06| Thank You.

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Ouço meu celular vibrar na bolsa pela décima terceira vez fazendo minha mãe soltar um palavrão baixinho. Respiro fundo e peço licença para mesma e vou atender o celular. O que não demorou tanto por ser mais uma das crises de Louis por estar sozinho com Fred.

Volto e logo vejo a mesa totalmente preenchida. Ótimo. Caminho lentamente de volta para meu lugar e vejo que ainda sim tinha aquelas pessoas do trabalho da mamãe e do papai.

Fixo meu olhar ao um jovem de costas para mim a conversar com meu pai, mas logo volto a minha atenção para o talher a minha frente. Clarice deveria estar comigo, ou qualquer pessoa da minha idade que eu tenha contato. Suspiro e ouço mamãe chamar o pessoal para ir para sala de festas, essa deveria ser minha deixa. Me levanto rapidamente e vou para jardim.

Teodoro nosso jardineiro ainda cuida desse jardim como se fosse sua vida, e até mesmo a noite isto consegue ser escandaloso de maravilhoso. Me sento no meu antigo balanço e encaro o céu e percebo o quão bonito se encontra está noite.

— Definitivamente você foi adotada e o mundo não sabe disso ainda — olho para lado e vejo o moreno se sentar sorridente — Ei, Mel.

— Liam — sorrio empolgada — Não conte este pequeno segredo ao mundo.

Dei graças a Deus pelo Liam está naquele jantar. Por mais que sua namorada não tenha gostado dele ter a deixado sozinha a resolver as coisas com o pessoal lá dentro, ela é muito bacana. Dá para engolir. Conheci mais o Liam e me encantei mais ainda por ele, o que achei que era impossível.

Ouço uma gritaria vindo da parte de baixo da casa, me fazendo acordar do meu mundo paralelo. Me levanto e vejo mamãe discutindo com papai o que me faz lembrar dos meus velhos tempos e perceber que não tenho nenhuma obrigação de ficar nesta casa. Volto para meu antigo quarto e pego minha coisas e logo volto para meu antigo caminho e percebo que talvez os ânimos de ambos tenha se acalmado, mas não o suficiente para que eu possa ficar aqui.

Mas para minha decepção o ânimo de ambos tinha se acalmado porque tínhamos uma visita, Kevin estava aqui. Se fosse em outro momento eu teria amado vê-lo novamente.

— Aonde você vai menina? — ouço meu pai falar e levar a bebida que tinha nas mãos à boca.

Suspiro e o encaro — Vou para minha casa, papai. Para aonde eu mais poderia ir? — forço simpatia e ouço Kevin conter um sorriso.

— Você vai dormir aqui, não vai sair daqui uma hora dessa garota!

— É querida. Fique apenas esta noite, não custa não é mesmo?

Não, eu não posso me render aos caprichos do meu pai.

— Outro dia eu venho e fico com a Senhora está bem, mamãe?

Caminho até a mesma e me despeço da mesma. Mas um estrondo tira nossa atenção e leva para o meu pai que deixou ou quebrou a garrafa de uísque. Outro ataque do bêbado do meu pai?

— Quantas vezes você vai me decepcionar e me desobedecer garota? Aonde eu peguei com você? Me explica Deus.

Suspiro — Boa noite, papai.

Ajeito a bolsa no meu ombro e caminho até Kevin para me despedir do mesmo. Mas sinto um dos braços do meu pai me puxar novamente para ele.

— Eu disse que você vai ficar, porra. Você é minha filha e eu mando em você, e você vai ficar aqui e não encontrar com a porra de Louis ou o moleque que você esteja de namorico.

weakness » zmOnde histórias criam vida. Descubra agora