capítulo XIII - fuga

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A VIDA na fazenda se tornara difícil. Sinha Vitória benziase
tremendo, manejava o rosário, mexia os beiços rezando
rezas desesperadas. Encolhido no banco do copiar, Fabiano
espiava a catinga amarela, onde as folhas secas se
pulverizavam, trituradas pelos redemoinhos, e os garranchos
se torciam, negros, torrados. No céu azul as últimas
arribações tinham desaparecido. Pouco a pouco os bichos se
finavam, devorados pelo carrapato. E Fabiano resistia,
pedindo a Deus um milagre.
Mas quando a fazenda se despovoou, viu que tudo estava
perdido, combinou a viagem com a mulher, matou o bezerro
morrinhento que possuíam, salgou a carne, largou-se com a
família, sem se despedir do amo. Não poderia nunca liquidar
aquela dívida exagerada. Só lhe restava jogar-se ao mundo,
como negro fugido.
Saíram de madrugada. Sinha Vitória meteu o braço pelo
buraco da parede e fechou a porta da frente com a taramela.
Atravessaram o pátio, deixaram na escuridão o chiqueiro e o
curral, vazios, de porteiras abertas, o carro de bois que
apodrecia, os juazeiros. Ao passar junto às pedras onde os
meninos atiravam cobras mortas, Sinha Vitória lembrou-se da
cachorra Baleia, chorou, mas estava invisível e ninguém
percebeu o choro.
Desceram a ladeira, atravessaram o rio seco, tomaram rumo
para o sul. Com a fresca da madrugada, andaram bastante, em
silêncio, quatro sombras no caminho estreito coberto de
seixos miúdos - os meninos à frente, conduzindo trouxas de
roupa, Sinha Vitória sob o baú de folha pintada e a cabaça de
água, Fabiano atrás, de facão de rasto e faca de ponta, a
cuia pendurada por uma correia amarrada ao cinturão, o aió a
tiracolo, a espingarda de pederneira num ombro, o saco da
matalotagem no outro. Caminharam bem três léguas antes que a
barra do nascente aparecesse Fizeram alto. E Fabiano depôs no
chão parte da carga, olhou o céu, as mãos em pala na
testa. Arrastara-se até ali na incerteza de que aquilo fosse
realmente mudança. Retardara-se e repreendera os meninos, que
se adiantavam, aconselhara-os -a poupar forças. A verdade é
que não queria afastar-se da fazenda. A viagem parecia-lhe
sem jeito, nem acreditava nela. Preparara-a lentamente,
adiara-a, tornara a prepará-la, e só se resolvera a partir
quando estava definitivamente perdido. Podia continuar a
viver num cemitério? Nada o prendia àquela terra dura,
acharia um lugar menos seco para enterrar-se. Era o que
Fabiano dizia, pensando em coisas alheias:" o chiqueiro e o
curral, que precisavam conserto, o cavalo de fábrica, bom
companheiro, a égua alazã, as catingueiras, as panelas de
losna, as pedras da cozinha, a cama de varas. E os pés dele
esmoreciam, as alpercatas calavam-se na escuridão. Seria
necessário largar tudo? As alpercatas chiavam de novo no
caminho coberto de seixos.
Agora Fabiano examinava o céu, a barra que tingia o
nascente, e não queria convencer-se da realidade. Procurou
distinguir qualquer coisa diferente da vermelhidão que todos
os dias espiava, com o coração aos baques. As mãos grossas,
por baixo da aba curva do chapéu, protegiam-lhe os olhos
contra a claridade e tremiam.
Os braços penderam, desanimados.
- Acabou-se.
Antes de olhar o céu, já sabia que ele estava negro num
lado, cor de sangue no outro, e ia tornar-se profundamente
azul. Estremeceu como se descobrisse uma coisa muito ruim.
Desde o aparecimento das arribações vivia desassossegado.
Trabalhava demais para não perder o sono. Mas no meio do
serviço um arrepio corria-lhe no espinhaço, à noite acordava
agoniado e encolhia-se num canto da cama de varas, mordido
pelas pulgas, conjecturando misérias.
A luz aumentou e espalhou-se na campina. Só aí principiou a
viagem. Fabiano atentou na mulher e nos filhos,- apanhou a
espingarda e o saco dos mantimentos, ordenou a marcha com uma
interjeição áspera.
Afastaram-se rápidos; como se alguém os tangesse, e as
alpercatas de Fabiano iam quase tocando os calcanhares dos
meninos. A lembrança da cachorra Baleia picava-o,
intolerável. Não podia livrar-se dela. Os mandacarus e os
alastrados vestiam a campina,, espinho, só espinho. E
Baleia aperreava-o. Precisava fugir daquela
vegetação inimiga.
Os meninos corriam. Sinha Vitória procurou com a vista o
rosário de contas brancas e azuis arrumado entre os peitos,
mas, com o movimento que fez, o baú de folha pintada ia
caindo. Aprumou-se e endireitou o baú, remexeu os beiços numa
oração. Deus Nosso Senhor protegeria os inocentes. Sinha
Vitória fraquejou, uma ternura imensa encheu-lhe o coração.
Reanimou-se, tentou libertar-se dos pensamentos tristes
e conversar com o marido por monossílabos. Apesar de ter boa
ponta de língua, sentia um aperto na garganta e não poderia
explicar-se. Mas achava-se desamparada e miúda na solidão,
necessitava um apoio, alguém que lhe desse coragem.
Indispensável ouvir qualquer som. A manhã, sem pássaros, sem
folhas e sem vento, progredia num silêncio de morte. A faixa
vermelha desaparecera, diluíra-se no azul que enchia o céu.
Sinha Vitória precisava falar. Se ficasse calada, seria como
um pé de mandacaru, secando, morrendo. Queria enganar-se,
gritar, dizer que era forte, e a quentura medonha, as árvores
transformadas em garranchos, a imobilidade e o silêncio não
valiam nada. Chegou-se a Fabiano, amparou-o e amparou-se,
esqueceu os objetos próximos, os espinhos, as arribações, os
urubus que farejavam carniça. Falou no passado, confundiu-o
com o futuro. Não poderia voltar a ser o que já tinham sido?
Fabiano hesitou, resmungou, como fazia sempre que lhe
dirigiam palavras incompreensíveis. Mas achou bom que Sinha
Vitória tivesse puxado conversa. Ia num desespero, o saco da
comida e o aió começavam a pesar excessivamente.
Sinha Vitória fez a pergunta, Fabiano matutou e andou bem
meia légua sem sentir. A princípio quis responder que
evidentemente eles eram o que tinham sido; depois achou que
estavam mudados, mais velhos e mais fracos. Eram outros, para
bem dizer. Sinha Vitória insistiu. Não seria bom tornarem a
viver como tinham vivido, muito longe? Fabiano agitava a
cabeça, vacilando. Talvez fosse, talvez não fosse.
Cochicharam uma conversa longa e entrecortada, cheia de malentendidos
e repetições. Viver como tinham vivido, numa
caSinha protegida pela bolandeira de seu Tomás. Discutiram e
acabaram reconhecendo que aquilo não valeria a pena, porque
estariam sempre assustados, pensando na seca. Aproximavam-se
agora dos lugares habitados, haveriam de achar morada. Não
andariam sempre à toa, como ciganos. O vaqueiro ensombrava-se
com a idéia de que se dirigia a terras onde talvez não
houvesse gado para tratar. Sinha Vitória tentou sossegá-lo
dizendo que ele poderia entregar-se a outras ocupações, e
Fabiano estremeceu, voltou-se, estirou os olhas em direção à
fazenda abandonada. Recordou-se dos animais feridos e logo
afastou a lembrança. Que fazia ali virado para trás? Os
animais estavam mortos. Encarquilhou as pálpebras contendo as
lágrimas, uma grande saudade espremeu-lhe o coração, mas um
instante depois vieram-lhe ao espírito figuras insuportáveis:
o patrão, o soldado amarelo, a cachorra Baleia inteiriçada
junto às pedras do fim do pátio.
Os meninos sumiam-se numa curva do caminho.- Fabiano
adiantou-se para alcançá-los. Era preciso aproveitar a
disposição deles, deixar que andassem à vontade. Sinha
Vitória acompanhou o marido, chegou-se aos filhos. Dobrando o
cotovelo da estrada, Fabiano sentia distanciar-se um pouco
dos lugares onde tinha vivido alguns anos; o patrão, o
soldado amarelo e a cachorra Baleia esmoreceram no seu
espírito.
E a conversa recomeçou. Agora Fabiano estava meio otimista.
Endireitou o saco da comida, examinou o rosto carnudo e as
pernas grossas da mulher. Bem. Desejou fumar. Como segurava
a boca do saco e a coronha da espingarda, não pôde realizar
o desejo. Temeu arriar, não prosseguir na caminhada.
Continuou a tagarelar, agitando a cabeça para afugentar uma
nuvem que, vista de perto, escondia" o patrão, o soldado
amarelo e a cachorra Baleia. Os pés calosos, duros como
cascos, metidos em alpercatas novas, caminhariam meses. Ou
não caminhariam? Sinha Vitória achou que sim. Fabiano
agradeceu a opinião dela e gabou-lhe as pernas grossas, as
nádegas volumosas, os peitos cheios. As bochechas de Sinha
Vitória avermelharam-se e Fabiano repetiu com entusiasmo o
elogio. Era. Estava boa, estava taluda, poderia andar muito.
Sinha Vitória riu e baixou os olhos. Não era tanto como ele
dizia não. Dentro de pouco tempo estaria magra, de seios
bambos. Mas recuperaria carnes. E talvez esse lugar
para onde iam fosse melhor que os outros onde tinham estado.
Fabiano estirou o beiço, duvidando. Sinha Vitória combateu a
dúvida. Porque não haveriam de ser gente, possuir uma cama
igual à de seu Tomás da bolandeira? Fabiano franziu a testa:
lá vinham os despropósitos. Sinha Vitória insistiu e dominouo.
Porque haveriam de ser sempre desgraçados, fugindo no mato
como bichos? Com certeza existiam no mundo coisas
extraordinárias. Podiam viver escondidos, como bichos?
Fabiano respondeu que não podiam.
- O mundo é grande.
Realmente para eles era bem pequeno, mas afirmavam que era
grande - e marchavam, meio confiados, meio inquietos. Olharam
os meninos, que olhavam os montes distantes, onde havia seres
misteriosos. Em que estariam pensando? zumbiu Sinha Vitória.
Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. Menino é
bicho miúdo, não pensa. Mas Sinha Vitória renovou a pergunta
- e a certeza do marido abalou-se. Ela devia ter razão. Tinha
sempre razão. Agora desejava saber que iriam fazer os filhos
quando crescessem.
- Vaquejar, opinou Fabiano.
Sinha Vitória, com uma careta enjoada, balançou a cabeça
negativamente, arriscando-se a derrubar o baú de folha. Nossa
Senhora os livrasse de semelhante desgraça. Vaquejar, que
idéia! Chegariam a uma terra distante, esqueceriam a catinga
onde havia montes baixos, cascalhos, rios secos, espinho,
urubus, bichos morrendo, gente morrendo. Não voltariam nunca
mais, resistiriam à saudade que ataca os sertanejos na mata.
Então eles eram bois para morrer tristes por falta
de espinhos? Fixar-se-iam muito longe, adotariam costumes
diferentes.
Fabiano ouviu os sonhos da mulher, deslumbrado, relaxou os
músculos, e o saco da comida escorregou-lhe no ombro.
Aprumou-se, deu um puxão à carga. A conversa de Sinha Vitória
servira muito: haviam caminhado léguas quase sem sentir. De
repente veio a fraqueza. Devia ser fome. Fabiano ergueu a
cabeça, piscou os olhos por baixo da aba negra e queimada do
chapéu de couro.
Meio-dia, pouco mais ou menos. Baixou os olhos encandeados,
procurou descobrir na planície. uma sombra ou sinal de água.
Estava realmente com um buraco no estômago. Endireitou o saco
de novo e, para conservá-lo em equilíbrio, andou pendido, um
ombro alto, outro baixo. O otimismo de Sinha Vitória já não
lhe fazia mossa. Ela ainda se agarrava a fantasias. Coitada.
Armar semelhantes planos, assim bamba, o peso do baú e da
cabaça enterrando-lhe o pescoço no corpo.
Foram descansar sob os garranchos de uma quixabeira,
mastigaram punhados de farinha e pedaços de carne, beberam na
cuia uns goles de água. Na testa de Fabiano o suor secava,
misturando-se a poeira que enchia as rugas fundas, embebendose
na correia do chapéu. A tontura desaparecera, o estômago
sossegara. Quando partissem, a cabaça não envergaria o
espinhaço de Sinha Vitória. Instintivamente procurou no
descampado indício de fonte. Um friozinho agudo arrepiou-o.
Mostrou os dentes sujos num riso infantil. Como podia ter
frio com semelhante calor? Ficou um instante assim besta,
olhando os filhos, a mulher e a bagagem pesada. O menino
mais velho esbrugava um osso com apetite. Fabiano lembrou-se
da cachorra Baleia, outro arrepio correu-lhe a espinha, o
riso besta esmoreceu.
Se achassem água ali por perto, beberiam muito, sairiam
cheios, arrastando os pés. Fabiano comunicou isto a Sinha
Vitória e indicou uma depressão do terreno. Era um bebedouro,
não era? Sinha Vitória estirou o beiço, indecisa, e Fabiano
afirmou o que havia perguntado. Então ele não conhecia
aquelas paragens? Estava a falar variedades? Se a mulher
tivesse concordado, Fabiano arrefeceria, pois lhe faltava
convicção; como Sinha Vitória tinha dúvidas, Fabiano
exaltava-se, procurava incutir-lhe coragem. Inventava o
bebedouro, descrevia-o, mentia sem saber que estava mentindo.
E Sinha Vitória excitava-se, transmitia-lhe esperanças.
Andavam por lugares conhecidos. Qual era o emprego de
Fabiano? Tratar de bichos, explorar os arredores, no lombo de
um cavalo. E ele explorava tudo. Para lá dos montes afastados
havia outro mundo, um mundo temeroso; mas para cá, na
planície, tinha de cor plantas e animais, buracos e pedras.
Os meninos deitaram-se e pegaram no sono. Sinha Vitória
pediu o binga ao companheiro e acendeu o cachimbo. Fabiano
preparou um cigarro. Por enquanto estavam sossegados. O
bebedouro indeciso tornara-se realidade. Voltaram a cochichar
projetos, as fumaças do cigarro e do cachimbo misturaram-se.
Fabiano insistiu nos seus conhecimentos topográficos, falou
no cavalo de fábrica. Ia morrer na certa, um animal tão bom.
Se tivesse vindo com eles, transportaria a bagagem. Algum
tempo comeria folhas secas, mas além dos montes encontraria
alimento verde. Infelizmente pertencia ao fazendeiro - e
definhava, sem ter quem lhe desse a ração. Ia morrer o amigo,
lazarento e com esparavões, num canto de cerca, vendo os
urubus chegarem banzeiros, saltando, os bicos ameaçando-lhe
os olhos. A lembrança das aves medonhas, que ameaçavam com os
bicos pontudos os olhos de criaturas vivas, horrorizou
Fabiano. Se elas tivessem paciência, comeriam tranqüilamente
a carniça. Não tinham paciência aquelas pestes vorazes que
voavam lá em cima, fazendo curvas.
- Pestes.
Voavam sempre, não se podia saber donde vinha tanto urubu.
- Pestes.
Olhou as sombras movediças que enchiam a campina. Talvez
estivessem fazendo círculos em redor do pobre cavalo
esmorecido num canto de cerca. Os olhos de Fabiano se
umedeceram. Coitado do cavalo. Estava magro, pelado,
faminto. e arredondava uns olhos que pareciam de gente -
Pestes.
O que indignava Fabiano era o costume que os miseráveis
tinham de atirar bicadas aos olhos de criaturas que já não se
podiam defender. Ergueu-se, assustado, como se os bichos
tivessem descido do céu azul e andassem ali perto, num vôo
baixo, fazendo curvas cada vez menores em torno do seu corpo,
de Sinha Vitória e dos meninos.
Sinha Vitória percebeu-lhe a inquietação na cara torturada
e levantou-se também, acordou os. filhos, arrumou os picuás.
Fabiano retomou o carrego. Sinha Vitória desatou-lhe a
correia presa ao cinturão, tirou a cuia e emborcou-a na
cabeça do menino mais velho, sobre uma rodilha de molambos.
Em cima pôs uma trouxa. Fabiano aprovou o arranjo, sorriu,
esqueceu os urubus e o cavalo. Sim senhor. Que mulher!
Assim ele ficaria com a carga aliviada e o pequeno teria um
guarda-sol. O peso da cuia era uma insignificância, mas
Fabiano achou-se leve, pisou rijo e encaminhou-se ao
bebedouro. Chegariam lá antes da noite, beberiam,
descansariam, continuariam a viagem com o luar. Tudo isso era
duvidoso, mas adquiria consistência. E a conversa recomeçou,
enquanto o sol descambava.
- Tenho comido toicinho com mais cabelo, declarou Fabiano
desafiando o céu, os espinhos e os urubus.
- Não é? murmurou Sinha Vitória sem perguntar, apenas
confirmando o que ele dizia.
Pouco a pouco uma vida nova, ainda confusa, se foi esboçando.
Acomodar-se-iam num sítio pequeno, o que parecia difícil a
Fabiano, criado solto no mato. Cultivariam um pedaço de
terra. Mudarse-iam depois para uma cidade, e os meninos
freqüentariam escolas, seriam diferentes deles. Sinha Vitória
esquentava-se. Fabiano ria, tinha desejo de esfregar as mãos
agarradas a boca do saco e à coronha da espingarda de
pederneira.
Não sentia a espingarda, o saco, as pedras miúdas que lhe
entravam nas alpercatas, o cheiro de carniças que empestavam
o caminho. As palavras de Sinha Vitória encantavam-no. Iriam
para diante, alcançariam uma terra desconhecida. Fabiano
estava contente e acreditava nessa terra, porque não sabia
como ela era nem onde era. Repetia docilmente as palavras de
Sinha Vitória, as palavras que Sinha Vitória murmurava porque
tinha confiança nele. E andavam para o sul, metidos naquele
sonho. Uma cidade grande, cheia de pessoas fortes. Os meninos
em escolas, aprendendo coisas difíceis e necessárias. Eles
dois velhinhos, acabando-se como uns cachorros, inúteis,
acabando-se como Baleia. Que iriam fazer? Retardaram-se,
temerosos. Chegariam a uma terra desconhecida e civilizada,
ficariam presos nela. E o sertão continuaria a mandar gente
para lá. O sertão mandaria para a cidade homens fortes,
brutos, como Fabiano, Sinha Vitória e os dois meninos.

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