5- Meus bebês!

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Kyara.

O dia de hoje foi normal.

Para de mentir Kyara, isso é feio.

Eu não estou nem um pouquinho encantada pelo fato que eu e o Vicente vamos fazer Romeu e Julieta no teatro da escola.

Sei...

Mais é serio, eu não estou encantada, eu estou ESTERICA, MALUCA, COM PROFUNDA CRISE DE ASMA E QUASE TENTO UM INFARTO.

Tá legal todo mundo já entendeu...

Não, não entendeu por que eu não entendi. Caraca mano! Eu Kyara Magnani, vou fazer papel romântico com o Vicente Wayle.

EU NÃO TÓ BEM, PRECISO DE TRUFA.

A aula de teatro é uma das minhas preferidas, eu estou aprendendo muito como usar o meu EU atriz, para momentos delicados.

Como assim, explica que ninguém tem bola de cristal...

Nesse exato momento, por exemplo, eu estou no carro do meu pai, no banco da frente escutando Chis Medina no meu celular.

E dai?

E dai que eu consigo ter uma briga com o meu subconsciente, sem que ele perceba e quando eu faço um careta pelos meus pensamentos, disfarço e digo que é por causa da letra da música.

Que só para começo de conversa eu não intendo nada, por que é em inglês.

E você é burra e não sabe falar inglês?

Exatamente... Epa! Perai não ofendi ninguém... Olha o respeito!

-O que você tem Filhota? –meu pai  perguntou desviando os olhos da estrada por um momento.

-Ah... Só estou pensando em que cachorro vou escolher, naquele Pet Shop.

Ele sorri.

-Sua mãe me pediu que não deixe você sair de lá com mais de 5 cachorros.

Arregalei os olhos.

-Então eu posso escolher quatro? –perguntei sínica.

-De jeito nenhum, quem vai cuidar de quatro cachorros?

-Eu. –respondi tirando os fones do ouvido.

-Kyara, você não cuida nem de você quanto mais de quatro cachorros. –ele disse brincalhão.

-NOSSA.- exclamei fingindo raiva. –Obrigada pela confiança, é bom saber que o senhor confia na minha capacidade.

Gargalhamos, enquanto ele estacionou o carro. Eu desçi e ele me acompanhou até a entrada.

-Pelos céus, pai olha aquele cachorro ele tá olhando para mim... Perai aquele ali também tá me olhando... Ele tá latindo... Eu quero ele. –falei totalmente dramática, fazendo com que meu pai e a recepcionista caiam na risada.

-Kyara, aquilo é um boneco de cachorro. –meu pai disse, e toda graça do meu rosto vai embora.

-Custava ter me dito, eu tó nervosa. – me expliquei o mais seria possível.

-Boa tarde! Posso ajudar. –disse a recepcionista.

-Ah... Boa tarde. –meu pai falou. –Vinhemos adquirir em cachorro.

-Claro, vocês tem alguma preferencia? –perguntou a mulher, saindo de trás do balcão e vindo em direção a nós.

-Nã...

- Chow-chow ou pastor alemão, filhote. –disse interrompendo meu pai.

A mulher assentiu e nós acompanhou até um sala beeeem gigante.

Aos olhos de DeusOnde histórias criam vida. Descubra agora