Capítulo 10 - Oh, olá!

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Mas que raio... Já se passou uma hora e meia e nada do homem aparecer. A menos que o avião esteja atrasado. Por tanto vou confirmar, vou até à tabela dos vôos e começo a procurar...

- Desculpe, será que me pode ajudar a procurar o vôo Seul - Londres na SK Airlines? - pergunto a um rapaz que estava ao meu lado a mexer no telemóvel. Era um pouco mais alto do que eu, o seu cabelo e olhos eram castanhos - escuros, e bastante giro. Nada mal.

- Ah, hã... Está... Aqui. - o rapaz aponta para a linha no ecrã. Afinal estava logo no início. Como é que eu não vi? Trouxa.

- Ah, obrigada! - Olho só de relance para o ecrã e começo logo a correr. E se ele já estiver à minha espera? Que má imagem!

Espera... Será que era a porta 9 de desembarque? Ou a 6? Se calhar era a 8... Ai não sei... Não vale a pena voltar para trás, já estou muito longe e há demasiadas pessoas, demoraria imenso tempo a ir outra vez. Deixa estar... Acho que era a porta 6. Esperemos que esteja certa.

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Finalmente chego à porta de desembarque nº 6. Estou com respiração ofegante e com a cara toda vermelha e suada de tanto correr. Que nojo. E estes saltos altos estão a matar-me.

Nunca. Corram. Em. Saltos. Altos. Nem. Que. Vos. Obriguem.7

Bem, finalmente chego ao destino e olho em volta à procura dele... Ah! Já o encontrei. Ainda bem que dei logo com a porta certa. Vou ter com ele e cumprimento-o:

- Bom dia, senhor Park.

- Bom dia! Não é necessário tanta formalidade, pode tratar-me por Yongsang! É a filha do Patrick não é?

- Sou sim... Foi ele que me pediu para vir aqui buscá-lo, e para visitar o café-bar logo a seguir para começar a trabalhar.

- Sim, eu sei. Eu falei com ele. Olha que ele disse-me que és trabalhadora, espero que seja verdade! - Ele diz e ri. Parece um homem bem-disposto, gosto dele. Mas aquele comentário provocou-me um riso nervoso.

- Claro que sou, quer dizer, já produzi uns quantos singles e  EPs com algum sucesso com a minha banda. - Digo ao passar as minhas mãos pelo meu cabelo. Oh yeah. A safar-me de situações embaraçosas desde '94.

- Ah pois, penso que o seu pai já tenha mencionado algo sobre ter uma banda. Como é que se chamam?

- Somos as "The Candy Skulls".

- "The Candy Skulls"? O meu filho está sempre a falar dessa banda! Então tu és a tal do cabelo de fogo... Alcunha bem dada, se quer que lhe diga.

- Ai é assim que ele me trata? 'Tamos bem 'tamos. - Digo baixinho só para mim mesma. - Mas o senhor tem um filho?

- Sim. Chama-se Theodore, devias conhecê-lo. Por acaso ele deve estar aí a chegar.

- Então mas não era eu a vir buscá-lo?

- Claro que sim, mas acha que é a menina a levar estes malotes pesadíssimos?

- Que simpático Sr. Park, mas não era necessário.

- Esqueça lá isso. Olha, aí vem ele. - Ele aponta para uma figura alta do outro lado da sala. O meu quase-patrão rapidamente começa a pôr os braços no ar a acenar, fazendo-me sinal como cotovelo para eu também acenar. Sem muita escolha, acompanho-o.

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Espero que gostem :)

TroublemakerOnde histórias criam vida. Descubra agora