Capítulo 25

2.4K 259 54
                                    

DUAS SEMANAS DEPOIS

( Sem revisão)

Abro meus olhos lentamente sob a penumbra da noite fresca devido ao vento que infiltra constantemente pelas frestas da espessa cortina escura, tentando assimilar o que está acontecendo.

Na verdade, já está quase amanhecendo.

Sinto beijos carinhosos em minha bochecha e boca. Nicolas intercala entre um e outro.

– Bom dia minha linda – deposita um beijinho na ponta do meu nariz – Dormiu bem?

– Bom dia – murmuro meio vergonhada – Dormi muito bem e você?

É incrível como ainda sinto vergonha dele. Não é a primeira vez que dormimos e acordamos juntos. É automático, minhas bochechas pegam fogo só de olhar seu belo rosto e o sorriso sacana que ele está usando neste momento.

– Muito bem, muito mesmo – sussurra com aquele sorriso direcionado a mim.

Encaro-o e sei muito bem o que se passa em sua cabeça. Ele está relembrando dos momentos de ontem á noite, no qual ficamos horas e horas fazendo amor.

Fazendo amor seria o correto? Eu não sei. A única coisa que tenho absoluta certeza é do amor que eu sinto por esse homem. É algo do qual nunca imaginei que aconteceria, logo comigo que sempre fui bastante fechada para tudo, amigos, paixões e amores.

Essas últimas semanas tem sido mágicas. Impreterivelmente perfeita. Vemos-nos todos os dias, ele vai à minha casa ou venho para a dele.

Meus pais o adoram. Desde aquele fatídico dia em que ele me ajudou, levando minha mãe às pressas para o hospital e meu pai o conheceu, eles fizeram um jantar de agradecimento para ele alegando que se não fosse por ele minha mãe teria sofrido aborto espontâneo na sala de nossa casa e ninguém estaria lá para socorrê-la.

Eles acham que ele é apenas um amigo da faculdade e que os dias em que durmo fora de casa é porque estou na casa de Jamille.

Sou uma mentirosa, eu sei. Porém é inevitável. Eu o amo.

O que meus pais pensariam de mim se eu dissesse a verdade? Tenho certeza de que eles não gostariam de saber que a filha deles se envolveu com um professor da faculdade, que por acaso estava casado quando nos conhecemos. E que perdeu a virgindade com ele e que a amada e honesta filha, que no caso sou eu, não é tão verdadeira assim.

– Ana? Está tudo bem? – pergunta preocupado.

– Estou bem, só estava pensando em algumas coisas – murmuro voltando minha atenção a ele.

– Você realmente estava bastante concentrada, você começou a olhar para todos os lados, exceto para mim.

– Desculpe-me – sorrio.

– Que horas são? – pergunto me levantando para ir ao banheiro tomar um banho, mas antes disso deposito um selinho em seus lábios.

– Seis e vinte e cinco da manhã – murmura se levantando também. Completamente nu enquanto eu estou apenas com uma camiseta dele.

– Você fica! – paro na porta do banheiro e cruzo os braços.

Ele franze o cenho.

– Por quê? Você está me proibindo de entrar no meu próprio banheiro senhorita Ana?

– Não é isso senhor Nicolas Torres, eu preciso ir para a faculdade e se você tomar banho comigo eu sei exatamente o que iremos fazer – sorrio travessa, pensando nas possibilidades. Entretanto, logo me policio. Tenho quatro aulas para comparecer.

Conjugando o verbo Amar - [RETA FINAL]Onde histórias criam vida. Descubra agora