Sua voz estava tão baixa que ele quase não ouviu, saio arrastada e apressada, como se as palavras fossem salvá-la da dor que estava sentindo. Tinha quebrado uma perna, seu braço estava com problemas no movimento, tinha arranhões e cortes por todo o corpo pelo impacto com o chão. E toda essa dor que estava sentindo era o menor dos problemas, a dor no coração que cada olhar que mandava para ele parecia que encolhia mais e a dor na alma. Ah dor, quem é capaz de suporta-la?
Ela queria gritar por tudo o que estava sentindo naquele momento, um turbilhão de pensamentos passavam pela sua cabeça sem parar, sem querer. Ela se odiava, odiava a vida e quem criou a droga do destino. Para que tanto sofrimento? Por que ela tinha que ser a escolhida para sofrer tanto? Alicia se culpava por não ter tido uma mãe, por ter perdido o pai muito cedo, por perder seu avô e por não ter conseguido salvar sua avó. Quantas mortes essa menina teve que aguentar para chegar uma hora e ver sua vida por um fio na sua frente. Ela lutou, venceu e queria que Harry sentisse o que ela sentiu. Não podemos culpa-lá e muito menos julga-lá. Ela foi magoada demais nesses seus poucos anos de vida, pouca experiência para muito sofrimento.
Depois de uma bateria de exames, ainda tinha que esperar mais um pouco não poderia ir para casa assim, ainda tinha fisioterapia e psicóloga pela frente, ela iria precisar e muito de alguém que a escutasse e ajudasse a pequena mulher que estava perdida naquele momento. Depois de algumas horas foi chegando seus amigos e família que não via. A família de tio Carter, Polly, a irmã de sua avó, a avó de Harry que não via a algum tempo. Não sobrou tempo para ver Harry e pela primeira vez ela estava contente por isso, não queria vê-lo, não por agora. Ela queria se preparar, melhorar, se reerguer e aí sim encara-lo novamente, olhá-lo olhos nos olhos e resolver as coisas, coisas pendentes que por momento ela não poderia resolver. Sua saúde estava em primeiro lugar.
"Você esta bela." Carol disse enquanto acariciava seus cabelos, Alicia sorrio, a bochecha estava cortada, o canto do olho cortado, seus olhos estavam inchados e vermelhos. A maior parte de seu corpo estava coberto pela manta do hospital, seus braços machucados e um enfaixado era a única coisa amostra além de seu rosto. O sorriso cínico foi aumentando.
"Vá se foder!" Com a voz rouca ela disse à prima que se afastou como se estivesse sido empurrada. Pelo canto do olho viu Harry e Max rindo baixinho. Pietra apertou mais sua mão. Na cabeça de Alicia só se passava uma única pergunta.
Como um hospital permitiu tantas pessoas dentro de um quarto de uma paciente que praticamente acabou de acordar de um coma?
Conversas foram jogadas fora, promessas que ela sabia que jamais seriam compridas, a melhor hora foi quando se despediram e saíram do quarto, ela ficou feliz quando a pequena Amberly beijou sua bochecha e acariciou seu rosto sem dizer uma única palavra, mas com aquele pequeno gesto tinha feito muito e ela sabia o significado daquilo.
Harry, Pietra, Max e Sierra estava no quarto agora, todos a olhando como se precisassem de ordens para sair.
"Quero descansar!" Disse sem nenhuma vontade, Harry continuou ali parado dizendo que ficaria para companhia mas era a última pessoa que ela queria ver na frente.
"Eu fico com ela não se preocupe." Pietra atravessou na frente e se sentou ao lado da amiga, segurando sua mão com força. Harry e ela trocavam olhares de fogo e se pudessem estariam batalhando ali mesmo. Ele olhou para Alicia mas quando ela simplesmente virou a cara percebeu que era a deixa para sair do quarto com o resto da dignidade que tinha que ao visto de ambas as mulheres que estavam naquele ambiente, era nenhuma.
Ele foi embora, mais uma vez ao chegar na enorme casa que viverá com sua amada se castigou, se puniu pelo mal que havia acontecido. Mas a surpresa maior foi ao entrar em seu quarto e ver sua antiga colega, sua parceira de foda e o pivô de sua futura separação, April. Estava semi nua deita em sua cama e a pergunta que não queria calar era; como ela tinha entrado ali? Na sua primeira palavra Harry perdeu a cabeça, recolheu os pertences dela depressa, a pegou pelo braço e saio arrastando-a pela casa apenas de calcinha e sutiã, a colocou para fora de sua casa como se joga o lixo na lixeira. Se segurou ao máximo para não destrinchar sua raiva na moça e bater-lhe, apesar de tudo sabia as consequências que teria com tal ato mas quando a morena insistiu e 'pulou' nele não teve dó de empurra-la com tanta força que a mandou para o chão, bateu à porta com força e mais uma vez descontou a raiva nos objetos mais próximos.
* * *
Seu corpo está por cima do meu enquanto acaricio a suas costas, é tão bom tê-la aqui comigo, assim, sem discussões, brigas, apenas nós dois se amando. Achei que ela era louca por ter vindo até aqui só para me visitar. Mas parece que a saudade falou mais alto dessa vez, gosto de quando ela faz essas surpresas, gosto de vê-la assim, tão segura de si mesma, ela beija meu rosto e deixa a cabeça do lado da minha, deixando estar por alguns minutos.
Ela se afasta um pouco e a visão que tenho dos seus seios é simplesmente maravilhosa, beijo o topo dos mesmos e levanto meu olhar para ela, está chorando, o rosto machucado e cortado. Sinto cada vez menos o seu peso em cima de mim.
"Eu te odeio! Eu te odeio!" Ela sussurra continuamente e eu choro, grito e tento apertar seu corpo contra o meu, porém parece que acada segundo fica mais distante e estamos outra vez naquela avenida. Ela está inconsciente e grito.
Quando acordo meu corpo está todo suado, esse lugar parece uma merda quando ela não está aqui, e é na verdade. Coloco comida para Brooke e saio. não tenho mais paciência para ficar nessa casa. Enfim ligo à meus pais, que por sinal estavam mais do que preocupados e não os culpo durante esses dias apenas mandei alguns mensagens sem lhe explicar o que realmente tinha acontecido. Tudo martela a minha cabeça enquanto me sento na minha sala e olho o nascer do sol, vou acabar ficando louco com tudo isso!
O melhor que tenho a fazer é focar no trabalho para que a dor diminua azar que nem dormir mais eu consigo.
O dia passa tão rápido e quando a tarde chega estou tão ansioso para ir ao hospital ver Alicia. Ela está dormindo quando chego e April me espera na porta.
"Ela não conseguiu dormir de noite por causa das dores e pesadelos." Ela fala rápido e me dá alguns papéis. "Eu vou precisar ir até a empresa parece que a tia dela está lá para resolver algo e Max vai precisar da minha ajuda. Por favor vê se não faz ela passar mal, apesar de eu achar que você já fez muito isso." Ela me deixa para trás e a mando se ferrar baixinho.
Há tubos de soro no braço de Alicia e ela dorme tranquilamente, sua mão está quente e a aperto de leve não querendo acorda-lá.
"Eu fiz muita merda com você, sei disso, mas eu vou fazer o certo dessa vez, vou fazê-la feliz."
"Eu te amo!"
*
HAHAHAHHAHA OLHA EU DE NOVO
SE LIGUEM NO CAP, O QUE ACHARAM?
LEIAM MINHA NOVA FANFIC É COM O HARRY, SE CHAMA CARTAS PARA OLÍVIA JÁ ESTÁ NO MEU PERFIL VÃO LÁ
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Why Alicia? | H.S.
Fanfiction"O que eu quero? Eu quero ser feliz por um momento sem que me julguem, eu quero poder ser eu mesma e não levar uma surra por isso. Eu quero crescer, ser quem eu quiser ser sem limitações. Quero poder escrever histórias que mesmo não fazendo sentindo...