Conflitos de um Garoto Gay

A Decepção

O amor nos trás muitas coisas
Que as vezes não esperamos
A maioria são coisas boas
Que nos cercam durante os anos
Mas não podemos relaxar
Altos e baixos vamos encontrar
E lembre sempre ao desanimar
Um novo dia irá raiar.

Explosões de Beijos

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Tudo corria muito bem em nossas vidas. Eu estou namorando com Rony, o cara que eu amo. Luan deu trégua pra nós dois, acho que a namorada dele está ocupando muito seu tempo. Só meu pai que ainda pega no pé de Rony, mas nós já estamos acostumados com isso.

Acordei mais tarde que o habitual, pois era feriado e meu pai não havia vindo aqui.
Rony não estava na cama dele. Levantei e fui fazer minha higiene matinal. Desci para tomar café e vejo Rony ao telefone, meus pais estavam ao seu lado. Ele falava com seu pai. Esperei que ele desligasse.

-O que houve?- perguntei assustado-

-Era meu pai.- respondeu Rony - Ele conseguiu uma faculdade pra mim... no exterior. - suspirou e abaixou a cabeça. - vou ter que me mudar em pra lá amanhã para organizar tudo pra viagem e matrícula.

-Mas já?- falei, mas Rony me fuzilou com o olhar. Eu havia esquecido que meus pais estavam ali. Sorri e falei- Parabéns primo, você merece.

-Obrigado.- falou ele sem me encarar- Não estava acreditando nisso, Rony não podia me deixar. Voltei para o quarto e esperei que ele viesse até mim. Alguns mimutos depois, Rony entra e senta ao meu lado.

- Você sabe que eu não tenho escolha, não é?- falou Rony e passou seu braço por minha cintura.

-Nós podiamos fugir...- ele me interrompeu e disse.

-Se nós fugirmos, não teremos para onde ir, nem como se sustentar e quando nossos pais descobrirem, não vão nos aceitar de volta. Eu tenho que ir nessa viagem.

-Rony, mas eu te amo.

-Luiz, você precisa me esquecer.

-O que você está dizendo?- falei assustado.

-Eu estava tentando fazer ser mais fácil, mas você não facilita pra mim- eu já sabia onde ele queria chegar.

-O que você quer dizer com isso?

-Luiz, eu quero terminar.

-Mas você disse que me amava.- as lágrimas já desciam em meu rosto

-Eu menti, você foi um rolo que durou.- depois dessas palavras, eu fiquei sem chão. Eu queria nunca ter ouvido isso de sua boca. Não podia ser verdade. Eu entreguei a ele o meu melhor, tudo o que eu podia. Deixei minha namorada por ele. Um ódio começou a crescer dentro de mim, mas mesmo com esse ódio, eu não conseguia deixar de amá-lo.

-Fica com isso.- ele me entregou o livro dele.- eu já li, e queria te pedir para ler até o fim, como último pedido. Eu não respondi, apenas joguei o livro em minha cama e comecei a chorar compulsivamente. Rony apenas me observava.

-Eu vou já fiz a mala, meu pai vem me buscar em algumas horas. Preciso organizar umas coisas antes de partir- ele fez silêncio por uns segundos- você poderia me fazer um último favor?

Olhei para ele chorando, não conseguia falar.

-Me dá um último beijo?- falou ele. Se ele não gostava de mim de verdade, porque queria um último beijo? Mas eu queria tanto aquele beijo, que não questionei.

Fui para perto de Rony que me agarrou com bastante força e colou nossos lábios. Eu aproveitei cada segundo daquele beijo, pois sabia que não o veria tão cedo. Depois de alguns minutos, separamos nossos lábios, Rony me encarou por alguns segundos e saiu do quarto.
Passei o dia trancado no quarto, disse para minha mãe que não estava bem. Vi pela janela quando ele entrou no carro do meu tio. Então caiu a ficha de que era verdade, logo cresceu uma grande tristeza dentro de mim, passei dias triste.

Uma semana depois, meu tio havia nos convidado para um almoço em família, para agradecer por meu pai ter cuidado de Rony. Eu não quis, mas fui obrigado a ir, pois meu pai queria que toda a familia estivesse presente.

***

Ao chegar na casa do titio, fomos recepcionados pela criadagem. Meu tio era muito bem sucedido, vivia em muito luxo. Eu fiquei ao lado do antigo quarto de Rony, em um quarto de hóspedes.
Fui até o seu quarto e estava tudo lá, seus livros, suas roupas, fotos. Seu quarto tinha vários posters de suas bandas e cantores preferidos. Observei por um tempo, deitei em sua cama com a esperança de sentir o seu cheiro. Passei alguns minutos ali, mas logo voltei para meu quarto, precisava tomar banho, o almoço seria em alguns minutos.

***

Meu tio estava sentado na ponta da mesa, ao seu lado direito estava sua esposa. Papai estava do lado esquerdo, com mamãe ao seu lado, Luan e eu estavamos ao lado de mamãe. Eu estava me sentindo estranho naquela mesa enorme, haviam várias cadeiras vazias.

Todos conversavam bastante, eu preferi ficar calado, aquela casa me lembrava muito o Rony.

Eles estavam em um assunto homofobico, quando papai fala:

-Eu preferia ter um filho morto que descobrir que ele é gay.

Eu não me contive e disse.

-Pai, acho que você está sendo muito radical. Afinal, seu filho sempre será seu filho, gay ou não.

-Que papo é esse Luiz?- falou ele duro.- você está virando "viado"?

-Não, apenas acho muita radicalidade você preferir um filho morto, que um filho gay.- todos observavam a cena meio incrédulos.

-Tio, a comida está ótima, mas eu posso me retirar?

-Claro, Luiz.- respondeu ele.

Fui para a varando no segundo andar, ouvi passos atrás de mim. Deve ser meu pai querendo me crucificar pela discussão à mesa e na frente do tio. Mas era Luan, ele me encarou em silêncio por alguns segundos.

-Você gostava dele, não é?- falou ele.

Eu respondi com um meneio de cabeça. Ele veio até mim e me abraçou. Fiquei surpreso pelo seu ato, ele nunca fizera algo do tipo, mas não questionei, apenas apreciei seu ato de carinho e abracei meu irmão em retribuição.

Sotei-me do seu abraço e fiquei olhando para o nada, precisava pensar. Luan ficou em silêncio ao meu lado, me dando apoio.
Passei a tarde ali.

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Oi, oi gente!

Mais um capítulo pra vocês
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Um beijo pra quem quiser e até a próxima.

#ExplosõesDeBeijos