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Meu maior desejo agora era estar em casa entre as minhas cobertas assistindo algo bom. Possa estar um calor infernal porém sempre irei me cobrir, eu sei que isso é coisa de louco mas de uma forma estranha me sinto protegida.

Escutar a professora falar está me dando cada vez mais sono, como ela consegue ser tão chata?

Hoje achei que seria legal vim para a escola, pois achei que Harry estaria aqui e conversaríamos mais um pouco. Não vou mentir; achei e ainda acho que poderíamos ser amigos azar que todas as pessoas que eu podia chamar de amigos que ainda tinha eu os afastei depois da morte do meu pai. A professora de matemática pede para formamos duplas para respondemos o absurdo de questões que ela passou, como sempre não me movo e como sempre fico sozinha. Como uma boa aluna que sou respondo todas as questões de maneira correta e legível, e sou uma das primeiras a terminar.

Assim que o sinal toca para irmos ao intervalo me levanto depois que todos da sala sai e vou para o refeitório, pego numa maçã e vou para a biblioteca, lá é um ótimo lugar, não tem muitas pessoas. Sento em uma poltrona e fico mexendo no meu celular.

"Vendo nudes?" Uma voz conhecida pergunta, levo um susto quando olho para o rosto de Harry a minha frente.

"Ah estranho, o que você está fazendo aqui?" Pergunto incrédula. Ele se senta ao meu lado.

"Lendo, o que se faz em uma biblioteca?" Pergunta como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Nego.

"Não na biblioteca, na escola?" Clareio a minha pergunta.

"Ah, hum, estudar?" Arqueia uma sobrancelha.

"Ok, mas para estudar você não deveria ter entrado nas quatro aulas que já teve?" Ele olha para o teto e não me responde, bufo. "Aliais onde você esteve?"

"Aqui, nos corredores, no banheiro, na quadra, em quase todo lugar dessa escola não foi tão difícil me esconder e não ser pego!" Ele diz sem me encarar. Fecha os olhos e fica praticamente deitado na poltrona. Fico encarando-o ele tem a boca bem rosa para um homem, e seus cabelos são um tanto quanto longos apesar de ser fofo, uma súbita vontade de passar a mão em seus cabelos cacheados apanha-me, ele é realmente lindo.

"Para de me olhar assim estranha!" Ele volta a abrir os olhos e sorri. Porra, que sorriso lindo e as covinhas, ah meu Deus não vou pensar nessas covinha, com certeza o sorriso mais lindo que já vi. Droga, por quê eu estou pensando nisso? Viro meu rosto para o outro lado para tentar esconder as minhas bochechas coradas. "Eu sei sou irresistível pode admitir!"

"Deixa eu ver se eu entendi, você veio para escola e não entrou na sala por causa daquilo que aconteceu não é?" Desvio o assunto da sua beleza e pela maneira como ele reagiu sei que não foi o melhor assunto que eu escolhi.

"Não quero falar disso!" Ele se senta apoiando os cotovelos nas pernas.

"Você não pode se esconder para sempre! Além do mais vai perder nota se ficar faltando assim!" Digo a verdade, ele apenas encolhe os ombros.

"É que se você não percebeu eu sou um e eles são três, e quase metade da escola, não posso bater de frente com eles toda vez!" Sua expressão agora está séria e me dou tapa mentalmente por ter tocado no assunto.

"Não precisa bater de frente com eles, apenas ignora!" Muita ironia a pessoa que é zoada dizer isso, mas só estou tentando ajudá-lo.

"Que tal mudar de assunto esse já deu!" Ele bufa e se joga outra vez para trás. Qual o problema dessa pessoa que não pode se sentar corretamente?

"Hum, ok! Como está sua irmã?" Pergunto da menininha do elevador.

"Esta bem, ela por algum motivo desconhecido gostou de você!" Diz com cinismo, mostro-lhe a língua e sorrio.

Why Alicia? | H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora