Diário do Aluno#9 Verão

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       Para minha infelicidade tive insônia e demorei muito para dormir, estava ansioso e agitado, queria logo dormir, mas não conseguia, estão fiquei deitado em minha cama para esperar o sono chegar, mas quando olhava o relógio em meu celular fic...

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       Para minha infelicidade tive insônia e demorei muito para dormir, estava ansioso e agitado, queria logo dormir, mas não conseguia, estão fiquei deitado em minha cama para esperar o sono chegar, mas quando olhava o relógio em meu celular ficava com angústia pois precisava dormir para aula de amanhã. O sono não chegou e pensei até mesmo comprar um remédio que me ajudasse a ter sono, mas tive medo de me tornar um viciado. Portanto decidi ficar deitado na cama até dormir.

Após uma noite tubulada e cheia de ansiedade, acordei no mesmo horário de sempre, parecia que era o velho David, acordando com desanimado e cansaço. Foi uma dificuldade sair da cama, mas com muito esforço me encaminhei para minhas aulas. No meio do caminho até a universidade, decidi passar pelo mesmo Starbucks onde conversei com Dylan e comprei um café bem forte e quente para despertar. Fiz a minha rotina de manhã, acompanhando as aulas e tentando me manter sincronizado com os professores, mas era difícil devido ao cansaço.
O cansaço foi grande que acabei dormindo na última aula e fiquei me perguntando o que há comigo, esta ansiedade está acabando comigo, às vezes fico pensando como sou ou o que estou tentando ser, isso deve estar acabando com as minhas emoções, pensei na possibilidade de retornar a ser o velho David, mas ser o velho só me deixaria pior.
Com o sinal do último tempo para o almoço, acordei devido ao som e então fiquei um pouco melhor, creio que o café me despertou, mas na saída da minha sala tive uma surpresa, Candece me esperava na porta da sala e me chamou para conversar. Ela parecia meio preocupada e a acompanhei até o campus para conversar em paz e mais à vontade.
Chegando lá, fomos até uma parte mais isolado no campus, e era próximo da estufa com os projetos de jardinagem da universidade, inclusive até tinha uma pista de skate onde os alunos passavam o tempo. Eu e Candece nos sentamos em uma mesa de pedra redonda ao lado da estufa e do jardim que era recheada de árvores como pinheiros e salgueiros que complementavam os arbustos altos, e além da grama alta que cercava o nosso campo de visão.
Enfim deixamos nossas coisas em cima da mesa e conversamos:
— Enfim David, te chamei aqui para falar sobre o nosso beijo... — foi direto ao ponto Candece me deixando intrigado, pois se vamos elevar as coisas pensei bem em Amy, mas acho que meu relacionamento com ela será a distância.
— Ah sim, é... ele foi bom.
— Humm... Obrigada — respondeu ela meio sem graça —, mas depois do que me aconteceu, tentei superar como você disse. Acho que eles tinham razão, a verdade dói, mas ela é verdadeira, melhor do que o silêncio, não devia me entregar a eles para só ter a aprovação, tenho que ter amigos que gostem de mim como sou, e não como devo ser...
— Ah que ótimo que superou, acho importante sua aceitação, também estou tentando seguir seu exemplo.
— Obrigada, mas quero confessar, eu estou apaixonada por você... — respondeu ela me deixando muito nervoso.
— Nossa, eu... também, quer dizer podemos começar a nos conhecer melhor.
— Sim, mas é isso que quero dizer. Depois disso, superei e então me apaixonei, por você mas também por outra pessoa. Claro, minha mente ficou uma bagunça e dividida, com quem ficarei, ou amarei, então tomei a conclusão. Então eu o trouxe aqui pra isso, porquê achava que você também sentia o mesmo e tentaria elevar as coisas, pois não se pode machucar o coração de outro que fez de tudo por você. Achei que você devia saber, mas se magoei você, me perdoe... Queria que ficássemos juntos — desabafou e revelou tudo Candece.
Nossa, eu fiquei sem palavras, fiquei morto por dentro, sem reação, pois realmente achei que algo de bom iria acontecer, mas ouvir aquilo me deixou mortificado, mas tive que reagi, não queria desabafar pois era um momento delicado, então disse:
— Eu... não sei o que dizer. É... Obrigado por esclarecer, e confesso que estou um pouco mortificado, pode ficar tranquila, é que depois de tudo o que está acontecendo comigo é difícil ouvir mais coisas sabe. Mas não estou magoado, espero que se dê bem com seu relacionamento, espero que viva melhor. Você merece — agradeço sem muitas palavras com nervosismo.
— Espero que você consiga o mesmo, obrigada por tudo David, você foi prudente e continue assim, mas podemos continuar...
— Amigos, entendo, sem problema — interrompo-a com a palavra que mais ouço—, mas deixa te perguntar, caso você estivesse há mais de cinco mil quilômetros de distância da pessoa que ama, o que faria?
— Nossa, cinco mil, caramba, essa pessoa está na Europa? — perguntou Candece bem impressionada.
— Quase isso, em Oxford...
— Uau, bem... eu deixaria. Relacionamento à distância destroem pessoas, ansiedade vai te engatar. O melhor a ser fazer e deixar as coisas pra lá, será o mais saudável à se fazer.
— Obrigado pela dica Candece...
— Enfim, eu vou me encontrar com ele, enfim espero que esteja tudo bem entre a gente, você foi bom pra mim... Tchau.
Ela partiu e deixou meu coração mortificado, mas vou tentar superar, e tenho certeza que não será difícil. Não vou culpar Candece pela sua escolha, quer dizer, bem... queria mais, ela fez o possível em sua circunstância conturbada. Depois das mares de azar, essa foi a bala de canhão, me afundou no mar.

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