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Depois de uma semana posso afirmar que realmente não sei o que Harry e eu temos. Me sinto bem quando ele está por perto é como se agora ele fosse o meu refúgio.

"Então o que você acha?" Carol pergunta mostrando o terceiro vestido.

"É lindo!" Digo sem empolgação. O mais incrível é que estamos na minha casa e ela experimentando as minhas roupas pra sair em mais uma de suas festas em plena quarta-feira.

"Você poderia pelo menos prestar atenção em mim invés desse celular." Resmunga mas minhas mensagens estão bem mais interessantes. "Você disse isso dos dois primeiros." Me jogo na cama e respondo a mensagem de Harry.

Estou em casa, não vou poder sair hoje -Alicia

É uma pena, poderia ser bem mais divertido ;) -Harry

De qualquer forma, eu não vou a festas Styles -Alicia

Então podíamos ir ao cinema, sei lá! Só não quero ficar em casa cuidando da minha irmã. -Harry

Para de ser chato, ela é um doce, tenho que ir depois se falamos -Alicia

Deixo o celular em cima da cama e vou até meu armário onde se encontra minha prima jogando minhas roupas no chão. Como eu queria dar na cara dela!

"Eu ainda acho que você está namorando, não sai desse celular!" Ela tira uma das minhas blusas preferidas e veste.

"É só um garoto da minha turma!" Pego as roupas no chão e começo a organizar outra vez.

"Ele é bonito?" Pergunta tirando a blusa e tacando no chão. Puta!

"An, sim." Encerro o assunto, conheço bem a Carol e sei que ela faz de tudo pra conseguir o que quer. Mas pra que ela faz isso? Por que ser uma pessoa assim? O que ela vai conseguir com essas coisas.

Do que adianta termos tudo se por dentro não temos nada? O quanto um bem material vale na nossa vida, se quando morrermos não levaremos nada?

Sem perceber uma dor me atinge mas não é uma dor física, é uma dor psicológica, aquela dor que me faz chorar e querer morrer. O que eu sou? Do que vale vivermos tudo isso se no final vamos morrer sozinhos! Sinto que isso não são coisas que eu deveria estar sentindo. Eu deveria ter problemas de uma garota normal de dezessete anos e não de uma pessoa que viveu anos para sofrer. Eu queria poder ser diferente, eu queria poder sorrir mais e ser feliz. Acho que é isso o que todos querem só que de formas diferentes.

"Você deveria mesmo vim comigo!" Fico olhando pra ela por uns segundos. Por que não? Por que ficar em casa lembrando de tudo o que me faz sentir essa dor?

"Ok" Pego uma calça justa e uma blusa de manga comprida. Coloco uma bota de cano baixo e uma jaqueta preta quando termino de me vestir Carol está parada olhando para a minha cara como se eu fosse um ser de outro planeta. A ignoro e vou ao banheiro, faço um traço fino com o delineador preto e rímel, passo um batom claro e deixo meus cabelos soltos. "Estou pronta!" Digo.

"Que tal colocar um vestindo?" Pergunta esperançosa e nego.

"Não vamos abusar!" Me sento na minha cama, fico brincando com os meus dedos enquanto ela termina de se arrumar. É igual a Dra. Claudia disse: essas festas não são perigosas! Eu espero que não seja de todo.

"Pronto!" Ela esta com um dos meus vestidos pretos que por mais que odeie admitir ficou perfeito em seu corpo, seus cabelos ruivos estão soltos e possui uma maquiagem extremamente forte. Me levanto e pego algum dinheiro que tenho guardado, meu celular e minha coragem que já foi embora. "Meu amigo vai vim nos buscar, é só não fazer barulho e não acordar ninguém ok?" Aceno positivamente, saímos do quarto, andamos lentamente ao andar de baixo e esperamos que um carro apareça. Minutos depois um Ranger Rover preta aparece pela janela da sala e saímos sorrateiramente. "Essa é minha prima Alicia. Alicia esse é o meu amigo Louis" ela nos apresenta quando entramos no carro. Ele me dá um aceno de cabeça e lhe dou um simples 'oi'

Why Alicia? | H.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora