02 - Dias chuvosos & Tagarela irritante

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Louis

Aqui estava eu, em frente a mansão dos Styles, esperando que alguém abrisse à porta para que a chuva irritante deixa-se de cair em minha cabeça.

— Olá, sou Louis, fui mandado pela agência. — falei e a senhora à minha frente sorriu compreesiva.

— Claro, entre. — murmurou me dando espaço. — Tudo o que você tem que fazer é bem simples. Precisa apenas fazer e dar a comida do Sr. Styles, arrumar a casa, ajudá-lo a chegar ao banheiro e auxiliá-lo no banho. Os horários dos seus remédios estão na geladeira e os remédios enfileirados no balcão próximo aos horários.

— Tudo bem. — assinto seguindo a mulher.

— Você já trabalhou com algum deficiente?

— Um tetraplégico, por dois anos.

— E o que houve?

— Ele faleceu em uma viagem com a família dele.

— Hum, escute, devo alerta-lo de que Harry é um rapaz um tanto... Agressivo, não fisicamente, mas ele não é dotado de muita paciência e nem mostra muito a sua educação. — ela revelou meio receosa e eu apenas assenti novamente.

Eu teria mesmo que tolerar grosserias de alguém que precisa de minha ajuda?

— Por aqui, Harry está na janela, como sempre. — ela prosseguiu entrando na sala.

Havia uma lareira aquecendo o local e a TV estava ligada. Me aproximei em passos lentos junto com a senhora e paramos em frente a um rapaz pálido de cabelos castanhos e encaracolados, seus olhos verdes inexpressíveis, ele nem ao menos olhava para nós.

Ele não iria nos cumprimentar.

— Harry, este é Louis Tomlinson, seu novo cuidador. — a senhora nos apresentou e o mesmo suspirou.

— Tanto faz. Aproxime-se. — mandou esticando sua mão e me aproximei encorajado pela senhora.

Assim que os dedos frios de Harry alisaram minha bochecha franzi a testa confuso. Suas mãos passaram pela extensão de meu nariz, testa, bochecha, cabelo e por fim, traçaram o contorno de meus lábios.

— Olá, Sr. Tomlinson. — murmurou voltando a abaixar suas mãos e voltou a contemplar a janela.

Por que ele não me olhava enquanto falava?

— Harry é deficiente visual, ficou assim depois de um incidente. — a senhora explicou e arregalei os olhos em surpresa. — Eu tenho que sair, estou oficialmente aposentada agora. — me lançou um sorriso gentil.

Depois de se despedir de Harry a senhora me explicou tudo o que eu deveria saber e foi embora. Deixei minha mochila na cozinha e parei na porta de aceso à sala. O que eu faria agora?

— Quanto tempo você ficará encostado à porta? — Harry questionou se levantando apoiando no sofá. E sim, Oh Deus... Ele era alto e tinha um belo porte.

— Eu...

— Quando se perde um dos sentidos os outros ficam mais aguçados, Sr. Tomlinson.

— Pode me chamar de Louis. — sugeri e o mesmo sorriu.

— Eu lhe chamo da maneira que eu desejar e, não seja um tagarela irritante, não seremos amigos, você é apenas o meu empregado. — disse com sua voz repleta de arrogância e começou a caminhar vagarosamente pela sala adaptada.

Suspirei quando o mesmo se aproximou e segurei em seu braço para ajudá-lo a ir ao quarto.

Esse homem arrogante e mal educado desse jeito deveria ser muito solitário e, ainda por cima, ostentava um grande orgulho.

Ele havia caído uma vez, mas não aprendeu nada com a sua queda. E agora eu iria ensiná-lo, oh, sim, eu iria.

dark greens ❀ {lwt+hes+mpreg}Onde histórias criam vida. Descubra agora