16° Capítulo

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- Tens noção é que vamos reprovar o ano.

- Reprovando ou não, no próximo ano vou estar na mesma escola e no mesmo ano. - Encolheu os ombros.

- Vais passar o resto da tua vida na escola?

- Sei lá. Quem sabe se daqui a um ano não me afasto disto tudo e vou viver para um sítio sossegado?! Não podemos adivinhar o dia de amanhã.

- Era bom.

- Porquê?

- Não sei. Talvez fosse mais fácil preceber o que as pessoas pensam. - Olhei-o.

- O quê que gostavas de saber?

Da maneira como o Justin olhava para mim, mais parecia que estava a entrar dentro de mim. O seu olhar era viciante e quente. Os seus olhos cor de mel brilhavam de uma maneira inesplicável.

- O quê que gostavas de saber? - Voltou a perguntar.

- Quem disse que tem haver contigo?

- Eu sei que tem. Eu sei que tens mil e uma perguntas na tua cabeça, mas tens medo de perguntar.

- Todas as vezes que ganhei coragem para te perguntar tu nunca me respondes-te, o que adianta perguntar agora? Vou levar outra nega. - Respirei fundo.

- Há coisas que não te posso contar. É lei dos vampiros. Se algum humano souber da nossa existência, nós temos que o matar. - Passou a lingua entre os lábios. - Já sabes muita coisa sobre nós e vice-versa.

- Como assim? - Olhei-o confusa.

- Quando foste contra a árvore e comecas-te a sangre eles notaram que eras a tal rapariga.

- Agora já percebi o porquê que quereres ir fazer a viagem.

- Não é só por causa disso.

Estava prestes a perguntar quais seriam os outros motivos, quando ouvimos mais vozes naquele quarto. O Doutor de ao bocado e Ryan.

- Como está a nossa paciente? - O Doutor perguntou olhando para as máquinas.

- Melhor que há um tempo atrás.

- É normal. A pancada foi muito forte.

- E quando é que vou poder sair daqui? - Eu já sentia falta da minha casa e da minha bela caminha.

- Está com presa! Ainda vai ter que ficar o resto da semana.

- Vou morrer de tédio aqui dentro. - Revirei os olhos.

- Vai passar rápido vai ver menina. - Disse escrevendo alguma coisa no seu caderno.

- Espero bem que sim!

O Doutor fez-me alguns exames e daqui a 2 dias estava pronta para outra! 

Ainda ia ficar mais 4 dias naquele quarto que mais parece um hospital. Justin esteve a contar que quando precisavam de tratamentos médicos, era aqui que vinham. E quando não tinham sangue também vinham aqui.

- Pode parecer estúpido, mas em algumas séries/filmes, os casais bebem o sangue um do outro. É verdade?

- A maior parte dos casais são assim. Diga-mos que dá prazer. E o sangue parece que é mais saborozo.

- De onde vem o sangue que bebes?

- Depende. Ás vezes conbinamos e vamos á floresta e matamos alguns animais. Mas a maior parte das vezes é uma mistura que fazem. Mas o que gostamos mesmo é de sangue humano.

- Hm...

- Mais alguma coisa?

- Ahm... Não sentes necessidade de beber sangue humano?

- Sim. Sempre que estou contigo isso acontece. - Confeçou.

- E porquê que não me mordes? - Olhou-me um pouco surpreendido.

- Primeiro, tu não vais querer. Segundo, se eu não me conseguir controlar podes morrer. - Confeço que me arrepiei com aquela frase.

- E porquê que não corres esse risco?

- Nunca na minha vida o eide fazer. Em ti não. - Baixou o olhar.

- Porquê?

- Não quero correr o risco.

- E porquê que não queres correr o risco? Não sou ninguém. Não faço falta. - Insisti no assunto.

- Não vou correr o risco de matar uma pessoa, para saciar os meus desejos.

- E porque não mordes uma vampira?

- Como tu dizes-te é uma coisa típica de casais. Ao inicio fui obrigado a fazer-lo, mas agora já consigo beber outros sangues.

- Se eu quiser me tronar vampira o que tenho que fazer?

- Tu não vais querer tornar-te numa.

Justin estava mais que surpreendido com as minhas perguntas. No relógio do quarto, marcava 04:27.

- Qual é o mal?

- Nunca mais vais ter uma vida normal. Nem estar com uma simples pessoa vais conseguir estar. Pelo menos durante muito tempo. - Fez uma breve pausa. -  Sabes o que é querer estar com uma pessoa e passar os melhores momentos com ela, mas não poderes. Teres medo de a magoar com um simples toque? Não poderes fazer o que os casais humanos fazem? Ao inicio tudo parece bonito, mas só passando pela situação é que percebes. - Levantou-se e ficou de costas.

Ele... ele estava a falar de mim? Não é que queira ser convencida ou algo do género, mas a única rapariga próxima dele sou eu. E ainda por cima é humana.

É óbvio que és tu, sua burra!

- Mas nós já fizemos sexo...

- Sim, se alguma coisa corre-se mal podias ter morrido, mas naquela altura estava a cagar-me! Eu queria era foder-te! Não pensei nas consequências.

- Estavas com falta de sexo, diz antes isso. - Disse tentando aliviar a tensão.

- Estamos a ter uma conversa séria, Selena! - Virou-se.

- Odeio ter conversas sérias. Já sei que depois vais ficar estranho comigo. - Suspirei.

- E o quê que isso importa para agora?

- Fogo, Justin! Ainda não intendes-te que não gosto de estar chateada contigo?

- Foda-se. - Murmurrou.

Virei para o outro lado da cama e fechei os olhos. Já estava tarde e ambos precisavamos de dormir. Na verdade já estive a dormir muito tempo, mas sinto que preciso de dormir ainda mais. Eu e o sono temos uma relação muito forte.
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Hey girls!!
Espero que tenham gostado deste novo capítulo. Quis que neste capitulo falasse mais um pouco de como são os vampiros e ao longo dos capítulos vou explicando mais coisas.
Se tiverem alguma dúvida, deixem nos comentários ou mandem mensagem. VOTEM, POR FAVOR!

Perfects TeethWhere stories live. Discover now