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Depois de grande seca no sertão Quem desaba em chuva sou eu Lá na Bahia passando pro Rio Quem rege o samba sou eu No choro da mãe que perdeu seu filho O vazio que toma o peito sou eu Na exploração da natureza Quem grita por socorro sou eu Por entre folias, bêbados e putas Quem abre e termina o carnaval sou eu Na América do Sul O charme de uma terra linda e forte sou eu Nos questionamentos do universo Quem mora na filosofia sou eu Na violência do mundo Quem atira amor pra todos os lados sou eu E se a morte senhora se anuncia Quem abraça a morte sou eu Do outro lado do espelho Quem junta o pó e ressurge sou eu Do alto do edifício Quem se atira ao vento sou eu Mas morrer eu já provei Quem agora vive eternamente sou eu E em cada coração apaixonado Quem pulsa ainda mais sou eu E em cada nova vida que vir a nascer Quem vive ainda mais sou eu.
