Epílogo

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Louis

Harry estava completamente ferrado, estava mais do que atestado o seu papel de papai bobão, nunca havia visto algo assim. Se ele pudesse ficaria vinte e quatro horas com Bela no colo, e quando estava no trabalho ligava de hora em hora para saber como ela estava.

— Amor, eu preciso colocá-la para mamar agora. — Harry me encarou enquanto Bela passava a mãozinha babada em seu rosto.

— Eu posso fazer isso. — choramingou.

— Tem leite no seu peito? — questionei sentando-me ao seu lado.

— Não...

— Então você não pode. — concluí pegando Isabela e acomodando-a em meus braços.

— Quando ela vai tomar mamadeira?

— Harry, ela tem nove meses. Ainda precisa mamar.

— Naquele livro de bebê que eu comprei dizia que até os seis meses era obrigatório, depois nem tanto.

— Eu estou fazendo meu próprio livro de bebê, então. E nele está escrito que o bebê deve mamar no peito até quando ele quiser. — afirmei acariciando o rostinho de Bela.

— Que absurdo. — resmungou catando os brinquendos do meio da sala.

— Já falou com a sua irmã? — desconversei.

— Ela acabou de desembarcar ainda não chegaram à casa dos pais de Thomas. — disse jogando tudo no baú da Bela.

— Como ela estava?

— Bem, eu acho. — deu de ombros.

— Você não perguntou? — perguntei limpando a boquinha de Bela e arrumei a blusa posicionando-a para arrotar.

— Não.

— Por quê?

— Porque eu não sabia que deveria perguntar. — respondeu voltando para o meu lado.

— Idiota. — revirei os olhos e Harry inclinou o rosto para o lado encarando Bela que sorriu mostrando a gengiva.

— Quem é a menininha do papai? — brincou mexendo nos pés de Bela.

— Ela não vai te responder.

— Você é tão estraga prazeres. — resmungou e comecei a gargalhar e Bela me acompanhou. Ela não podia ver ninguém rindo que logo começava a rir também.

Por duas vezes eu quase a deixei cair da bancada enquanto cozinhava, em um momento ela estava quieta e rindo junto comigo e em seguida queria escalar tudo o que via pela frente. Lembro-me do piti que Harry deu. Começou a andar pela casa dizendo que não podia deixar sua filha comigo, que eu era muito lento. E eu como sempre ignorei metade das coisas que ele me disse e continuei fazendo as minhas coisas.

Se fosse por Harry eu acho teríamos uma briga diferente a cada dia por conta da Bela, mas como virei um mestre em ignorá-lo, é isso que eu faço. Sempre dizem que alguém tem o lado mis controlado no casamento e acho que ocupo esse cargo.

Harry havia diminuído muito a sua carga horária e às vezes trazia algum trabalho para casa e estava sempre presente. Eu havia aprendido a domar aquele cara arrogante e de mal com a vida, e ele havia aprendido a ceder e decidir as prioridades da sua vida. Nós tínhamos uma casa grande demais, uma família pequena, mais carros que o necessário e brigas bobas diárias. Nós éramos realmente um casal que se amava e se odiava na proporção certa, mesmo eu sabendo que havia mais amor do que ódio.

Entre a escuridão da vida nós dois nos encontramos, e entre o nosso conceito de felicidade descobrimos que a real felicidade ainda não tínhamos conhecido, mas agora eu poderia afirmar que a minha felicidade, eu encontrei.

Harry

Olhava Bela que dormia toda esticada em seu berço e sorri, lembrando-me como se fosse ontem do dia em que Louis e eu estávamos no quintal da minha casa e passou uma estrela cadende, nunca imaginei que o pedido de Louis fosse se realizar, mas hoje posso dizer, que sou plenamente feliz.

Liguei a babá eletrônica e sai do quarto, deixando a porta entreaberta.

— Ela dormiu? — questionou Louis quando entrei no quarto e assenti observando-o passar hidrante nas pernas. — O que foi?

— Nada. — sorri e Louis bufou.

— Quem nada é peixe, Harry. O que foi? — perguntou passando o hidrante nos braços e em seguida, fechou o pote.

— Estou com saudade do buchinho. — choraminguei jogando-me na cama e Louis gargalhou subindo na cama também.

— Ele está bem, não se preocupe. — declarou passando a mão na barriga e sorri para ele.

— Acho que quero constatar isso eu mesmo.

— Você não vale nada, pervertido. — resmunguou e ergui sua camisa.

— Eu posso?

— Ele está um pouco maior, você sabe, mas estou diminuindo ele aos poucos com a ajuda da academia aqui perto de casa. — murmurou escorregando mais no colchão e acariciou meu rosto delicadamente.

— Eu realmente não me importo. — sussurrei deslizando meu nariz pelo pescoço macio dele. — Eu amo você do jeito que é, e não mudaria nada. Absolutamente nada.

— Nada, é? — disse afagando meu cabelo e segurei sua cintura com firmeza.

— Nada. — afirmei em um sussurro e logo depois uni nossos lábios.

Nossas bocas deslizavam lentamente, apenas se acariciando em um beijo doce e suave. Sua língua se movia no mesmo ritmo que a minha, apenas se saboreando e apreciando, sem se importar com mais nada, apenas no que sentíamos enquanto nos beijavamos. Nos movi na cama deixando Louis sentado sobre mim e deslizei as mãos em sua coxa e subi sua camisa revelando sua barriga. Louis ergueu os braços para que eu pudese tirá-la de seu corpo.

— Oh, olá buchinho querido. — murmurei e Louis gargalhou tapando o rosto vermelho com as mãos e se debruçou sobre meu corpo, deitando-se em meu peito.

— Eu amo isso. — sussurrou deslizando as mãos macias sobre meu peito.

— Isso o quê? — sorri acariciando seu rosto suavemente.

— O jeito como me deixa tão à vontade com você, com a sua forma única de fazer isso.

— Eu faço isso porque eu amo você e nada poderia ser mais forte do que isso. Eu amo você, Louis William Tomlinson-Styles e passarei o resto da minha vida ao seu lado apreciando seu buchinho, seja ele do tamanho que for. — Louis fez uma careta adorável e em seguida sorriu.

— Eu amo você, Harry.

— Eu amo você, Louis.

"É que... Você fala tão mal sobre si mesmo, como se sua cegueira fosse o fim do mundo."

"E não é?"

"Não!"

"Me diz, Louis. Eu continuo bonito para você?"

"Eu nunca te vi antes, mas sim, você continua muito bonito."

"Uma estrela cadente, uma estrela cadente!"

"Você fez um pedido?"

"Sim."

"E o que pediu?"

"Que um dia você possa ser plenamente feliz."

dark greens ❀ {lwt+hes+mpreg}Onde histórias criam vida. Descubra agora