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28 - Roupa emprestada & Noites divertidas

Louis

Eu definitivamente nunca na minha vida havia me imaginado dentro de um blazer do meu pai. Ele disse que usou no primeiro encontro com a minha mãe e me incetivou a usá-lo.

Olhei mais uma vez para minha roupa emprestada e ri comigo mesmo, meu visual consistia em uma calça jeans justa, uma camisa social branca simples e o blazer do meu pai por cima. O blazer tinha um corte sotisficado e bonito e foi ajustado para servir em mim. Não tinha ficado tão mal.

— Harry chegou! — minha mãe gritou no primeiro andar, passei perfume e sai do quarto.

— Oi. — saudei quando cheguei na sala e Harry sorriu automaticamente.

— Hey. — ele olhou para mim encantado.

— Mãe, estamos indo!

— Tudo bem, divirtam-se! — gritou da cozinha.

Saímos da minha casa em direção ao restaurante e olhei para Harry.

— O que fez hoje depois que sai? — perguntei.

— Ajudei Gemma com umas coisas, ela precisava passar na casa do Derek. O cara foi um babaca jogando as coisas dela na rua assim que chegamos lá. — disse entrelaçando nossas mãos.

— Nossa! Por quê?

— Ele mandou ela buscar ou jogaria... Quando viu que ela não foi sozinha, ficou todo revoltadinho.

— Acho que ele tinha esperança de persuadi-la hoje.

— Eu tenho certeza. — concordou.

Chegamos em um restaurante ao ar livre, havia banquinhos e mesas de madeira e apenas um local fechado onde funcionava a cozinha. As mesas eram decoradas cada uma com duas velas com uma proteção para manter a chama acessa, uma taça para vinho e outra para água, pratos de porcelana junto com os talheres e um arranjo de flores simples no meio.

Nos sentamos em uma das mesas e logo uma garçonete se aproximou nos entregando o menu.

— O prato principal da noite é carne assada. — declarou.

— E então o que vai ser? — Harry perguntou para mim olhando o menu.

— Acho que deveríamos ir pelo prato principal da noite. — sugeri.

— Concordo. — disse repousando o menu na mesa e fez sinal para a garçonete retornar. — Vamos querer o especial de hoje e um bom vinho para acompanhar.

— Temos ótimos vinhos para acompanhar o assado.

— Ótimo, nos traga o melhor. — pediu e a garçonete sorriu e assentiu e logo depois se retirou.

Mantemos uma conversa casual enquanto esperávamos a comida. Harry comentou que estaria voltando para sua empresa daqui a dois dias e eu lhe disse onde havia conseguido um emprego. Eu iria começar no café da cidade em poucos dias.

— Aqui, desculpem a demora. — a garçonete disse repousando os pratos fumegantes na mesa e colocou a garrafa de vinho em cima da mesa logo em seguida.

— Obrigado. — sorri e a mesma se retirou.

Harry nos serviu com o vinho e em seguida começamos a comer, entretidos em nossa comida ficando em um silêncio agradável.

Harry

Depois da refeição, da sobremesa e de mais duas garrafas de vinho Louis dançava pelo jardim junto com os outros clientes. Era engraçado o quanto apenas algumas taças o deixou corado e alegrinho.

Me ajeitei no banco de madeira gargalhando quando Louis tropeçou para trás nos próprios pés descalços, já que o sapato havia ficado por debaixo da mesa. Sorri admirando como ele conseguia ser feliz com tão pouco, porque na verdade nada era pouco para ele. Um jantar ou apenas um piquenique, tudo tinha a sua grandeza. Louis do seu jeitinho simples valorizava e sabia aproveitar as pequenas coisas da vida.

— Você não dança? — Louis perguntou aproximando-se de mim e tomei mais um gole do meu vinho.

— Não mesmo. — neguei.

— Mas você nem está dirigindo, vamos voltar a pé, você precisa se aquecer. — ele sorriu.

— Isso não faz sentido.

— Na minha cabeça, faz. — retrucou e fez bico e eu sorri.

— Só aí mesmo, bobinho.

— Você é muito chato!

— Não sou, não. — afirmei segurando em seu braço para ele não cair. — Quero ver o que sua mãe vai pensar de mim depois de te embebedar dessa forma.

— Pensará que você é um maldoso e aproveitador de garotos inocentes. — disse e piscou para mim e gargalhei.

— Inocente, sei. — ironizei. — Aqui já está fechando, nós temos que ir.

— Sim, deveríamos ir. — Louis concordou observando a garçonete que recolhia os banquinhos das mesas vazias.

Deixei Louis calçando seus sapatos e fui pagar a conta voltando pouco tempo depois.

— Vamos?

— Vamos. — ele sorriu levantando-se.

Andamos pelas ruas vazias e tranquilas enquanto Louis girava em cada poste que via, tagarelando sem parar sobre os filmes que gostava quando era adolescente.

— E então, eu assisti Grease e minha vida mudou, sabe? Melhor filme de musical e colegial da minha vida! — ele disse saltitando na calçada enquanto eu mantinha minhas mãos no bolso.

— Eu nunca assisti. — comentei e ele soltou uma risadinha.

— Você não conhece filmes bons. — ele disse descontraído e sorri agarrando em sua cintura.

— Quem disse? — perguntei nos parando.

— Eu! — sorriu encarando-me e observei seu rosto corado, lábios rubros e olhos azuis brilhantes, intensos e expressivos.

— Você fala demais, Sr. Tomlinson.

— E você também, Sr. Styles — sorriu desdenhoso apoiando as mãos em meu peito. — Você é um porre!

— Você me ama. — afirmei e ele gargalhou.

— Pior que é, Styles. Eu amo mesmo.