Why Alicia? | H.S.

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Eu sinto como se estivesse afundando cada vez mais em uma coisa que nem eu mesma consiga explicar, é um vai e vem de emoções, de sentimentos inexplicáveis... Ah maldita dor, maldita confiança que precisamos ter em alguém. Maldito amor que me coroe o tempo inteiro. Isso tudo é uma droga, que faz mal, que alivia que te faz se sentir segura que te ilude sem dó mas que te ama.

Coração estupido que foi se apaixonar por esse idiota que me faz se sentir como uma mera adolescente em crise. Mas aqueles olhos tão cativantes, o sorriso maravilhoso, aquelas covinhas que me deixam tonta essa é uma sensação tão boa, aquele frio na espinha as borboletas no estômago, tudo de novo.

A consequência do destino é amor!

Sabe o porquê? O amor não é tão lindo quanto dizem, o amor não é perfeito. Assim como trás felicidade trás guerra, uma história de amor tem seus altos e baixos, tem seus deslizes suas crises seus problemas, amor não é só palavras românticas e cartas fofas, amor é confiança, amizade, companheirismo é sacana e folgado, amor pode ser tanta coisa. Pode ser uma demonstração por um poema e um jantar lindo ou pode simplesmente ser aquele sexo selvagem que o considera inesquecível. Pode ser como a rosa tão bela ou pode ser seus espinhos machucados. Mas sempre, todos estão em busca do amor! Ah... amor que começa na infância, aquela paixoneta de jovem, o crush da adolescente ou o romance que já está em bordas de prata. Tão lindo e tão cruel, tão esperançoso quanto mortífero.

Te faz lembrar do primeiro momento mas faz querer esquecer o último, mas para que esquecer? Se você pode lembrar de absolutamente tudo? Porque no final não restaram fotos, vídeos, cartas nem e-mails, restará uma coisa, só uma, apenas a lembrança então lembre de tudo, lembre-se do sorriso bobo que lhe dava enquanto cozinhava, das lágrimas por motivos distintos, lembre-se dos bons e maus momentos porque no final é isso que nos resta as lembranças que foram cativadas com o tempo e que o tempo será doloroso demais para apagar. Que fará remexer nas velhas caixas em cima do guarda-roupa em busca de algo que te fará relembrar daquele amor que achou que seria para sempre, que não iria embora de forma alguma mas que hoje por algum motivo esta longe, não falo de amor apenas em um relacionamento, falo de amor de família, de amigos, de um animalzinho, daquela pessoa essencial na sua vida que por algum motivo não se falam mais, falo de amor que tanto nos faz lutar, com nós e contra nós mesmos.

Nova Iorque

A mão de Harry está mais gelada do que o normal, está um tempo ruim aqui e ele não para de reclamar durante um segundo. Mas eu precisava mesmo vir aqui tem alguém que eu quero visitar que importa muito e Harry vai ter que entender de uma forma ou de outra.

"Não sei pra que essa pressa toda, eu preciso resolver alguns assuntos e a gente não pode se atrasar."

"Você tem que relaxar um pouco amor, lembra é pra gente se divertir um pouco e não trabalhar ainda mais." Aperto mais sua mão contra a minha e beijo sua bochecha. A toca que pois em mim quase voa e seu cabelo está uma bagunça por causa do vento. Paramos em frente ao hotel que Henri mora, sorrio para Harry e ele bufa já sabendo que vou aprontar alguma.

"Amor eu realmente precisava vir aqui o.k.!" Digo quando a porta do elevadores se fecha.

"Alicia, de quem é a casa que estamos indo?" Suas mãos gélidas deixam a minha e ele cruza os braços.

"Henri..." Um silêncio horrível toma conta da pequena caixa cúbica que estamos, suspiro e o abraço. "Qual é Harry ele é meu amigo você queira ou não."