Entre o Amor&Preconceito.

Capítulo 03

Allie

Vou até a delegacia, compro um café reforçado por que irei precisar.

Falo com um homem que está louco da vida. Deve ser seu filho que deve estar na cadeia.

Isso sempre acontece, acham que agente faz milagre. Demora essas coisas, e hoje não estou no dia muito bom.

Respiro fundo e respondo as perguntas loucas e histéricas do homem.

- A senhora tem que fazer alguma coisa! Diz o homem me parando bruscamente no meio do caminho.

Dai-me paciência Deus..

- Farei o possível para ajudar senhor. Digo formal.

E lá se foi a Allie e entrou a advogada. É a vida né.

- Eu sou o patrão e a senhora vai tirar meu funcionário daquela prisão agora! Diz furioso.

Só que me faltava, fui contratada mais não sou obrigada a engolir um desaforo desse. Esse cara não manda em mim. Faço por que gosto e não por dinheiro. Palhaço.

- O senhor me respeite, estou aqui para ajudar, já disse que farei o que puder. Se o senhor tem certeza que ele é inocente não me chamaria. Então tenha paciência. Digo fria e educadamente.

Ligo para meu chefe porque esse cara já ferrou meu dia. Só ele pra me ajudar a recuperar meu ânimo.

Ligo uma, duas, três e nada. Só na caixa postal. Droga!!

Sigo para a sala do delegado e converso sobre o moço que esta na cadeia chamado Eduardo. E ele me leva até a sala de encontros desse tipo. Falo que sou a advogada e ele assente.

- Espere aqui, que irei buscar o seu cliente. Só é permitido 10 minutos e nada mais. Avisa e sai.
Separo as papeladas, leio mais uma vez o seu caso. Estou bastante atenta que nem percebi que o delegado já estava de volta. E ao seu lado um homem.

- Senhorita vim para sua segurança, uma moça tão bonita não pode ficar tanto tempo perto de um bandido como esse. Diz se sentindo seguro.

Reviro os olhos, esses homens acham que sou marionete só pode. Mal sabem que sei me defender e muito bem.

- Não se preucupe comigo. Estou bem. Agora com licença. Digo e aponto para a porta. Ele me olha confuso e quando dou outra olhada para sua cara que parece não acreditar no que disse.

- Sim Senhora! Diz e sai da sala me deixando a sós com o homem que ainda não fiz questão de olhar. Pois esta com uma roupa de presidiário e meu dever é defende-lo e não ficar reparando.

- Então, Senhor Eduardo, comece me dizendo o que aconteceu para ser preso e ah quanto tempo esta aqui! Digo firme e resolvo olhar para o homem a minha frente.

Levanto meu rosto e olho agora vejo um homem negro, e lindo por sinal, forte, muito forte, um sorriso sem graça e um olhar brilhante.

Meu ar some, sou forçada a respirar mais fundo e sentar na cadeira senão vou cair com tanta beleza.

Nunca fui muito fã de negros mais esse esta ferrando meu juízo. Foca allie, foca!

Você esta aqui como advogada, foque que é o melhor que você faz. Meu subconsciente me alerta.

- Por favor senhor não. Diz e sua voz é grossa me causando arrepios. Corpo traidor, sossegue.

- Claro. Digo. - Continue..e olho no fundo dos seus olhos e ele prossegue.