Capítulo Seis

3 0 0
                                    

  
Hugo

No outro dia, quer dizer Bruna nem permitiu que ele chegasse e já estava de pé fazendo barulho e andando pra lá e pra cá. Batendo os pratos ou derrubando alguma coisa.

- Bruna adoraria que você me deixasse dormir - gritei do meu quarto. Sem esperanças que ela escutasse.

O barulho na cozinha continuou e ela agora começava a canta, nem colocando um travesseiro nas minhas orelhas parecia me ajuda.

- BRUNA!! - grito o mais alto que posso

Me levanto pisando forte no chão. Desço as escadas ainda cambaleando. Meus olhos mal conseguem se abrir, minhas pálpebras estão pesadas. Isso é hora de acorda alguém? Pelo amor dos deuses.

- Hugo. - diz ela com um ar alegre cantarolando

- Só pode estar chovendo dinheiro pra alguém acorda assim. - digo bocejando - Olha Bruna, não quero ser estraga prazeres mais talvez você deve-se criar menos expectativas.

Falo sem pensar direito. Meu raciocínio estar um pouco lento. E acabo pegando no ponto fraco dela.

Ela pega a sua xícara de café e me entrega uma. Saindo da cozinha ela abre a porta da frente e se senta em uma poltrona no frio.

Vou atrás dela segundos depois.

- Ei, aqui fora esta muito frio. Porque não entra? - disse botando a cara na porta da frente

- Estou precisando esfriar os meus neurônios. - ela tenta brincar

Por mais que ela tente se divertir com isso percebo que seu sorriso, não convêm com seu olhar que está triste. E naquele momento sei que ela estar pensando no seu ex-noivo e mesmo que eu tente fazer com que ela esqueça esse canalha, não é de uma hora pra outra que se deixar de gosta de outra pessoa. E talvez seja por isso que eu tenho medo dela se mágoa com esse tal de Otávio ou até mesmo sem perceber acabe o usando como um bote salva vidas.

- Naquela hora. Sabe, que falei aquilo...

Ela me interrompe

- Eu sei, você é meu amigo e só quer o meu bem. E blá blá blá...

-  Não é só isso, você sabe que se fosse só o seu bem eu estaria dando pulos de alegria junto com você, pois mais feliz do que você está impossível.

- Eu sei que estou parecendo uma criança que acabou de ganha um doce. Mas eu não sou tão ingênua. Quanto pode parecer, mocinho.

- Eu sei... - tentei se convincente - Agora chega de bira e entre, por favor.

- Não estou fazendo bira. Só quero ficar sozinha.

- Você não poderia ser uma pessoa normal? Tipo se tranca no quarto. Seria mais adequado do que ficar no frio.

- Só me deixe aqui.

Eu entrei, sem hesitar. Pois sabia que ela não daria o pé à torce. Eu queria o seu bem, mas ela sabia muito bem se cuida. Ela não era mais uma criança, sabia muito bem o que queria da vida. Não seria uma decepção que a iria derrubar, e nenhum novo cara que a faria se esquecer o que é ser independente.

Antes de fecha a porta eu disse:

- Você vai acaba doente.

Quem avisa amigo é...

 

Te Espero AmanhaOnde histórias criam vida. Descubra agora