Jeunesse Lumière

19 2 0
                                    


Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



Pensamentos orbitam a cabeça
Um grito calado na garganta
Bato à porta que é de salva e cera
Entrar não há quem me garanta

Asas protegem o meu corpo
A luz dilata minha retina
Desbravo mares, mapeio terras
De um coração que se defina

Meus vinte e poucos não me dão
Certeza de júbilo e amor
Na vida a tiranização
Não calo, enfrento com vigor

A minha mãe, cabeça branca
Diz que não devo me render
O álcool me alivia o peso
Um pequeno momento de prazer

E amanhã o que eu serei
Lhe responder não posso ao certo
O certo é que eu amarei
Aquilo que se haver desperto

Os que me amam eu quero amar
Afagar-lhes entre meu seio
E as más línguas decepar
E bem altivo, dar volteio

Anjos neon, mãos de topázio
As tais bocas não vão assustar
Abro a minha, entre Paris e Estácio
Floresço a alma, rasgo o peito: vou cantar!

Na minha necessidade de escrever
Mergulho em ondas de poesia
E vivo velejando sem rumo
Por entre versos da maresia.

-Bruno Freire

Arte por Christian Schloe

Dentro da Noite SilenciosaOnde histórias criam vida. Descubra agora