Capítulo 20

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Felipe retorna à  casa da mãe, já que todos dormirão por lá.

- Chegou maninho! - Fernanda o abraça.

- O que foi hein? - diz Felipe piscando.

- Nadinha. A deixou em casa?

- Sim.

- Hum...

- Tá okay, o que quer saber?

- Você gosta dela, não é mesmo?

Felipe não responde.

- Eu já sabia. Ela também gosta de você maninho, não se preocupe.

- Gosta?

- É claro, dá para ver nos olhos dela, no sorriso... Já estive apaixonada e sei dessas coisas, a diferença é que ela é controlada.

- É porque você apaixonada não há quem aguente - diz rindo.

- Ela é bem nova, 20 anos.

- Até isso você perguntou? - diz mais sério.

- Você fica sério quando toco neste assunto. Você não é tão velho irmão, só tem 32 anos, e idade não faz diferença nas coisas do coração.

- Não estou preocupado com isso.

- Se for pelo que aconteceu com a Karoll isso é passado, e quem errou foi ela não você.

- O que aconteceu com a Karoll não me importa mais, no entanto, tem uma coisa importante que ainda não a contei.

Fernanda se apercebe ao que ele se refere.

- Agora entendi. Irmão, se o que vocês sentem for verdadeiro vai dá tudo certo. Você só precisa dizer a ela, e se ela mostrar que está de fato interessada invista em vocês.

Felipe abraça a irmã e segue para um dos quartos feliz pelo dia, porém preocupado com o que poderá acontecer à frente.

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Às 9:00 pontualmente, Felipe está em frente ao apartamento de Aurora, e percebendo sua demora bate no portão e a chama:

- AURORA, AURORA!

Aurora de dentro do apartamento ouve e se apressa. Logo sai fechando a porta e abre o portão.

- Me desculpe pela demora, perdi a hora.

Felipe a observa e diz:

- Tudo bem. Vamos?!

Após entrarem no carro, Aurora abre a bolsa e passa o batom levemente alaranjado.
Ela estava natural sem maquiagem, e agora apenas com batom.

De repente Aurora se assusta.

- Meu Deus!

Felipe espantado pergunta:

- O que houve?

- Esqueci de dizer bom dia!

Felipe não aguenta e dá uma gargalhada.

- O que foi? - Aurora pergunta inicialmente séria e depois rindo.

- Não havia reparado que não nos cumprimentamos.

Continuam conversando sobre o dia anterior até chegarem ao hospital.
Aurora se encaminha a recepção e pergunta pelo quarto da amiga.
Quando chegam ao quarto percebem que o marido está com Eduarda.

- Bom dia amiga! - Aurora cumprimenta beijando o rosto da amiga.

- Bom dia Aurora, e bom dia Felipe! Que bom vê-los! - diz Eduarda feliz.

Roberto sentindo-se desconfortável se retira do quarto e vai à lanchonete.

- E como você está? - Felipe pergunta.

- Segundo dr. Fábio, estou melhor, no entanto, meu quadro ainda exige cuidados.

- E o Roberto? - pergunta Aurora.

- Está sendo muito gentil. Esse sim é o homem pelo qual meu apaixonei.

- Não imagina o quanto estou feliz por saber - diz Aurora com semblante feliz.

- E vocês? - pergunta Eduarda.

- Nós o quê? - retruca Aurora.

- Pelo visto, estão bem próximos. Isso é muito bom.

- Eduarda? ! - Aurora sem graça.

Felipe as observa e sorri.

- Desculpe meninas, mas preciso ir agora, estão me esperando em casa. Eduarda, espero que saia logo daqui, e não se preocupe porque o Fábio é um ótimo médico, estão em boas mãos.

- Muito obrigada por tudo Felipe! - Eduarda agradece.

- Tchau amiga, e sempre que puder irei vir ver como estão - Aurora se despede.

No caminho para casa Felipe pergunta:

- Vai fazer algo neste domingo?

- Hum... além de dormir? - Aurora rir.

- Então, o que acha que de almoçar na casa da minha mãe?

- Hum... oferta tentadora. Deixa-me pensar... Está bem!

Felipe a olha ligeiramente sorrindo, e percebe que já está suficientemente enrascado para voltar atrás.

- Aurora têm algo que preciso lhe dizer.

- Então diga!

Aurora vê algo na rua e grita:

- Oh meu Deus! Pare!

Felipe freia rapidamente e pergunta:

- O que foi?

- Um pobre gatinho machucado - diz descendo do carro.

Felipe desce rapidamente atrás dela.

- Ah, um gato!

- Não podemos deixa-lo aqui, vão acabar o atropelando - diz o olhando ternamente.

- Então vamos levá-lo. Vamos porque não podemos ficar parados aqui na rua.

Aurora o olha feliz, e já no carro segura o gatinho nos braços e pergunta:

- O que quer me dizer?

- Deixe para depois. Tudo bem?

- Tudo bem...

O Estranho da Lanchonete Onde histórias criam vida. Descubra agora