Capítulo 7 - Ferrou ❤

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Eu cheguei no meu quarto e sentei na cama. Tinha sorte que Amanda não estava ali para ver o quão patética eu estava. Todos resolveram me atacar nesse colégio. Aposto que com Elise eles não foram assim, todo mundo tem medo dessa megera.

Será que eu tenho algo na minha testa que diga "preciso de ajuda"? Eu queria apenas ficar longe de todos eles e fazer o que vim para fazer. Me vingar de quem matou a minha irmã.

Peguei o meu celular e fui até o site da escola onde tinha um mapa detalhado de onde ficava tudo. Eu só precisava achar a sala da limpeza, eu precisava me vingar daquelas três e pegar meu celular de volta. Além disso, eu não ia deixar barato o fato daquela Barbie ter exposto a morte da minha irmã para todos.

Lavei o rosto na pia do banheiro e então fui em direção a porta, mas dou de cara com Amanda, que estava prestes a entrar.

— Aonde você está indo com tanta pressa? – Perguntou-me.

Eu tentei passar pela porta, porém ela me impediu e cruzou os braços. Estava começando a parecer minha mãe quando quer, de qualquer jeito, tirar algo de mim.

— Não te interessa – Rosno.

— Por quanto tempo vai durar essa pose de durona? – Arqueia a sobrancelha, formando um arco perfeito.

— Não é pose. Essa sou eu. Só resta aceitar. – Empurro ela da frente e saio andando pelos corredores.

Eu tinha que arrumar um balde de água, suja, de preferência. Mas eu precisaria de alguém que sabe onde está tudo nesse colégio, apesar do mapa, me perdi completamente nos corredores grandes e confusos. Fiquei olhando em volta para ver se achava algo que parecesse a sala de limpeza.

— Ei! – Não atendi, tinham muitas pessoas no corredor e podia ser para qualquer uma delas. — Angelina! – Ao ouvir meu nome, parei e virei-me.

— O que você está fazendo? – Kathy questionou correndo para me alcançar.

Verônica e Paola estavam com ela, então a acompanharam para me alcançar também.

Revirei os olhos, mas não andei, eu sabia que ia precisar de ajuda e quem melhor do que três alunas antigas para me ajudar?

— Por que está com tanta pressa? – Verônica perguntou ao chegar perto de mim.

Hesitei em falar. Eu sabia que elas iam ficar no meu ouvido depois do que eu ia falar, porém eu não tinha outra saída por enquanto.

— Onde fica a sala de limpeza?

— Ah, fica...

— Espera! – Paola interrompeu, antes de Verônica continuar.

— O que é? – Kathy perguntou.

— Angelina Forbes, durona e arrogante está nos pedindo ajuda? – Ela cruzou os braços enquanto fixava seus olhos em mim. — Hein? – Paola continuou.

— Tem razão. – Kathy sorriu largo, o que me irritou.

Suspirei exasperada.

— Esquece – Viro — Acho sozinha.

— Não, espera! – Verônica puxou meu braço. — Vamos te ajudar. Paola e Kathy só são facilmente impressionáveis. – Ela deu de ombros, amistosamente.

— Sem gracinhas? – Direcionei-me a Paola e Kathy.

— Sem gracinhas. – Responderam, em uníssono.

UMA CARTA PARA MIMOnde histórias criam vida. Descubra agora