Capítulo 1

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Olá meninas, tudo bem??
Então resolvi fazer uma supresinha inesperada e postar o primeiro capítulo da nossa mais nova aventura.

Espero que gostem...

E desculpem os erros.

♡♡♡♡

(Sem revisão)

— Filha acorda, caso contrário você irá se atrasar para o seu primeiro dia de aula — escuto ao longe uma voz bem conhecida gritando, mas meu sono está tão bom

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— Filha acorda, caso contrário você irá se atrasar para o seu primeiro dia de aula — escuto ao longe uma voz bem conhecida gritando, mas meu sono está tão bom.

— Só mais cinco minutinhos. — choramingo colocando o travesseiro em cima do meu rosto.

— Não tem essa de mais cinco minutinhos Ana Clara, vamos, vamos, levanta. — ela puxa minha coberta e coloca ao pé da cama.

O jeito é levantar mesmo.

— Está bem, dona Cecília. — me levanto e vou até o banheiro, tomo rapidamente um banho, faço minha higiene matinal, e volto para o quarto.

Agora começa a parte mais difícil do meu dia: escolher uma roupa, é sempre assim, uma luta diária.

Como não tenho o privilégio de escolher qualquer roupa, opto por uma calça jeans e blusa de seda na cor rosa bebê e um blazer.

Desço as escadas e sigo para a cozinha, quando chego até lá encontro minha mãe juntamente com meu pai e meu irmão mais novo, o Rafael, tomando uma xícara de café cada um.

— Bom dia família — ando até meus pais e dou um beijo na bochecha de cada um e me sento ao lado de Rafael.

— Bom dia. — dizem em uníssono.

Depois de tomar um rápido café, corro ao ponto de ônibus que fica a uma quadra da minha casa e fico esperando o coletivo chegar ouvindo a música Flashlight da Jessie J.

Ao chegar ao pátio da faculdade um frio na barriga se instala em mim, denunciando meu nervosismo. Sempre foi assim a cada ano que se iniciava e isso não mudou desde o colegial, e aqui estou eu na frente da majestosa faculdade com estudantes por todo canto que olhar, meu medo e ansiedade aumentam, medo por simplesmente ter que encarar todas essas pessoas todos os dias durante cinco anos, todas me olhando como se eu fosse algum ser sobrenatural, ou até mesmo um extraterrestre, e outros olhares que transmitiam nojo, pena, e assim vai.

Eu já me acostumei com isso, pois desde que entrei no ensino médio as coisas só pioraram, adolescentes que se acham a última bolacha do pacote me empurravam pelos corredores, me chamavam de nomes horrorosos, colocavam bilhetes com palavras maldosas em meu armário, muitas vezes quando eu passava nas proximidades dos integrantes do principal time de futebol da escola, eles gritavam apelidos ofensivos em minha direção, jogavam bolinhas de papel e riam debochadamente.

Nessas horas a raiva me corroia por dentro, mas não deles, e sim de mim mesma, por ser diferentes das outras garotas, por ser gorda, ter celulites, estrias, poucas mais tinha, eu queria morrer, já pensei várias coisas horríveis para acabar com a minha vida, como entrar na frente de um caminhão em alta velocidade ou até mesmo me jogar de uma ponte.

Meus pensamentos deprimentes são interrompidos quando alguém esbarra em mim, volto meu olhar para identificar a pessoa, e encontro uma garota mais ou menos da minha idade, com cabelos longos e negros, seus olhos eram de uma cor aproximada ao preto, com o corpo um pouco mais cheinho que o meu.

— Desculpe-me eu estava distraída, machuquei você?. — seus olhos demonstravam preocupação.

— Não se preocupe, não me machucou.

— Eu me chamo Jamille, e qual é o seu nome?

— Prazer me chamo Ana Clara.

— Qual curso você irá fazer? — ela me pergunta simpaticamente.

— Vou estudar arquitetura e você? — pergunto a ela.

— Que legal, eu também, provavelmente estudaremos juntas. — ela solta um gritinho e me puxa rumo a portaria da faculdade, entramos e fomos direto a diretoria, enquanto percorremos o caminho algumas pessoas se viram para nos olhar, odeio isso.

— Olá garotas, em que posso ajudá-las? — pergunta uma senhora que aparenta ter uns cinquenta anos ao entramos na secretaria da faculdade.

— Olá dona Maria — Jamille diz olhando para o crachá que se encontra pendurado no pescoço da secretária - poderia nos dizer onde fica nossas salas?

— Claro, só um minuto, pode dizer seus nomes por favor.

— Jamille Garcia.

— Ana Clara Portella de Freitas. — digo.

Dona Maria digita algo em seu computador e em poucos minutos ela para e nos olha sorrindo.

— Meninas vocês ficaram na sala número 24, no segundo andar.

— Obrigada dona Maria. — Jamille diz animadamente, como vocês já devem ter percebido ela é mais falante e extrovertida que eu.

— Vamos Ana, ficaremos na mesma sala isso não é o máximo?

— Ahãm.

No fundo eu estou feliz por ela estar na mesma sala que eu, ela não me olha com nojo ou indiferença, mesmo ela tendo um corpo parecido ao meu, mas o que mais me surpreendeu foi o fato de ela não se importar com os olhares maldosos direcionados em nossa direção, ela simplesmente os ignora, sua alegria contagiante, ela parece ser do tipo de pessoa que não se importa com as opiniões alheias.

Chegamos a nossa sala e como não tinha quase ninguém podemos escolher qual carteira ficar, eu optei por uma no canto direito da sala, nem muito na frente e nem muito atrás e Jamille escolheu a carteira à minha frente.
As pessoas foram chegando de pouco a pouco e sentando nas carteiras que ainda restavam, um grupo de garotas entraram e quando olhou em nossa direção fechou a cara, outras já começaram a cochichar uma com as outras e rindo em alguns momentos olhando para nós.

Eu simplesmente abaixei a cabeça.

— Não ligue para essas vacas siliconadas Ana. — Jamille fala se inclinando um pouco sobre a cadeira.

— É meio difícil ignora-las sabendo que o assunto de chacota sou eu.

— É difícil mas você consegue, acredite Ana eu já passei muito por isso e até por situações piores, mas um certo dia eu resolvi mudar minhas atitudes assim como meu modo de pensar, eu simplismente resolvi ser feliz do jeito que sou. — ela diz cada palavra olhando no fundo dos meus olhos. Parece que ela conhece meus medos e inseguranças.

— Mas não é tão fácil. — digo a olhando.

— Eu sei que não é, mas tente, tente ser feliz ao máximo, quando algumas pessoas a olharem com indiferença, nojo ou algo do tipo, sorria, somente você sabe seu valor, e uma última coisa, não deixe essas pessoas medíocres e hipócritas ditar a sua felicidade.

— Okay. — digo firmemente.

As horas passaram lentamente, tivemos aula com vários professores, mas não foi nada importante, foi um típico primeiro dia de aula, ou seja, só apresentações de alunos e professores e aquele papo de nós nos conhecermos melhor e bla bla bla.

Quando o sinal da última aula bateu, eu e a Jamille caminhamos até a saída e fomos até um certo ponto juntas.

— Bom, até amanhã Ana, foi ótimo conhece-lá. — diz ela me dando um abraço que me pegou desprevenida e meio sem jeito retribui o abraço.

— Também adorei te conhecer Jamille, até amanhã.

Quando cheguei em casa já era por volta de umas doze e meia da manhã, logo fui almoçar, ajudei minha mãe a arrumar a casa e fui tirar um cochilo.

Mais tarde quero sair em busca de um emprego.

Esse foi meu último pensamento antes de entrar em um abismo de escuridão.

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Conjugando o verbo Amar - [RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora