Onze

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Aline e Marcos pegaram algumas das roupas super chiques que eles compraram na última viagem que fizeram ao Estados Unidos e quando chegamos em casa deixamos as bolsas dentro da caminhonete do meu pai. Eu e João vamos até o escritório para que eu possa pegar a chave do carro e ele avisar ao tio que vai até a fazenda conosco, quando chegamos lá os dois estão conversando sobre o piso de alguma coisa.

-Nós estamos indo a fazenda – eu digo interrompendo a conversa. – Preciso da chave da caminhonete.

-Vocês vão ficar quanto tempo lá? – Meu pai pergunta quando se levanta e vem trazer a chave do carro.

-O necessário – pego a chave da mão dele.

-Qualquer coisa eu ligo – João fala antes de sairmos.

-Vou pegar a câmera no meu quarto. – Digo para João e subo a escada correndo.

A minha câmera está no meu quarto encima da escrivaninha, é uma Canon alguma coisa que não sei bem, ela foi um presente da minha mãe porque ela sempre gostou de fotografia, mas como nunca se deu bem com produtos eletrônicos me deu uma câmera de presente para que quando ela quebrasse a sua, pudesse usar a minha, então quando estava com vontade de tirar fotos ela tirava meu cartão de memória e colocava o seu e ao terminar deixava a câmera comigo.

Corro para a garagem os três já estão dentro do carro: Marcos no banco do lado do motorista e Aline e João atrás. Entro e rapidamente saímos de casa; já na rua dirijo o carro em direção contrária à saída da cidade.

*

Meia hora depois estamos cantando todos juntos uma música que toca no rádio quando chegamos á Fazenda Lavorini – como está na placa de madeira na entrada. Marcos desce e abre a grande cancela de madeira para que eu entre com o carro e eu paro para esperar por ele; quando ele abre a porta do passageiro e se prepara para subir eu ando um pouco para frente e ele quase cai; eu, Aline e João caímos na gargalhada. Depois que Marcos sobe continuo a dirigir.

Estaciono embaixo da sombra da grande árvore que fica perto do casarão construído á tipo uns cinquênta anos antes de eu nascer – ou mais – e nós vamos andando sobre a grama já imaginando quais serão nossos cenários para as fotos.

-Bom dia, Thomás! – Melquiades, o caseiro, diz ao nos receber na entrada da casa. – Bom dia garotos e garota.

-Bom dia – respondemos juntos e então eu digo: – Nós viemos hoje para tirar algumas fotos, Joana pode preparar um almoço para nós? Desculpa se está meio encima da hora. – Joana é a esposa dele.

-Sem problemas, seu pai ligou para avisar que viriam, quando sentirem fome tudo já estará pronto. – Ele diz e então entra.

-Então, mãos á obra. – Digo e vamos para o maior quarto do casarão.

Jogamos todas as roupas sobre a cama – e algumas no chão – e começamos á escolher o que vamos vestir; algumas das roupas de Marcos são largas e servem em mim e em João então temos menos opções, mas isso não diminui nosso entusiasmo com a seção. Aline escolhe as primeiras roupas que vai vestir e começa á se trocar em nossa frente, mas isso deixa João um pouco constrangido e nós rimos dele.

Quando já estamos todos vestidos, Aline começa a nos maquiar, depois de Marcos é a minha vez e quando olha meu rosto ela diz:

-Thomás você está com olheiras horríveis – e então começa á passar algo em meu rosto.

-Eu não tenho dormido muito bem – falo simplesmente.

Depois de maquiar João e á si mesma vamos os quatro para fora. Os três se sentam na grama fazendo "pose de modelos" e eu tiro algumas fotos. Então eles se levantam e fazem mais poses enquanto eu clico.

A Inútil Capacidade de Ser ReceosoOnde histórias criam vida. Descubra agora