Capítulo Vinte

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*

Quando cheguei no endereço que estava no papel, fiquei admirando, era uma casa de campo, uma linda casa de campo!

Me aproximei e bati na porta, uma senhora de mais ou menos uns 70 anos me atendeu.

Ela ficou me olhando por um tempo, até que resolveu falar:

- Olá, posso ajudar em alguma. coisa?

- Oi... Bem, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas.

A senhora me olhou por alguns minutos, talvez com um pouco de receio por não me conhecer.
Mas depois ela confirmou com a cabeça e me deu passagem para entrar.

A sala de está é bem grande, e bem linda, os móves são bem cuidados, e são lindos!

- Sente-se querida! - Disse a senhora.

- Obrigada!

- Bem, o que a senhorita deseja? - Ela questionou.

- Bem, vou direto ao assunto, você conheceu uma mulher chamada Fabiana? - Questionei sem dar voltas!

- Ham... Sim! Era minha filha! - Disse a senhora mudando sua expressão para triste.

- Como? - Questionei um tanto surpresa.

- A Fabiana era minha filha! - A senhora repetiu.

Por um momento me senti tonta, e se eu estivesse em pé, já tinha caído.

- A senhorita se sente bem? - Questionou a senhora.

- Ah sim! Não se preocupe! - Eu disse tentando me recompor.

- A senhorita conheceu minha filha? - Questionou a senhora.

- Sim! Sou filha de uma amiga dela! - Eu disse, mentindo claro! Não quero que ela saiba quem eu sou. Até porque não pretendo me aproximar dela.

- Ah sim! - Disse a senhora.

- A senhora sabe o que aconteceu com ela? - Questionei.

- Sei... Fiquei sabendo que foi a filha dela, que na época tinha seis anos á matou!

- Ah... - Eu disse, ficando meio tonta novamente.

- Se sente bem? - Questionou a senhora.

- Ah, claro! Mas a senhora sabe porque uma garotinha de seis anos faria isso? - Questionei, preciso ir á fundo nessa história, quero saber o que ela pensa sobre mim.

- Me disseram que a Fabiana matou o marido, e depois tentou mata-la, mas eu não acredito nessa história, a minha Fabiana nunca faria uma coisas dessas, ela sempre foi ciúmenta, mas assassina ela não era! Essa garota que era maluca, e concerteza ela deve ter matado o pai e depois matou a mãe, e não sei como conseguiu deixar a culpa para a mãe! - Disse a senhora, e eu me senti mal ao me lembrar daquela noite, essa senhora não sabe de nada, e mesmo assim me culpa, por isso não quero me aproximar dela! Quero distância! Até porque eu não iria suportar viver com uma pessoa me culpando por algo que eu não tive culpa.

- Mas pelo o que eu soube, tinha um diário em que a Fabiana contava toda sua vida, e os policiais descobriram esses fatos através do diário! - Eu disse tentando convence-la.

- Ah sim! Me falaram disso também, mas quer saber de uma coisa? Eu nunca vi esse diário na minha vida! Esses policiais estavam mentindo, e queriam proteger a menina, por isso inventaram toda essa história, até porque é mais fácil acreditar que um adulto fez isso, e não uma criança. - Disse a senhora com convicção.

- Como a senhora tem tanta certeza? - Eu questiomei.

- Porque como eu disse a minha Fabiana nunca faria uma coisa dessas, e quando ela engravidou, ela me disse que estava muito feliz, e que iria da o nome á filha de Savanah, ela sempre vinha aqui para me contar que estava muito feliz em saber que iria ter uma filha, e o Naytan, marido dela, também estava feliz! E depois que a menina nasceu, a Fabiana sempre me contava que a menina Savanah sempre dava trabalho, e que fazia birra para não ficar com ela sempre que o pai saía. - A senhora disse me olhando atentamente.

- Mas a senhora não sabe o que realmente aconteceu! - Eu disse devolvendo o mesmo olhar.

- Mas sei que minha filha jamais faria uma coisa dessas! - A senhora disse, e me encarava o tempo todo.

Depois de um tempo a senhora se levantou e foi preparar um café para nós duas.

- Filha, você ainda não me disse o seu nome. - Disse a senhora voltando com a bandeija com o café.

- Ah sim! Meu nome é Sav... Sara, meu nome é Sara. - Eu disse, quase deixei escapar o meu nome de verdade.

- Ah, é um belo nome! - Disse a senhora me oferecendo uma xícara de café.

- Obrigada! Me fale um pouco sobre a infância da fabiana. - Eu disse.

- Ah, a minha Fabiana sempre foi uma menina alegre e cheia de vida, quando ela tinha mais ou menos uns quatro anos, ela começou á ter crises compulsívas por cíumes.
Mas eu nunca deixei que isso á afetasse, sempre culdei para que isso não acontecesse, e fora isso, ela era um amor de criança, sempre foi rodeada por amigos! - Disse a senhora com os olhos brilgando.

- Ela passou a infância aqui nessa casa? - Questionei, minha intenção era saber mais.

- Ah sim! Inclusive, eu ainda tenho o quarto dela arrumado, de quando ela era criança, você quer ver? - Disse a Senhora.

- Ah sim! - Eu disse.

A senhora me levou ao quarto que pertenceu a Fabiana quando era criança. E lá havia vários brinquedos e cadernos, roupas, e várias outras coisas.

- Ela gostava de escrever!? - Eu disse.

- Ah sim! Ela sempre gostou de escrever! - Disse a senhora.
Neste momento eu vi um diário em cima da escrivaninha, era um pouco infantil, deveria ser de quando ela era criança.

Eu disse a senhora que estava com sede, e ela foi até a cozinha para pegar água, me deixando sozinha no quarto, eu aproveitei e peguei o diário e coloquei na minha bolsa.

Quando a senhora voltou eu tomei a água, e logo em seguida fui embora. Nem notei a hora, passei a tarde toda na casa da senhora, a Kayce deve está preocupada, eu disse que voltaria logo.

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Quando eu cheguei em casa, fui até minha mãe e á comprimentei, e depois perguntei sobre a Savanah

- Como assim ela saiu mãe? - Questionei.

- Não sei filho, ela não me disse onde ia, só sei que ela saiu antes do almoço. - Disse minha mae.

- Então faz tempo! - Eu disse preocupado.

- Sim filho! Eu estou preocupada. - Disse minha mãe.

- Vou ao quarto dela para ver se encontro algo. - Eu disse.

E fui até o quarto dela, mas a única coisa que eu encontrei foi o diário da Fabiana em cima da cama dela, mas estava trancado, será que o diário tem alguma relação com o desaparecimento dela?

Fui para a sala e fiquei lá com meus pais e minhas irmãs esperando por ela.

Já era noite e nada da Savanah chegar, nós estavamos preocupados... Até que ela finalmente chegou.

*

Quando cheguei em casa estavam todos na sala, pareciam está me esperando.

- Onde você estava esse tempo todo Savanah? - Questionou a Kayce.

- Eu estava resolvendo alguns problemas! - Foi a única coisa que eu respondi.

- Mas onde? E porque demorou tanto? Estavamos preocuoados Savanah! - Disse o Pierre.

- Eu já disse que estava resolvendo alguns assuntos, agora me deem licença, eu preciso tomar um banho, e estou muita cansada!

Eu subi para o meu quarto e joguei a bolsa na cama, e fui para o banheiro, precisava de um banho super relaxante.

Pertence à Ana Souza

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⏰ Última atualização: Apr 19, 2016 ⏰

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