Aos olhos de Deus

14- Demitida.

Kyara

O Gustavo me acompanhou até em casa. O caminho todo ele foi em silencio.

Eu tava me sentindo péssima. Algumas lagrimas descerram pelas minhas bochechas, eu sequei elas rapidamente. Não gosto que as pessoas me vejam chorando.

Eu sei que to parecendo um peixe boi de tão inchada, e o pior disso e que eu to sendo egoísta com a menina. Se eu tivesse perdido algum dos bebês, eu iria querer achar eles novamente.

Eu sou a confusão em pessoa...

Assim que cheguei em casa, nem percebi que o Gustavo estava levando os bebês, e que eu estava deixando eles para trás.

-Ei!-ele me chamou. -Vai me dá de presente?

-Nunquinha. -respondi e voltei para pegar as bolinhas de pêlo. - Quer entrar? Aposto que você nunca comeu um bolo tão bom, como o bolo da Juh.

-Eu não sou uma pessoa que gosta de apostar. -ele respondeu.

-Que bom, por que eu realmente não ia apostar nada. -falei fazendo uma careta. -Vem.

Andei na frente ate entrarmos em casa, depois disso ele ficou parado como uma estátua, enquanto eu tirava as sapatilhas e jogava elas de lado. Soltei os bebês e eles começaram a correr pela sala.

-Vai ficar parado olhando pro nada ai, ou vai vim comigo?-perguntei.

Ele apenas balançou a cabeça e me seguiu.

Já disse que ele é meio "mongo"?...

Assim que cheguei na cozinha a Juh sorriu para mim, e depois que viu o Gustavo, seu sorriso se tornou uma careta

-Num é nada do que você ta pensando. -falei colocando as mãos na frente do corpo. -Ele é meu colega de classe que eu encontrei no rua e trouxe ele pra comer aquele bolo que você fez.

Ele sorriu.

-Eu não disse nada. -se defendeu.

-É, eu sei!-deboxei, sentando no banquinho. -Senta. -apontei o banquinho ao meu lado, o Gustavo sentou e eu coloquei um pedaço de bolo para ele.

-Ah, Gustavo, essa é a Juh, e Juh, esse é o Gustavo. -falei apresentando os dois. Eles se cumprimentaram com um aperto de mão. -Agora come!

O Gustavo comeu dois pedacos de bolo, e fez amizade com a Juh rapidinho. Dei tanta risada com eles dois, que meu rim quase para de funcionar.

Logo eu não sou escândalosa...

-Realmente Kyara, nunca comi nada igual a esse bolo. -O Gustavo disse.

Comemorei levantando os braços para o alto, e adivinha só o que aconteceu?
Eu bati a mão no nariz do Gustavo.

-Ai! Desculpa. -falei gargalhando. -PERDÃO. -gritei enquanto ele passava a mão no nariz. -Desculpa, Snoop, foi sem querer.

-Tá, eu já entendi, ta desculpada. -ele falou sem conseguir se controlar no sorriso.

A essa altura até a Juh, estava chorando de rir.
Assim que paramos com o show de risadas, eu acompanhei o Gustavo até o portão do condomínio.

-Ei! Valeu por ter me trazido pra casa. -falei tocando seu ombro. -você conseguiu alegriar meu dia.

Ele sorriu e olhou para o céu.

-Agradeça a DEUS, eu só fui um instrumento dele para te alegrar. -falou.

Bufei.

-Não foi DEUS que desceu para me alegrar . -deboxei. -Foi você!