Eu finalmente parei de chorar, mas com toda certeza dava para perceber minha cara de choro, fui ao banheiro lavar meu rosto antes de ir para o meu quarto, mas adiantou pouca coisa, quando sai dei de cara com Leonard, tentei passar, mas ele não deixou. O povo dessa escola tem sérios problemas com espaço pessoal.— Que é hein? – Questionei grosseira.
— Eu sinto muito pelo que Elise disse. – Ele disse e aquilo me pegou de surpresa. — Eu não sabia que ela era assim, quando contei para ela não queria que ela fizesse isso.
— Então foi você? – Perguntei indignada bati com meu ombro e forcei minha passagem, mas ele segurou minha mão, mas logo em seguida a puxei.
— Não fiz por mal, juro! Perdoe-me – Pediu, na verdade a culpa não é dele, mas ele realmente parecia sentir-se culpado concordei com a cabeça e vi um sorriso se formar em seu rosto, aquilo me deixou satisfeita, mas não sei com o que.
Virei de costas e sorri fraco, continuei caminhando pelo corredor e fiquei pensando nos últimos acontecimentos e em como meus sentimentos estavam instáveis, eu estava feliz no sábado e hoje eu estou com raiva e triste, finalmente cheguei ao meu quarto, mas Amanda já estava dormindo teria que esperar até o outro dia para falar com ela.
Hoje pela graça divina acordei antes das seis, Amanda ainda estava dormindo, mas percebi que ela tinha se levantado porque estava com fones no ouvido, mas parecia dormir profundamente. Levantei-me e fui para o banheiro dei uma boa olhada no espelho e fiquei me perguntando: Quando eu me tornei essa pessoa? A resposta já estava na ponta da língua, mas eu não queria que meu interior começasse a culpá-la por isso.
Eu dobrei meus joelhos e comecei a orar, coisa que só conseguia fazer por meio de pensamentos, comecei a me sentir mal pela Elise eu bati muito nela, minha consciência começou a pesar e a vontade de falar com o diretor me consumia, acho que era o certo a fazer depois disso tudo.
Coloquei meu uniforme e sai de fininho do quarto para não despertar Amanda, caminhei cabisbaixa pelo corredor eu estava no mundo da lua e não havia percebido que Bernardo estava ao meu lado com as mãos na minha cintura.
— Bernardo? – O olhei confusa.
— Bem vinda à terra ruiva – Falou irônico o que me fez rir, dei uma cotovelada nele e continuamos a caminhar. — Fiquei sabendo da briga – Confessou-me.
— As noticias aqui correm – Olhei espantada com a velocidade e ele apenas riu.
— Não sei se teria me controlado também sabe... – Admitiu — Você sabe o quanto eu amei a sua irmã, mas sabe ruiva, você não pode perder o controle assim... É exatamente isso que o inimigo quer: testar sua paciência.
— Eu sei, mas... Mas quando ela falou aquelas coisas meu sangue ferveu – Falei e ele me parou e me deu um forte abraço me fazendo ficar confortável como sempre. — Queria que o Vincent me entendesse como você – Disse abatida.
— Eu te entendo – Me desprendi do abraço e vi Vincent encostado na porta do diretor com um sorriso amarelo.
— Hora de ir! – Bernardo me deu um beijo rápido no topo da cabeça. — Ah, depois eu tenho que te contar uma coisa. – Antes de eu perguntar algo ele saiu.
— Me desculpa por ontem, mas você me entendeu mal eu não estava defendendo a Elise. Eu estava preocupado com você, eu não quero que nada separe você de Deus Angelina. – Ele se aproximou de mim e segurou na minha mão. — É esse tipo de coisa que te faz sair da presença de Deus e tem mais você podia ser expulsa, sabe bem que ela é a irmã do diretor.
— Eu sei, mas aquilo me magoou de verdade, eu queria tê-lo ao meu lado, me pareceu mais que você estava defendendo ela – Falei.
— Não, não estava, eu juro – Ele me envolveu em seus braços e me abraçou senti o queixo dele no topo da minha cabeça e respirei fundo, não tinha como não o perdoar. — Agora dê meia volta e vamos ensaiar.
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UMA CARTA PARA MIM
SpiritualAngelina Forbes é uma jovem com personalidade forte, cheia de energia e marcas. Depois de perder sua irmã mais nova, após ela ter começado a namorar um rapaz misterioso, Angelina decide ir atrás do que seria o motivo do suicídio da irmã. Cheia de ó...