Why Alicia? | H.S.

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Seis meses...

Termino de beber minha cerveja e vou até ele, faz meses que não nos vemos e sua aparência está incrível continua lindo como sempre; as roupas estranhas a bota surrada e o cabelo comprido. Quando para na sua frente apenas sorrio, bebi pouco para vir até aqui.

"Oi." Sua voz é tão rouca quanto me lembro e ele sorri.

"Oi." Me sento na sua frente e rio. Acho que estou nervosa demais.

"Então... como você esta?" Ele brinca com o copo em sua frente e meu coração palpita.

"Bem e você?" Não sei como agir e meus nervos estão à flor da pele, ele encara meu decote e lambe os beiços.

"Estou indo. Belo vestido." Sorrio. Estamos parecendo dois estranhos, meus amigos me encaram ao longe como se esperassem alguma atitude minha para o show continuar.

"O que faz aqui?" Minha pergunta são tão autoritária que ele leva mais tempo do que pensei que seria necessário para alguém responder.

"Bem, fiquei sabendo que um cantor muito bom iria estar aqui então resolvi ver." Aceno, acho que já tropecei no meu próprio nervosismo. "Alicia, não precisa ser assim." Concordo, isso está estranho demais para falar a verdade. Peço desculpas por incomoda lo e me levanto. "Espera! Não quer dançar?" Não sei se estou surpresa por ele me chamar para dançar ou por querer dançar.

"Claro!" Sinto minhas mãos suarem quando toca a dele, a música lenta e calma que está tocando me incomoda de verdade, estar tão perto dele assim depois de oito meses é meio que reconfortante e assustador ao mesmo tempo. Conheci diversos tipos de homens nesse tempo, e olha que não são poucos, as conversas as formas de tratar as pessoas são completamente diferentes, mas é sempre reconfortante tê-lo por perto.

"Continua dois pés esquerdos." Comentei brincando, ele rio e apertou meu corpo mais no seu. Uma sensação tão conhecida por mim que agora estava me causando tantos arrepios.

"Volta pra mim..." Meu coração palpitou.

"Harry!" Minha voz saiu mais baixa, não fazia a mínima ideia do que responder, eu o quero, quero muito mas não sei o que fazer.

"Podemos conversar em outro lugar?" Paramos de dançar e nos encaramos, concordo. Peço um minuto e vou pegar minha bolsa perto dos meus amigos, eles como belas pessoas fazem algazarra como crianças fariam.

"Então..." Digo enquanto caminhamos pela noite fria. Tem pessoas na rua conversando, bebendo, algumas lojas abertas e as luzes tornando a visão ainda mais linda.

"Já se passaram quase nove meses. Não acho que o tempo mude algo se nós não tentarmos." Andamos lado a lado observando tudo a nosso volta,  a voz de Harry está tão baixa que qualquer barulho parece estar mais alto, sinto o nervosismo que ele passa, esperando por algo que nem eu sei.

"Sabe Harry esses nove meses me ensinaram muita coisa na qual achei que já tinha passado o tempo de se aprender." Paramos perto de um banco no parque e há bastante pessoas isso é sábado à noite em Califórnia, as pessoas não estão se importando com nada na hora apenas em se divertir. Seu olhar é tão intenso que presto atenção nas tatuagens amostra pela abertura da camiseta. "Sei lá, eu não vou te perdoar e quero seguir em frente com isso, por mais que tenha errado comigo, Harry eu te amo quero estar com você, quero confiar em você outra vez." Ele não deixa eu terminar e seus lábios estão nos meus, a sensação é tão boa quanto eu esperava.

"Eu te amo."

"Em uma relação não basta só amor Harry."

"Eu sei." Ele afirma. "Isso vai dar certo!"

* * *

"Você pode ficar só mais um pouquinho?!" Faço biquinho, já tá ficando tarde pra ele ir embora mas quero te-lo aqui comigo. "Por que você não dorme aqui hoje?"

"Porque todas as vezes que fico aqui acabamos não indo trabalhar e se tornamos dois irresponsáveis." Ele me beija e pega sua bolsa. "Amanhã eu passo para te buscar e a gente fica em casa que tal?" Concordo e me levanto para levá-lo até a porta.

"Você que sai perdendo." Dou de ombros e para na sua frente antes de abrir a porta. "Podíamos marcar de ir a Nova Iorque ou talvez Santa Monica. São lugares ótimos e você adora." Tento insistir pela milésima vez. Harry está um cara tão careta que quero mostrar pra ele o jeito bom de se divertir ainda mais comigo do lado.

"Eu sei amor mas a gente precisa ter tempo e eu tenho que."

"Tem nada, para de adiar é só um final de semana, pensa como vai ser divertido só nós dois hãn!" Deixo um beijo suave nos seus lábios e sorrio, quero tanto ir tem tanto tempo que não vejo Polly e Nova Iorque é simplesmente a minha paixão.

"Se eu concordar você vai deixar eu marcar as datas?" Seus braços estão na minha cintura. E sei o que ele está tentando fazer.

"Nem pensar se deixar por sua conta só vamos viajar ano que vem! Vamos daqui três semanas que tal?"

"O.k., o.k., agora eu preciso mesmo ir." Saio da frente da porta e ele rouba mais um beijo. Uma hora depois que Harry foi embora estou sentada na minha cama trocando e-mails com Dominic, meu sogro é uma comédia, ele me ajudou muito mesmo não estando com o seu filho.

Quando vou dormir passam das duas da manhã e minha perna dói por ter passado tanto tempo em cima dela, viver aqui sozinha nesse apartamento me mostrou o quanto eu amava morar com Harry não quero dizer que é chato mas às vezes é ruim não ter brincadeiras ou alguém para conversar.