Capítulo 43

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-Que legal, Logan! Parabéns!

Eu o abraço fortemente e ficamos alguns segundos assim. Estou muito feliz por ele, já que Logan se esforçou muito nos estudos. Nos afastamos e sorrimos um para o outro.

-Muito obrigado, Kate! Eu estou explodindo de felicidade!

-Que bom, você merece isso e muito mais, meu amigo. Quando você vai se mudar?

-Semana que vem.

-Sério? -minha voz soa um pouco triste.

-Sim, as aulas na Itália vão começar mês que vem, mas eu preciso de um tempo para me adaptar ao país.

-Ah... bom... Você vai morar sozinho?

-Vou morar em uma república com alguns estudantes de outros países, vou concluir minha faculdade de arquitetura lá e, quem sabe, eu volte para cá daqui àlguns anos.

-Mas eu não vou estar aqui.

-Oh é verdade... mas eu posso te visitar em Nova Orleans, eu aproveito e curto alguns festivais de jazz que acontecem lá. -sorrio fracamente e Logan fica preocupado. -O que foi, Kate? Não está feliz por mim?

-Não, não, claro que não. Só que... eu pensei que você ficaria mais tempo.

-É, eu também pensei isso. Tudo aconteceu tão depressa, sabe? Só que é uma grande oportunidade na minha vida.

-Uma oportunidade que você não deve deixar escapar.

-Claro. Você e a Renna vão ficar bem?

-Sim, não se preocupe. -sorrio um pouco mais abertamente. -Vou sentir a sua falta, Logan.

-Eu também vou sentir sua falta, Kate. Me avise quando esse bebêzinho nascer. -ele põe a mão na minha barriga e sorri.

-Pode deixar.

-Ah... e faça a escolha certa, a escolha que vai te fazer feliz.

Suspiro profundamente e aceno com a cabeça. Logan é um grande amigo que quer o meu bem. A amizade é isso, você se importa com a pessoa, dá um ombro amigo para chorar e uma bronca quando for necessário. Pego a mão dele e sinto as lágrimas voltarem.

-Eu vou seguir o seu conselho, Logan... por você e por mim.

***

À noite

Estou sentada confortavelmente no sofá da sala de estar lendo um livro em latim e segurando uma taça de sangue. Beberico a taça várias vezes e sussurro algumas palavras em latim.

Sinto uma presença do meu lado, viro minha cabeça e encontro meu pai em pé com uma feição um tanto quanto solidária.

-Desculpe ter atrapalhado sua leitura.

-Está tudo bem, papai. -sorrio e faço um sinal para que ele se acomode do meu lado. -Sente-se, por favor.

-Faz tempo que não temos um momento assim, não é? Um momento pai e filha.

Meu pai diz com um tom um pouco triste. Será que... ele está com saudades desses momentos?

-É verdade, papai. Com a chegada do Kurt e do meu bebê, nunca mais tivemos uma conversa à sós.

-Como está se sentindo? -ele pega delicadamente a minha mão.

-Bem, melhor impossível.

Histórias de Katherine JacksOnde histórias criam vida. Descubra agora