Capítulo 28 - Isabel ❤

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"Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio."

2 Timóteo 1:7

Isabel narrando

(2:35 da madrugada, em algum lugar de Londres)

— Cachorrinho? – Entro na sala que não tem nenhuma janela, mas começava a cheirar mal pela falta de banho. — Ai que horror. Vou ter que te dar um banho, você está fedendo, também... A meses aqui.

— Eu estou... com... f-fome...

— Xiu! Cachorros não falam. – Peguei a marmita e joguei na frente dela.

— Eu estava com a Angelina, sua irmã.

Ela parou de comer e me olhou, chorando.

— Não, não... ainda não é a hora dela saber. Você sabe, eu tenho planos, o Bernardo tem que ser meu antes. Apenas coma. Você tem que sobreviver sua nojenta.

— Um dia... Deus... Ele vai te cobrar isso. – Eu apenas me sentei indiferente ao que ela falou esperando ela acabar.

— Come devagar. Credo. Foram só alguns dias.

No mesmo dia, mais tarde, depois da tarde de filmes do capitulo anterior.

Angelina está começando a me irritar mais que o normal, assim como a sonsa da Anna. Eu queria explodir as duas e acabar de vez com meu sofrimento, Angelina anda me atrapalhando com Bernardo e eu não estou gostando nada disso. Infeliz. Eu vou conquistá-lo, ele será apenas meu e de mais ninguém.

Angelina e Anna estão sofrendo e não há nada que me faça mais feliz que isso. Uma sofre pela perda do namorado e a outra por estar nas minhas mãos. São hilárias, as duas são patéticas. Impressiono-me toda vez que olho para cara das duas, como se deixam levar tão facilmente por um rostinho bonito e sorriso encantador. Isso está no sangue das duas.

Mas entre as duas a que mais odeio é Anna, que sempre me roubou Bernardo, ridícula, já não bastava toda atenção que tinha de Angelina, ainda tinha que ter Bernardo. Tudo tinha que ser para ela, ela sempre se achou o centro de tudo. Eu queria esmagá-las e fazê-las sofrer o máximo possível e sair limpa de toda a história.

Quando saio da casa de Angelina me deparo com seu ex-namorado parado na varanda quase batendo na porta. Ele esta de costas, mas reconheço-o, ele me fita e dá um sorriso fraco.

— Angelina está ai? – Ele pergunta meio agitado.

— Está – Ele avança, mas o paro com a minha mão — Ela não quer te ver – Digo, séria.

Eu não ia deixar eles se aproximarem, nem conversar, eu tinha que armar algo para mantê-los longe um do outro, eu quero que ela sofra. Sinto meu coração se agitar com a possibilidade dele voltar com ela e penso em algo rápido para deixar ele longe.

— Eu preciso falar com ela! – Ele tenta avançar mais uma vez, mas o empurro novamente.

— Está surdo? Ela não quer te ver e os pais dela também não te querem aqui. Todos têm raiva de você, seu mentiroso! – Tento ser o mais convincente possível.

— Olha, eu sei, mas eu não fiz aquilo que eu disse. – Ralha.

— Aquilo o que? – Pergunto curiosa, eu não sabia do porquê de todo esse drama e achei uma ótima oportunidade para isso.

— Eu não namorei a Anna! – Fico boquiaberta com o que ele me diz e arqueio uma das sobrancelhas. 

 

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