Surpresa!

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Felicity's Pov

Lançando olhares raivosos para Curtis, socava algumas roupas na minha mochila recém-chegada de viagem. Iria fazer duas horas que eu havia explicado nossa situação para ele e estávamos nisso. Ainda não havia me esquecido do tapão que ele me dera.

― Em minha defesa, o gostosão-todo-poderoso quem autorizou que você fosse acordada à base de porrada. ― Ele tentava se justificar, socando suas roupas numa mochila, assim como eu.

Rangi os dentes, com raiva.

― Ele não tem que autorizar nada quando o assunto é o meu corpo!

― Ou, mas como eu ia saber que você não estava desmaiada? ― Me olhou na defensiva e eu lhe lancei a única coisa que tinha em mãos: Meu pente.

― Seu idiota! Até o Queen percebeu que era tudo fingimento! ― Gritei, irritada ― Como você, sendo o meu melhor amigo, não percebeu?

― Ei! Eu não sofro de tensão sexual por você, pra ficar gravando cada detalhe do seu corpo! ― Se esquivou do desodorante que eu acabara de atacar, também. ― Não é a minha culpa se não fico te tarando com os olhos! Eu gosto de coisa compacta, não rachada!

Crispei os lábios, contento a vontade insana de o xingar em ordem alfabética. Me seguraria por Barry, que estava na sala todo feliz, arrumando sua própria mochila e imaginando que estava indo numa viagem de trabalho. Usei a desculpa tosca de que íamos fazer uma pesquisa no solo da fazenda para talvez num futuro distante, a QC investir na agropecuária. Avá.

Oliver Queen, virando agropecuarista? Sei. Não conseguia nem o imaginar colocando a mão na lama, imagine, analisando um boi de perto! Claro, tirando o amigo corno dele. Ok, isso foi cruel.

De qualquer forma, havia conseguido convencer Barry que ele e o seu super cérebro, seriam necessários em algum ponto da pesquisa. Agora, em qual ponto, eu não fazia ideia e ele nem se dignou a questionar também. O coitado havia ficado tão feliz por ter sido incluído no tal projeto inexistente e tão excitado ao mesmo tempo, por finalmente poder reencontrar Cisco e Caitlin, que não deveria ter pensado em nada além disso.

E eu que não faria a crista dele cair!

Se tudo desse errado, pelo menos um ali morreria feliz e na inocência.

Suspirei, cansada.

― Você é um idiota.

Resmunguei alto o suficiente para ele me ouvir, enquanto saia do quarto e ia para a sala. Barry estava com Barry-cão no colo, parecendo desolado demais por saber que passaria algum tempo longe do cão.

― Barry, não precisa ficar preocupado! ― Comecei a dizer, sentindo pena do homem-garoto. ― Sra. Gonçalez irá cuidar muito bem dele. Sem contar, é claro, que ela tem uma cadela pra fazer companhia para Barry. ― Acrescentei rapidamente, tentando o reanimar. E com o alívio, percebi que conseguira fazer exatamente isso.

― Será que até voltarmos, Barry será papai?

Enruguei o nariz, detestando a ideia. Um Barry-cão eu poderia lidar, mas vários? Acabaria pedindo exílio em algum lugar isolado do mundo.

― Eu espero que não.

O tremor na minha voz foi indisfarçável, o que causou uma risada em Barry. Acho que ele não estava me levando à sério.

― Não aposte muito nisso. ― Acariciou a cabeça do cão, carinhosamente. ― Nosso amigão aqui pode nos surpreender!

Fiz careta. ― Odeio surpresas.

100 Dias com Oliver QueenOnde histórias criam vida. Descubra agora