto, mesmo que alguém a reconhecesse, pensariam que era, simplesmente, coincidência, nada mais.

Por outro lado, sentia uma ligação com este grupo, como se, por falta de uma palavra melhor ou de um substituto melhor, eles se tivessem tornado a sua alcateia. Em especial, Rob, sentia como se ele fosse um beta seu, conseguia senti-lo, num cantinho da sua mente, ainda muito escondido, para o conseguir aceder, como se fosse um lobisomem, totalmente, formado, mas sabia que ele lá estava e isso, era algo, muito estranho.

Estava emersa em pensamentos, quando sentiu um forte cheiro a lobo,  mas não lobos comuns, que fugiriam dela, mal sentissem o seu cheiro, uma alcateia de lobisomens, amaldiçoou-se por estar tão distraída, que não tinha captado o cheiro antes,  agora, era impossível fugir, só se os outros fossem burros é que não teriam já apanhado o cheiro dela.

Sem conseguir identificar que espécie de lobisomens eram, não sabia com o que poderia contar e isso, metia-lhe um certo medo. Mas, nunca fora cobarde, nunca fugira do perigo, aliás, ela sorria frente a ele e enfrentava-o de frente, nunca baixando a cabeça ou dando asas ao instinto de fugir, a não ser que o perigo fossem Caçadores. Estacou, iniciou a transformação e parou-a, a meio.

Comentem e espero que gostem! Esperem por mais aventuras
Kiss
Jay Lewis

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