Nunca mais faça isso

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Volteiiiii seus lindos.

Dante P.o.v

Saio do seu quarto e vou em direção ao meu, procurar algo que caiba nela.

Desde o primeiro momento em que coloquei meus olhos nela, sabia que ela não sairia mais dos meus pensamentos.

E assim aconteceu, enquanto batia na cara daquele filho da puta, ela veio e me tocou e isso fez com que uma calma me invadisse. Mas apesar de tudo isso,não me impediria de matar aquele verme, como ele se atrevia a machucar uma mulher, principalmente ela, que é tão pequena e frágil.

Naquele momento, tive que recuperar minha sanidade, pois não queria que ela me visse matando um homem, ela já tinha passado por traumas demais.

Pedi pra que ela não saísse dali, mas quando olhei para trás ela já tinha ido embora, e isso foi o stopin para raiva tomar conta de todo o meu ser. Então peguei o cara pela gola da blusa como se não pesasse nada, e mesmo ele inconsciente, queria fazer com que quando acordasse se lembrasse para nunca mais se atrever a encostar num fio de cabelo de uma mulher.

Mas meus amigos me impediram, eles o tiraram das minhas mãos e o colocaram dentro de um beco.

Eles me impediram de ir atrás dela, porque achavam que ela já estava traumatizada o suficiente.

Então voltei para casa, peguei meu carro, e rodei as ruas em busca dela e então quando estava quase desistindo, um homem me informou que havia uma jovem dormindo em um beco, não muito longe dali.

Então quando finalmente a encontrei, senti meu coração ser esmagado, ela não devia nem ter 18 anos ainda, o que a faria estar nessas condições.

Será que seria alguma usuária de drogas ?, provavelmente não, porque suas mãos são tão macias diferentemente dos que os usuários teriam.

Saio dos meus pensamentos,quando entro em seu quarto e não escuto nenhum barulho, será que ela teria fujido ?. Não a porta está fechada. E não estou ouvindo o barulho da água.

- Você está bem ? Pergunto batendo na porta.

Como não tenho resposta. Pergunto outra vez.

- Esta precisando de alguma coisa ? Pergunto preocupado.

Meu sentidos já ficam em alerta, devido ao silêncio. Então com mestria quebro a fechadura da porta do banheiro.

Mas a imagem que vejo na minha frente. Faz meu mundo parar. Ela está nua com a cabeça submersa na água.

Como nunca antes, desespero toma conta do meu corpo. Corro até ela tiro seu pequeno corpo da água e sigo em direção a cama. Coloco o ouvido na sua boca e não sinto sua respiração, então começo um boca a boca frenético.

Como nada acontece passo para a massagem cardiaca.
Depois de segundos torturantes. Ela começa a tossir então viro sua cabeça em direção ao chão para que não se engasgar com a àgua.

O alívio toma conta de mim, mas ao mesmo tempo uma raiva incontrolável me faz lembrar de que apesar de viva, ela tinha tentando se matar.

- Por que fez isso ?. - Pergunto revoltado .

- Se você soubesse.... Pelas coisas que já passei.... Com certeza acharia que estava fazendo o certo. - diz enquanto tenta inutilmente de sentar.

- Então você acha que é certo tentar se matar... Independente do que tenha passado você acha que depois de tudo, é mais fácil simplesmente desistir. - digo tentando falar coisas com coerência, e ocultando os milhares de palavrões que me vem a mente no momento.

- Você não sabe de nada. Ninguém sabe. Não finja que se importa, você não sabe o que é passar dias sem comida no estômago, ter que dormir sempre com medo de que algo ou alguém venha lhe machucar... Não sabe o que é sentir que não é amado por ninguém. - ela grita em cima da cama, seus olhos transbordam dor, raiva e sofrimento.

Como uma pessoa seria capaz de machucar, um ser tão pequeno quanto esse. Então ela chora, olhando para mim, como se a qualquer momento eu fosse fazer algo. Eu acho que ela espera que eu grite ou a espulse de casa.

Entretanto apenas a observo com rosto sem emoção, não poderia ir abraça-la e dizer que ficaria tudo bem, porque querendo ou não, nada ficaria bem. Nem eu,nem ninguém poderíamos apagar seus momentos de sofrimentos. E apesar desse fato apertar meu peito, ele não poderia ser mudado.

Saio dos meus pensamentos, quando ouço o barulho da cama de mexendo. Ela a olho e percebo que finalmente ela tinha visto que estava sem roupas.

Eu por respeito tentei não olhar, mas sou homem e não tive muita escolha, já que tive que tira lá de dentro da banheira.

Ela se cobre com o edredon e me olha com um misto de vergonha e medo.

- Cadê as minhas roupas ?

- Estão aonde você as deixou. - respondo friamente.

Então saio do quarto e vou a passos rápidos ao meu quarto. Pego uma cueca que fica apertada em mim e uma camisa.

A partir de agora, não tirarei os olhos dela, pois não quero que o que aconteceu hoje venha a se repetir. Eu não suportaria vê-la quase sem vida novamente. Apenas o pensamento já faz com que um frio passe por meu corpo.

Entro no quarto e a encontro do mesmo jeito que a deixei. Sentada na cama com o edredom na altura do pescoço.

Seus olhos que até então estavam perdidos no quadro na parede em frente a cama, que retratam um túnel e uma luz no fim dele, se direcionam a mim.

Ela abaixa a cabeça envergonhada por ser pega olhando o quadro.

- Vista isso. E venha para a cozinha. -meu tom é frio e severo, exatamente igual a como me dirigia aos meus funcionários da delegacia. Vejo que ela estremesse, mas ignoro e saio do quarto.

Quando chego na cozinha, fico olhando para os mantimentos na geladeira, procurando algo que possa agrada-la.

Opto por ovos com bacon, simples, rápido e com muitas calorias. E enquanto preparo os bacon, me lembro das vezes em que a peguei no colo e ela não parecia pesar mais do que um passarinho. Isso realmente é preocupante, talvez amanhã eu a convença de ir para um hospital.

Então quando tudo está terminado, ouço passos lentos pelo corredor. Ela aparece e anda até mim com um certo receio. Será que ela acha que eu seria capaz de machuca-lá ?.

Ela se senta na cadeira e olha para os pratos. Mas apesar de suas feições denunciarem sua fome, ela apenas se contenta em sentar e olhar.

Estico o prato na sua direção e com um aceno de cabeça, a vejo comer como se fosse a última comida no mundo.

Esse pensamento não me sai da cabeça. Porra como alguém poderia sequer pensar em machuca-lá.

Quando o prato está vazio, ela me encara e apenas me olhando fixamente.

- Eu quero ir embora. - diz quebrando o silêncio.

Continua...

Gente estou de volta. Deixem seus comentários prometo responder.

BJOSS ANJINHOS ATE A PRÓXIMA.

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