Acordei com os raios de sol e com alguma dificuldade virrei-me de barriga para cima. Espreguei os olhos e olhei á minha volta. Justin estava deitado no sofá.
É bom saber que ele não se foi embora. É sinal de que não ficou chateado.
Aproveitei que tinha o meu telemóvel, fui ver o que se tem passado na minha ausência. Tinha algumas mensagens da Demi. Pelos vistos a relação dela e do Ryan tem ido muito bem. Ela provavelmente não sabe que ele é um vampiro e sinto-me mal por isso. Tenho a certeza que se ela soubesse, não estaria com ele. Pelo menos até acimilar tudo.
Gostava de saber se as intenções que o Ryan tem com ela são boas, ou apenas está com ela por estar. Sei que ela daqui a uns dias está a dizer que está apaixonada por ele. Já sei como ela é. Apaixona-se facilmente, só que até agora foram todos por água abaixo, será que agora é de vez? Será que ele lhe vai contar tudo? Aff, eu quero falar com ele, mas não quero parecer uma maluca. Além disso nunca tenho oportunidade para falar com ele.
Estive uns minutos a olhar para o balão, até que abrem a porta. Doutor George.- Boa tarde menina.
- Olá, boa tarde. - Sorri.
- Está bem disposta hoje. - Olhou para o Justin. - Já outros ficaram acordados até tarde.
- Estivemos a falar até tarde.
- Olha que tens ai um bom rapaz.
- Pois, mas não é para mim, de certeza. - Suspirei.
- Porquê que diz isso? - Olhou-me.
- Ele é um vampiro. Eu sou uma humana. - Encolhi os ombros.
- Não seriam o primeiro casal assim. - Fez uma pequena pausa. - Scooter já teve um relacionamento com uma humana. Depois ambos tomaram a decisão de a transformar e assim foi. Só que passado dois anos ela foi assacinada.
- É assim tão mau ser-se vampiro?
- O inicio é a pior parte. Desde a transformação até te habituares a tudo, é muito complicado. Algumas pessoas não comseguem passar dessa fase.
- Sinto que ter sabido da vossa existência foi das piores coisas.
- Porquê? - Olhou-me confuso.- Não posso andar sozinha na rua, estou aqui enfiada graças a isso, conheci pessoas que só me fazem mal... - Sussurrei a ultima parte.
- Tens que o saber levar. Não sejas dura com ele. Todos têm os seus dias. Uns dias estão bem, e noutros estão com pouca paciência.
- O que adianta? Nunca vai dar em nada, acredite em mim.
- Eu discordo contigo. Pensa bem e falem. - George piscou o olho e foi-se embora.
Mas será que ninguém intende que nunca vai haver nada entre nós? Nós nem gostamos um do outro, sequer. Ninguém intende que ele só está aqui comigo por pena e preocupação? Serei a única a perceber isso? Sim!
(...)
Esta era a minha única noite aqui. Já estava tudo bem comigo e já não estava ligada ás máquinas.
O Justin já tinha preparado tudo para a viagem, e estava agora a dizer-me as horas que tinhamos que estar lá e isso.- Passa-mos por tua casa, para preparares as tuas coisas e vamos logo para o aeroporto.
- Ok.
- Estás anciosa?
- Porque haveria de estar anciosa? Não é a primeira vez que vou andar de avião. - Disse como se fosse óbvio.