Capítulo 12

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Igor

Respiro fundo para não perder a paciência, a voz de Bárbara já estava me irritando.

- Bárbara pelo amor de Deus me deixe trabalhar em paz - digo desligando o telefone.

Eu fui um tolo, me deixei ser manipulado pela Bárbara, e quem pagou o preço foi Nina, eu nunca me perdoarei por não ter percebido que minha pequena Mariana estava sendo maltratada dentro da própria casa.

Mas agora tomei a decisão que colocarei Bárbara na cadeia, hoje mesmo pedi para meu amigo e chefe da segurança instalar câmeras pela casa, só preciso de uma prova para que Bárbara pague, infelizmente Nina terá que suportar ela por mais alguns dias.

Fico andando pela loja, enquanto penso, abro o banco de dados no tablet, vejo que todos os códigos estão anotados corretamente, na verdade eu não precisava vim conferir o estoque, mas eu gosto é um jeito de aliviar o estresse.

Melisa realmente fez tudo certo, essa garota era diferente, algo naqueles olhos castanhos me intrigava, eu via fúria nos olhos, mas ao mesmo tempo via tristeza, o que aconteceu com ela?

E por que eu sinto vontade de conhecer ela melhor?

Balanço a cabeça tentando tirar esses pensamentos, eu não iri...

Dou um pulo para trás, algo estava no meu pé! olho para baixo e me deparo com uma criança. Uma criança? Olho em volta sério, quem diabos deixa um bebê sozinho? o garotinho - parecia um menino, mas com a cara de boneca fiquei em dúvida - jogou os braços na minha direção. Será que ele queria que eu pegasse ele no colo?

Me agacho e fico o olhando, ele me parecia familiar, o pego no colo, eu iria achar a mãe desse bebê.

- Onde está sua mãe? - Claro que o bebê não respondeu, começo a andar pela loja, se a mãe dele nos visse viria correndo pegar a criança.

- Mamamahamha - ele ficava resmungando

- Moça essa criança é sua? - pergunto para uma mulher que estava olhando uns vestidos, ela me olha de cima e baixo e sorri

- Se você queria falar comigo não precisava de uma cria...

- Já vi que não, com licença - digo a cortando, odiava mulheres assim, que só porque tinham um corpo bonito e um belo rostinho achavam que podiam ter tudo, a deixo falando sozinha e continuo minha procura.

Quase todo o meu estresse tinha ido embora, Até que procurar a mãe do bebê não estava sendo chato. Já faziam uns 5 minutos que eu estava com o bebê, o mesmo boceja e deita a cabeça em meu ombro, uma de suas mãozinhas foi ao encontro de meu queixo, o bebê ficou passando a mão na minha barba, não muito tempo depois ele dormiu.

Eu ainda andava pela loja quando vejo Melisa, ela ainda estava aqui? a mesma veio correndo em minha direção, mas assim que se aproximou eu pude ver que ela chorava, o que havia acontecido?

- Mat - ela diz parando em minha frente, começo a ligar as coisas. Essa criança era filho dela.

- Não se preocupe ele está bem - digo entregando o garoto, mas o menino segurou em meu pescoço - o que você faz na loja a esse horário? Já está quase fechando e seu horário de trabalho acabou faz mais de uma  hora.

Ela enxuga os olhos e fica olhando os braços da criança em volta de meu pescoço

- Obrigada - ela se aproxima e tira o bebê cuidadosamente dos meus braços, eu conseguia sentir o carinho que ela tratava o mesmo. - Eu esqueci minha bolsa.

- Seu filho é muito fofo - acho estranho essas palavras saírem de minha boca, mas eu pude perceber que assim que eu disse filho ela ficou tensa - ele se chama Mat?

Um Encontro InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora